Hagiografias seculares: metamorfose ou rotura?

  • Luís Machado de Abreu Universidade de Aveiro
Palavras-chave: Hagiografia, Santidade, Desconstrução, Tomás da Fonseca

Resumo

O discurso sobre os santos e a santidade faz parte do campo semântico da religião. No Agiológio Rústico, livro publicado por Tomás da Fonseca em 1957, encontramos dez narrativas breves que traçam o perfil de homens e mulheres do mundo rural cujas vidas, simples e laboriosas, honradas e solidárias, fazem deles verdadeiros heróis do quotidiano. São os santos anónimos, dignos de verem as suas virtudes celebradas em hagiografias seculares. Com estas hagiografias, o autor não se limita a ampliar o número e a natureza dos tipos de santidade. Acima de tudo, quer subverter os pressupostos da hagiografia religiosa tradicional.

Referências

DANTAS, Júlio (s.d.). Outros Tempos. Lisboa: Portugal-Brasil.

DANTAS, Júlio (1920). Abelhas Doiradas. Lisboa/Rio de Janeiro: Portugal-Brasil L.da. Estoria de Dom Nuno Alvrez Pereyra (1991). Edição crítica da “Coronica do Condestabre” com introdução, notas e glossário de Adelino de Almeida Calado. Coimbra: Por Ordem da Universidade.

FONSECA, Tomás da (1912 [1909]). Sermões da Montanha I. A Religião e o Povo. 2ª ed. Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão. (1933): A igreja e o condestável. Coimbra: Instituto de Estudos Livres. (1957). Agiológio Rústico I Santos da Minha Terra. Lisboa: Edição do Autor. (1958). O Diabo no Espaço e no Tempo. Lisboa: Edição destinada ao Brasil. (2009 [1932]). O Santo Condestável Alegações do Cardeal Diabo. Lisboa: Antígona.

PIMENTA, Belisário (1933). Nun’Álvares chefe militar. Coimbra: Académica Editora.

Publicado
2024-03-19