https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/issue/feed SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação 2023-04-21T05:10:07+01:00 Óscar Mealha oem@ua.pt Open Journal Systems SOPCOM; ciências da comunicação; comunicação; informação https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15058 A imprensa no cruzamento das artes e das letras 2023-04-21T05:10:07+01:00 José Pacheco informacoes@ismat.pt <div> <p>A imprensa, no sentido em que hoje a entendemos, e a imprensa, como sinónimo de tipografia, têm uma história comum que se inicia com a invenção dos tipos móveis e a consequente mecanização da escrita. Com base neste pressuposto, este artigo pretende demonstrar que o design gráfico e o jornalismo não são mais do que denominações de atividades que têm a sua origem no tipógrafo, nas suas duas vertentes, a de compositor de cheio e compositor fantasista, e que a imprensa resultou da interceção das artes gráficas e das letras.</p> </div> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15070 Pietà Árabe: O contributo discursivo do World Press Photo (2012) para a estetização da Informação 2023-04-21T05:10:05+01:00 Andreia Cruz andreiacruz@netcabo.pt Maria José Mata mmata@escs.ipl.pt Isabel Simões-Ferreira iferreira@escs.ipl.pt <p>A World Press Photo (WPP) é um dos mais emblemáticos e prestigiantes concursos de fotojornalismo, que conta com milhares de participações anuais. As fotografias selecionadas são notáveis pelos assuntos que tratam, mas são especialmente admiráveis pela forma como representam esses acontecimentos. O presente estudo visa, por isso, analisar a fotografia vencedora da WPP (2012) respeitante a um episódio da revolução da Primavera Árabe, da autoria do fotojornalista catalão, Samuel Aranda. Partindo de uma revisão teórica sobre a dimensão estética do fotojornalismo e o construtivismo das imagens produzidas, este artigo explora, por isso, o poder da voz do visual no campo jornalístico, tendo presente a multifuncionalidade do discurso imagético a vários níveis: ideacional, interpessoal e textual.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15073 Softwares Sociais, Arte e Jornalismo 2023-04-21T05:10:04+01:00 Ana Paula Machado Velho sbidm-proa@ua.pt Sônia Cristina Dias Soares Vermelho sbidm-proa@ua.pt Diana Domingues sbidm-proa@ua.pt <p>Este artigo reflete sobre o fato de que os jornalistas não são mais meros reprodutores de notícias. Precisam se engajar com a comunidade, se tornar agentes operativos com vistas a contribuir com a trasnformação do cotidiano. Essa necessidade se dá porque, no ambiente da cibercultura, os aparatos técnicos vêm sendo usados para práticas colaborativas de ativismo digital. Estas tecnologias vêm sendo os principais canais de incentivo a estas mobilizações, permitindo que as pessoas se comuniquem e exponham aquilo que mídia tradicional não coloca. Vê-se uma engenharia da cultura, um processo que redesenha a atividade cultural a partir da tecnologia com foco nas transformações sociais. Sugere-se que o jornalista precisa mobilizar o indivíduo para as causas, utilizando as ferramentas com as quais o sujeito lida nos dias de hoje, e adotar a dinâmica que essas plataformas vêm implementando no mundo. Para ilustrar a discussão, utiliza-se a epidemia de dengue que assolou o noroeste do Paraná, em 2013.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15079 A Cartografia e a Pintura setecentista no Norte da Europa 2023-04-21T05:10:02+01:00 Jorge Bruno Ventura j28ventura@gmail.com <p>A ‘arte de pintar’ de Vermeer é uma das referências quando o propósito é abordar a arte da&nbsp;cartografia em junção com pintura setecentista no Norte da Europa. Nesta obra surge um grande mapa que não passou despercebido aos historiadores de arte e que apresenta indícios de uma analogia entre a cartografia (mapas) e pintura (no caso a holandesa). Esta obra de&nbsp;Vermeer, que apresentamos na figura 1 do presente texto, é considerada a maior e mais complexa obra do autor e é também uma das suas preferidas, tal como prova a recusa&nbsp;da sua venda mesmo em tempos de crise do pintor. É uma pintura óptica com a capacidade de oferecer uma visão realista. Na cena representada, apesar dos vários motivos de interesse apresentados pela obra, interessa colocar o foco da nossa atenção no mapa que pendurado numa das paredes do atelier do pintor. (...)</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15082 A Estereoscopia 2023-04-21T05:10:00+01:00 Jorge Bruno Ventura j28ventura@gmail.com <p>Referenciada pela 1ª vez em 18381 e inventada pelo professor Charles Wheatstone, a estereoscopia permite ver as superfícies das imagens com profundidade, “[cria] um certo efeito de profundidade; mas com este instrumento esse efeito é potenciado de forma a produzir um efeito de realidade que ilude os nossos sentidos com a sua aparência de verdade” (Holmes, 1859: 06). A estereoscopia é uma forma de adequar uma imagem ao modo de ver humano, com capacidade para tornar as imagens mais próximas da realidade. Apesar de fazer uso das imagens fotográficas, a sua invenção é precedente à fotografia e, tal como noutros casos, o seu aparecimento originou uma reorganização do espaço e da mentalidade do observador num contexto de adaptação à novidade que era o facto de não apresentar imagens em movimento. (...)</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15085 Jornalismo de Dados e Mapping Art: possíveis aproximações 2023-04-21T05:09:58+01:00 Daniel Góis Rabêlo Marques danielmarquescontato@gmail.com Karla Schuch Brunet email@karlabru.net <p>O presente artigo tem como objetivo problematizar os limites e aproximações entre o Jornalismo de Dados e a Mapping Art, percebendo ambos enquanto produtos de<br> fenômeno digital emergente, o Big Data, e da crescente presença de Bases de Dados na cultura contemporânea. A partir de uma revisão bibliográfica o artigo retoma os principais pensamentos referentes ao fenômeno Big Data e das diferentes manifestações das bases de dados na cultura, apresentando em seguida o Jornalismo de Dados e a Mapping Art enquanto frutos desse cenário informacional. Por fim, a partir de uma análise de dois projetos dos campos supracitados, o artigo aponta para os possíveis limites e aproximações entre as duas áreas, o jornalismo e a arte, no contexto digital do Big Data.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15088 La sugerencia artística en el diseño tipográfico 2023-04-21T05:09:57+01:00 María Pérez Mena maria.perez@ehu.es <p>La letra surge de la abstracción del pensamiento humano como la manifestación visual del lenguaje. Su evolución gráfica queda desde ese momento ligada y determinada por el desarrollo tecnológico coetáneo. Es por esto que las letras, más allá de su función como medio visual del contenido verbal, son capaces de comunicar contenidos desde su sustancia visual, a través de las connotaciones que subyacen en sus formas. Con las vanguardias artísticas de principios del siglo XX, las letras salen de su contexto y son empleadas desde su potencialidad plástica, evadiéndose de las limitaciones tecnológicas de su producción y generando nuevos discursos visuales. La ruptura com las formulaciones racionalistas y los crecientes avances&nbsp;tecnológicos han favorecido la génesis de un campo de libre experimentación formal en las letras, que las alejan de ser herramientas para la comunicación visual para convertirse en producto de la especulación artística. La facilidad de uso y popularidad de la herramienta&nbsp;digital, y la flexibilidad de factura que el medio ha permitido en los actuales soportes de producción tipográfica, ha dado lugar a la proliferación de una creación tipográfica hacia el arte. Esta comunicación plantea, por el contrario, la configuración de un sistema tipográfico desde presupuestos artísticos y no hacia ellos, tomando como punto de partida la sugerencia plástica que se deriva de la obra del artista vasco Eduardo Chillida. La producción gráfica de Chillida, recoge princípios constructivos vinculados y coincidentes con critérios fundamentales que han determinado tradicionalmente la creación tipográfica. Este estudio se integra dentro del trabajo de investigación que está siendo llevado a cabo por un grupo de docentes&nbsp;e investigadores universitarios de la Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea con el propósito de diseñar la tipografía de identidad visual corporativa de esta universidad a través del proyecto de investigación financiado UPV/EHU PES 11/31.</p> <p>&nbsp;</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15091 Comunicação Museológica: o design como processo na construção de um modelo sustentável 2023-04-21T05:09:55+01:00 João Gomes de Abreu sbidm-proa@ua.pt <p>No recenseamento realizado no Inquérito aos Museus em Portugal durante 1999 (OAC 2000) foram registados para análise 530 museus. Em 2005 a Base de Dados “Museus” (OAC 2005) já contava com um universo de 618 museus a inquirir pelo INE. No início de 2010, no decorrer do&nbsp;presente estudo, estavam registados 849 museus para análise. O crescimento do número de museus em Portugal na primeira década do milénio é notável e sintomática de uma grande dinâmica que se vive no sector. Contudo, esta evolução é antagónica quando confrontada com as dificuldades de sustentabilidade de muitos dos projetos museológicos portugueses, que não possuem os recursos mínimos necessários para o desenvolvimento da sua missão, por vezes reduzidos a simples coleções visitáveis por impossibilidade de desenvolver uma programação e&nbsp;comunicação regular com os seus públicos. (...)</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15097 Especificidades educomunicacionais inclusivas num desenvolvimento humano mais universal 2023-04-21T05:09:54+01:00 Augusto Deodato Guerreiro deodato.guerreiro@gmail.com <p>O desenvolvimento humano e o progresso em geral acontecem, desde que alicerçados no impulso e dinamização do equacionamento e funcionamento de uma estrutura sinergética positiva e de contemplação ilimitadamente abrangente e sem exceções. As especificidades educomunicacionais inclusivas ajudam a promover e a instaurar esse novo paradigma&nbsp;educomunicacional, numa dimensão mais universal e com lugar para todos. Através do diálogo, empenho e desempenho na socialização e comunicabilidade de todos, podem conceber-se e implementar-se especificidades comunicacionais aumentativas e alternativas e as necessárias condições inclusivas em todas as áreas do conhecimento, de forma a sentirmo-nos todos confortavelmente envolvidos num abraço inclusivo desse mundo de diferenças, em que todos cabemos. A educomunicação, consubstanciada no polinómio educação-comunicação/TIC-cultura inclusiva-pedagogia comunicacional, é o caminhar livre e digno, ético e socializante, numa perspetiva ecoevolutiva humana profícua e eticizante da vida).</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15106 Consumo cultural de jovens em tempo de convergência midiática 2023-04-21T05:09:52+01:00 Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes marciliamendes@uol.com.br Bárbara Marina Almeida dos Santos bmarina1008@gmail.com Kildare de Medeiros Gomes Holanda kildare.gomes@gmail.com <p>A convergência midiática, conceito proposto por Henry Jenkins (2009) engloba o fluxo de conteúdo através de múltiplos suportes, a cooperação entre mercados midiáticos e o comportamento das audiências. Por isso, para entender o processo de convergência que&nbsp;vivemos atualmente, é preciso compreendê-lo como uma transformação cultural, que altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam o conteúdo recebido. Nesse sentido, a nossa proposta de pesquisa está relacionada com a posse das ou&nbsp;acesso às tecnologias digitais. Tomando como premissa a ideia de que o processo de convergência midiática não trata apenas da inserção de diferentes mídias ou linguagens dentro de um único suporte, entende-se que ela extrapola questões técnicas e passa a ter que ver também com a ação de produtores e consumidores de conteúdos midiáticos. Falar de convergência implica, também, levar em consideração o atual contexto de acesso móvel a web, por meio de aparelhos que possuem convergência de funções. O acesso à web não se faz&nbsp;apenas de modo isolado, de dentro de um escritório, mas sim em qualquer lugar, para quem tem condições técnicas e habilidades para estar conectado. A cultura da mobilidade &nbsp;(SANTAELLA, 2007, p.18) é fruto das mídias de comunicação sem fio, móveis, que falam da presença mediada, tele presença, presença ausente, distância virtual, ubiquidade, todas elas expressões que colocam em questão antigas certezas sobre nossa corporeidade. Como disse Jenkins (2009, p.8) estamos numa época de grandes transformações, e todos nós temos três opções: temê-las, ignorá-las ou aceitá-las. Desta forma, nossa proposta aqui é pensar os espaços de circulação e fluxos de consumo, que nesse panorama envolve a interatividade, a&nbsp;participação e o encadeamento midiático (PRIMO, 2008), potencializados pela configuração da Web 2.0 e a nova cultura de acesso, propiciada pela mobilidade, atentando para as táticas de apropriação, reconfiguração, produção e interação dos públicos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15109 Os Estudos Culturais e a Televisão: a narrativa televisiva em tempos de identidades em transição 2023-04-21T05:09:50+01:00 Leila Lima de Sousa leilasousa.pi@gmail.com <p>Este artigo objetiva discutir sobre a influência da mídia, sobretudo da televisão, como co-produtora identitária da população. Utiliza-se como referencial teórico, os Estudos Culturais e a colaboração destes para um novo olhar sobre a cultura e a construção de identidades.&nbsp;Parte-se aqui, da concepção de identidade como um processo que se constroi ao longo do tempo, através do contato com o outro. A metodologia usada nesse trabalho refere-se à revisão bibliográfica de autores que teorizam sobre a temática de análise. Conclui-se que,&nbsp;na era contemporânea, de esfacelamento do Estadonação e perda de referência dos sujeitos, a televisão tem um papel ambivalente de construção de identidades. De um lado, atua como uma fonte de legitimação de identidades nacionais, ofertando ao público um lugar de &nbsp;representação e semelhança. De outro, tenta inseri-lo num contexto global, provocado pela aceleração do processo de globalização, que produz cada vez mais, realidades identitárias híbridas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15115 Retrofuturismo e Cultura Steampunk: apropriações no contexto brasileiro 2023-04-21T05:09:49+01:00 Éverly Pegoraro everlyp@yahoo.com.br <p>Um verdadeiro fascínio pelo passado tem acompanhado a sociedade contemporânea. Entretanto, percebe-se que essa admiração assume características distintas, principalmente entre algumas culturas urbanas adeptas do retrofuturismo, entendido como a mistura entre&nbsp;elementos do passado (numa caracterização retro) com tecnologia futurística. Trata-se de uma transgressão negociada entre passado, presente e futuro que explora os limites e as tensões entre a racionalidade e a alienação provenientes dos avanços da tecnologia. Este artigo propõe-se a detalhar algumas das características do retrofuturismo encontradas em uma de suas vertentes: a cultura urbana conhecida como steampunk, cuja origem se deu na literatura de ficção científica. A proposta do texto divide-se em duas partes. A primeira analisa&nbsp;alguns aspectos do discurso retrofuturista, utilizando dois filmes como ponto de partida: The Golden Compass (2007) e 9 (2009). A segunda etapa centra-se na concepção retrofuturista do steampunk e sua respectiva ressignificação pelos adeptos que compõem a Loja Paraná do Conselho Steampunk, localizada em Curitiba, capital do Estado do Paraná, no Brasil.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15118 As Festas Populares de Lisboa e o Fotojornalismo do periódico Correio da Manhã 2023-04-21T05:09:47+01:00 Élmano Ricarte de Azevêdo Souza ricarteazevedo@gmail.com Ana Carmem do Nascimento Silva anacarmemjornalismo@hotmail.com Itamar de Moais Nobre itanobre@gmail.com <p>Investiga-se e analisa-se a representação e a produção de sentido sobre a cultura popular, em homenagem aos santos católicos do mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro (celebrados, respectivamente, nos dias 13, 24 e 29) nas fotografias jornalísticas do periódico Correio da Manhã (Lisboa, Portugal), publicadas o mês de junho de 2012, com base na semiótica da comunicação e na teoria da Folkcomunicação. A partir dessas teorias pressupomos que tais imagens possuem conteúdo e significados representacionais das manifestações e identidades culturais populares das festas e dos santos católicos. A pesquisa, ainda em andamento, já aponta que há um olhar comum ao se retratar a cultura popular no veículo de comunicação. Um olhar cujas características são de um paradigma dominante que exclui conhecimentos ditos não eruditos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15121 Novas ferramentas de Comunicação Online, arquivo e anotação em vídeo para base de dados nas Artes Performativas 2023-04-21T05:09:45+01:00 Pedro Azevedo p.azevedo@sapo.pt Maria João Centeno mcenteno@escs.ipl.pt Stephan Jürgens stephanjurgens@gmail.com <p>Vivemos num mundo em constante mudança. A uma velocidade impressionante, todos os dias surgem novos recursos tecnológicos. Utilizamos cada vez mais a Internet para obter e partilhar informações e assistimos ao aparecimento recursivo de novas ferramentas de comunicação online. Os últimos anos trouxeram-nos o Facebook, o Twitter, o YouTube e outras plataformas&nbsp;de comunicação. Elas permitem uma interatividade ainda maior entre emissor e recetor. Ao mesmo tempo, assistimos a uma disponibilização de conteúdos como nunca antes. Estamos cada vez mais a partilhar textos, vídeos, fotos, etc. Esta comunicação pretende explorar o potencial que essas novas ferramentas de comunicação online têm no âmbito cultural, nomeadamente qual o seu papel na criação de novos públicos, em fornecer informação, bem&nbsp;como qual o contributo para a construção da memória das organizações. A transitoriedade das artes performativas é acompanhada pela necessidade de contrariar essa transitoriedade, por meio de documentação e registos. Este desejo de “salvar” os eventos e o processo criativo&nbsp;atinge a sua expressão com o arquivo de informações dos diferentes momentos de produção, bem como a oportunidade de registar o evento e o processo de criação e produção do mesmo e apresentá-los através, por exemplo, das plataformas digitais. Esta comunicação pretende responder às seguintes questões: quais as novas ferramentas de comunicação online utilizadas pelas companhias de teatro de Lisboa e Vale do Tejo? De que forma a disponibilidade de conteúdos e respetivo arquivo contribuem para a memória das organizações? Como poderá ficar registado o processo criativo? Entre as várias referências, abordaremos o&nbsp;modelo de comunicação de dois sentidos que Grunig e Hunt (1984) nos apresentam e o conceito de mass selfcommunication de Castells (2010). Para Kirsner (2010), entramos na era da criatividade digital, em que os artistas têm as ferramentas para fazer o que imaginam e o público já não quer apenas consumir os bens culturais, mas sim, ter uma voz e participar. O processo criativo está agora dependente da escolha do público enquanto vagueia pelo&nbsp;ecrã. É o recetor que é detentor de um objeto que pode ser trocado. A realidade virtual tem incentivado o receptor a abandonar a sua posição de observador passivo e tornarse um agente participante, o que implica um desafio às organizações: inventar novas formas de interface.&nbsp;É igualmente relevante falar de Foucault (1969) e Gisbourne (2008), que abordam as questões do arquivo e da disponibilidade de conteúdo. Na comunicação é também apresentado o projeto TBK (Transmedia Knowledge-Base for Performing Arts), uma base de conhecimento, em que podem existir diferentes tipos de materiais, documentos anotados e peças de autores<br> que se interessam pela partilha dos seus conhecimentos específicos. No âmbito do projeto foi criada a ferramenta creation-tool, um anotador vídeo original, concebido para auxiliar os processos criativos nas artes performativas, funcionando como um caderno digital para anotações pessoais. É nossa intenção apresentar novas e eficazes ferramentas online que podem ser utilizadas pelas organizações culturais, a melhor forma de as gerir e como&nbsp;a disponibilização de conteúdos online e o seu arquivo podem contribuir para memória das organizações.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15127 O figurino na construção das Personagens e do Drama da Ficção Cinematográfica 2023-04-21T05:09:43+01:00 Alexandra Cabral cabral.fashion@yahoo.com Carlos Manuel Figueiredo cfigpt@gmail.com <p>Nos filmes Vertigo (Alfred Hitchcock, 1958), La Strada (Federico Fellini, 1954) e The Philadelphia Story (George Cukor, 1940), tanto a qualidade dos figurinos como a&nbsp;escolha criteriosa dos mesmos para cada cena vai de encontro à própria realização no seu todo, sendo que os mesmos assumem posições particulares na composição, narrativa e significados das personagens – tornado claro que sem eles as histórias do quotidiano não seriam contadas na sua plenitude. A performance do actor, impulsionada por uma postura&nbsp;e atitude inerentes à personagem que interpreta, é reforçada na sua interiorização e ao nível da projecção do seu papel, por ser emoldurada por uma dialéctica em que o figurino - no seu sentido lato, incluindo maquilhagem e acessórios - assume umas vezes plano de relevo como elemento narrativo e outras apenas compõe a mise-en-scéne. É uma leitura de conjunto, aquela do espectador, fruto de um minucioso design de produção que possibilita a recriação de envolvências e espaços íntimos, sociais e não lugares, facilitando a apropriação e vivência&nbsp;desses espaços pelos personagens e logo pelo espectador. Considerando que a imagem da personalidade projectada é interpretada segundo um determinado sistema perceptual com referências ao imaginário colectivo, as emoções despoletadas convergem, simultaneamente, com a ilusão de realismo pretendida no guião e pelo próprio realizador, e tal só é possível&nbsp;pela recriação de certa visualidade cénica, iluminação e uso de determinados adereços, para além da escolha dos figurinos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15130 Setor Cultural e Criativo: relação entre formas de Financiamento e Comunicação 2023-04-21T05:09:42+01:00 Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Ana Margarida Carvalho anamargaridac@gmail.com <p>O setor cultural e criativo (SCC) português, estruturado em três esferas - “Atividades Nucleares”, “Indústrias Culturais” e “Atividades Criativas” - foi responsável por 2,8% da riqueza criada em Portugal em 2006. No SCC persistem profundas diferenças e oportunidades no que respeita às fontes de financiamento. Neste estudo, vão ser analisados seis projetos financiados de forma distinta: público, privado, mecenato, patrocínio, financiamento coletivo e business angels. O objetivo é verificar se a fonte de financiamento altera a forma de comunicação. A análise empírica desenvolveu-se de outubro de 2011 a setembro de 2012, a partir de análise&nbsp;de conteúdo a entrevistas realizadas aos promotores dos projetos. Houve o cuidado de incluir as novas possibilidades de financiamento, como o financiamento coletivo (crowdfunding) e os business angels. Procurouse definir o modelo de negócios para cada caso, enquanto reflexo da sua identidade e da forma como pretende implementar-se. A partir das entrevistas semi-estruturadas, aplicou-se o modelo de negócios baseado nos nove blocos do Business Model Canvas, um modelo visual, prático, diferenciador e tangível, assente na ideia do storytelling, onde todas as mensagens são transmitidas com recurso a imagens, palavras ou pequenas frases. Quem tem uma ideia precisa de a sintetizar num modelo de negócios para posteriormente passar à sua implementação. A comparação dessa síntese elaborada a partir das entrevistas permitirá a resposta às questões de investigação. É expectável que as formas de financiamento alterem o modelo de negócios e a forma de comunicação interna e externa&nbsp;dos projetos. Os resultados alcançados sugerem que, contrariamente ao esperado, nos seis casos analisados, as opções de comunicação da proposta de valor são semelhantes. As tendências principais têm por base o contacto direto e formatos online de comunicação.<br> Outra análise, fortemente ligada com a comunicação, permite constatar que o mote dos projetos passa por envolver pessoas e protagonizar mudança pela oferta de produtos e experiências únicas que culminam numa transformação da vida das pessoas. A experiência&nbsp;encerra a ligação entre a criatividade e as pessoas e é nesta experiência que reside a proposta de valor do SCC e dos seus projetos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15133 Jornalismo Cultural: A evolução da Cultura no Diário de Notícias entre os anos 2000 e 2010 2023-04-21T05:09:40+01:00 Celiana Azevedo celianaazevedo@hotmail.com <p>Como parte do projeto Cultura na Primeira Página, financiado pela FCT, esta pesquisa propõe o<br> desenvolvimento de uma profunda análise em um dos principais jornais portugueses: Diário de Notícias. O objetivo é identificar e analisar nas primeiras páginas que contenham algum tema relacionado com Cultura e verificar como esta informação é tratada nas páginas interiores do jornal. Essa pesquisa empírica analisou a primeira década do século XXI: os anos 2000 e 2010.&nbsp;Para isso, coletamos dados dos arquivos do jornal, para que fosse possível quantificar as primeiras páginas, suplementos especializados, para além dos recursos humanos e materiais investidos na cobertura cultural. A abordagem metodológica foi essencial para responder as&nbsp;seguintes questões, nomeadamente: a) qual foi o impacto das mudanças no modelo de jornalismo cultural em Portugal durante os anos 2000 e 2010? b) de que forma o jornalismo cultural evoluiu levando em consideração as mudanças nos media, na economia e no ambiente&nbsp;social português? Concluímos que mesmo considerando as mudanças mediáticas, económicas e sociais, o que podemos concluir é que a cultura, tanto em 2000 como em 2010, teve espaço neste veículo de comunicação e esteve presente na primeira página juntamente com outras temáticas de destaque.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15136 O corpo simbólico masculino 2023-04-21T05:09:38+01:00 Wilson Pereira Dourado wpdourado@gmail.com <p>Fruto de investigações iniciadas para tese de doutoramento na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na linha de pesquisa em análise das mídias, este trabalho tem por objetivo demonstrar como está hoje sendo representada a imagem do masculino em revistas impressas. Investiga o dilema contemporâneo instalado pela mídia que aponta o narcisismo como traço característico de uma sociedade de consumidores e instala um homem simbólico, fetichizado, com metas e desafios sobre-humanos ditados pelo discurso mediático que promete revelar uma vida saudável e de gozo pleno. Metodologicamente, esse estudo baseia-se na análise dos pôsteres da revista Men’s Health com seu aparato signico que compõe a imagem desse homem tomando como princípio o referencial narcisista veiculado pelos meios de comunicação que transformam o sujeito no seu próprio ideal, em uma dimensão efetivamente simbólica. Intentase analisar alguns padrões discursivos estabelecidos para&nbsp;a construção da imagem desse novo tipo de homem que eram, aparentemente, e até então, característicos do universo feminino.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15139 Signos de uma ideologia: A fotografia sobre o Brasil na obra ‘O Berço da Desigualdade’, de Sebastião Salgado 2023-04-21T05:09:37+01:00 Ana Carmem do Nascimento Silva anacarmemjornalismo@hotmail.com Élmano Ricarte de Azevêdo Souza ricarteazevedo@gmail.com Itamar de Moais Nobre itanobre@gmail.com <p>Analisa-se oito fotografias produzidas no Brasil, presentes na obra ‘O Berço da Desigualdade’ (2009), cuja autoria é de Sebastião Salgado e Cristovam Buarque. Apresenta-se possibilidades interpretativas dos textos visuais em complementação com os textos escritos. Elege-se&nbsp;a semiótica peirciana, e especificamente a teoria dos interpretantes como alicerce do desenvolvimento metodológico da pesquisa, como também as questões técnicas da linguagem fotográfica. Acredita-se que Sebastião Salgado por meio de suas fotografias, torna proeminente a discussão sobre problemáticas sociais específicas, no sentido de reivindicar pela dignidade, como também pela democracia dos direitos humanos e sociais dos seres fotografados. E ainda, percebe-se a força do interpretante final durante a análise.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15145 O Idoso e a Educação para os Media: novos desafios entre envelhecimento e exclusão social 2023-04-21T05:09:35+01:00 Simone Petrella petrella.simone@gmail.com Manuel Pinto mpinto@ics.uminho.pt Sara Pereira sarapereira@ics.uminho.pt <h3>O presente trabalho pretende refletir sobre o papel da Educação para os Media na &nbsp;sociedade atual, principalmente em relação à população idosa e à sua inclusão digital e social. A partir de uma análise da evolução do envelhecimento populacional na Europa&nbsp;e em Portugal, efetuaremos uma breve revisão sobre a realidade do Envelhecimento Ativo e sobre os programas e as directivas europeias que estão a ser desenvolvidas neste domínio. Numa segunda parte, refletiremos sobre os benefícios que os media podem trazer no processo de envelhecimento produtivo e inclusão do idoso, com atenção ao papel que a Educação para os Media pode desempenhar, apostando na comunicação e na aprendizagem intergeracional.</h3> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15148 A literacia matemática nas notícias: um problema para o jornalismo? 2023-04-21T05:09:33+01:00 Susana Pereira s.simoes.pereira@gmail.com José Azevedo jmpazevedo@gmail.com António Machiavelo ajmachia@fc.up.pt <p>Estudos já realizados nalguns países (Maier, 2000); (Brand, 2006) procuram sistematizar informação e perceber a origem de um problema que vários autores apontam (Paulos, 1995); (Best, 2001); (Cohn &amp; Cope, 2001): o mau uso da matemática nas notícias. A falta de&nbsp;literacia matemática é apontada como uma das razões para o problema referido e, em certa medida é confirmada por Maier. Após levantamento sobre informação do uso da matemática nas notícias portuguesas, procura-se agora analisar até que ponto a falta de literacia matemática é responsável pelos erros matemáticos que se identificaram nas notícias de imprensa escrita portuguesa.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15157 Jornalismo na Escola: um projeto do “Setúbal na Rede” para formar bons consumidores de informação 2023-04-21T05:09:32+01:00 Pedro Brinca pnbrinca@gmail.com <p>Aproximar os cidadãos do jornalismo foi o objetivo principal do projeto “Jornalismo na Escola”, lançado pela Setúbal na Rede, Associação para a Cidadania, e com visibilidade através do portal “Setúbal na Rede”. E aquelas críticas que se ouviam amiúde dirigidas aos jornalistas, apareceram sistematizadas na boca dos adolescentes que foram chamados a participar nas&nbsp;iniciativas desenvolvidas nas escolas. Onze escolas e agrupamentos, do primeiro ciclo do<br> ensino básico ao secundário, aderiram no primeiro ano do projeto. A ideia foi de criar um conjunto de jovens repórteres em cada escola ou agrupamento, formados e acompanhados a partir de workshops da responsabilidade do “Setúbal na Rede” e com o envolvimento dos&nbsp;professores. Não se pretende formar jornalistas, mas bons consumidores de informação.&nbsp;Se é verdade que o jornalismo desempenha um papel fundamental na sociedade, como garante da democracia, da cidadania e dos direitos individuais e coletivos, também é certo que só faz sentido se tiver leitores, ouvintes e espetadores minimamente interessados. Mais&nbsp;do que dominarem a tecnologia mediática, é preciso que os cidadãos percebam a gramática, a estrutura narrativa, o encadeamento das informações. Há, no fundo, uma linguagem própria do jornalismo que, tal como o inglês, é essencial para interagir com o mundo moderno e tem&nbsp;que ser difundida por todos. A Setúbal na Rede – SNR, Associação para a Cidadania, nasce com o objetivo de complementar a atividade do jornal e do portal regional “Setúbal na Rede” naquilo que é a sua vertente mais ligada à responsabilidade social, à componente cultural e à promoção de valores na sociedade, objetivos que se identificam claramente como não tendo propósitos lucrativos. Foi neste âmbito que surgiu, de uma forma natural mas adiado durante&nbsp;muito tempo, o desafio de colaboração com as escolas do distrito. Um projeto que avança para o seu segundo ano.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15160 A Visão na ponta dos dedos: o desafio dos novos recursos tecnológicos móveis na aprendizagem das crianças cegas 2023-04-21T05:09:30+01:00 Iolanda Sousa wizzard_anubis@hotmail.com Lurdes Guerreiro mlurdesguerreiro@gmail.com Rosário Lourenço ferreira@scml.pt <p>Relacionando conceitos como os de comunicabilidade, sociabilidade, individualidade,&nbsp;autonomia, deficiência, perceções, ritmos de aprendizagem, competências, integração, entre outros, neste estudo consubstancializa-se a potencialidade sociocognitiva da criança cega com o paradoxo da interpretação do “diferente” por uma sociedade construída de e para pessoas escorreitas, num continuum de educação tiflo-socio-comunicacional. Correlacionando a tiflologia com as estratégias da infoinclusão, com o acesso aos recentes recursos tecnológicos móveis, perspetiva-se assegurar às crianças cegas o acesso à informação através do estímulo às suas competências literárias promovendo a garantia da igualdade de oportunidades. Com recurso aos sentidos remanescentes que envolvem as perceções não visuais, como a audição, o tato ou sistema háptico, a cinestesia, a memória muscular&nbsp;e o sentido vestibular, numa ótica integradora e inclusiva é apresentada a dinamização de um protótipo de software de introdução ao braille.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15166 O processo [neo]paradigmático do audiovisual como instrumento da exteriorização e exercício do ver: uma experiência educomunicativa com jovens autistas 2023-04-21T05:09:28+01:00 Kildare de Medeiros Gomes Holanda kildaregomes@uern.br <p>A tecnologia da visão representa a coloração humana do ver. É com ela que uma série de efeitos se multiplicam no cotidiano das pessoas. O presente trabalho se desenvolve na busca em alcançar o processo e reprodução tecnológica do ver através das técnicas videográficas.&nbsp;Discute o processo de aproximação videográfica de jovens autistas, estudando as suas capacidades comunicacionais com as ferramentas tecnológicas. Numa abordagem&nbsp;interdisciplinar, situamos este estudo na perspectiva de uma cognição inventiva (Varela et all, 2003; Maturana, 2002) em uma convivência configurada por sujeitos, instituições, tecnologias. O vídeo será utilizado metodologicamente como extensão da visão humana (McLuhan, 2007), que tem ambiência na sistematização do roteiro videográfico elaborado pelos sujeitos &nbsp;produtores e possuidores de capacidade educomunicativa. Nesse percurso teórico resta evidenciado a importância de valorização das&nbsp; potencialidades desses sujeitos, ao passo que se lustra a condição cognitiva do autista como tendo uma identidade própria, sem que para conviver socialmente eles abdiquem de suas peculiaridades comunicativas e busquem mecanismos para tornarem-se pessoas ditas normais (Canguilhem, 2009). A tecnologia&nbsp;farmacológica, inicialmente valorizada e conjugada com a internação manicomial, fora substituída ao longo do tempo por outras metodologias que articulam linguagens<br> e tecnologias na experiência com jovens autistas. Pesquisas em curso no Brasil priorizam o trabalho envolvendo educação e tecnologias, passando a focalizar os espaços de saúde mental. O encontro de jovens com tecnologias – vídeo, informática, rádio, fotografia etc. – fortalece e impulsiona o avanço na descoberta de novas possibilidades para o trabalho com saúde mental a partir de uma interação que resgata a potencialidade singular do ser, principalmente no trato social, ampliando a rede de inteligências combinadas com as características diferenciadas das potencialidades que (co)habitam em sociedade. Como método de pesquisa, utiliza-se o vídeo&nbsp;como extensão da visão humana, que teve ambiência na sistematização do roteiro ideográfico elaborado pelos personagens produtores em oficinas para operações básicas de utilização dos equipamentos na captação das imagens e busca alcançar a sua natureza educomunicativa<br> na produção de sentidos. Na seara videográfica, esse trabalho se coloca com potencialidade de perturbar e desestabilizar modos de ação já acolhidos no social, estabelecendo uma ponte, uma fresta desde onde os jovens habitam a cidade. Eis que o processo educomunicativo&nbsp;desponta na utilização dos instrumentos de mídia capaz de produção e autoria. A virtualização assim delimitada servirá para descobrir “[...] uma questão geral à qual ela se relaciona, em fazer mutar a entidade em direção a essa interrogação e em redefinir a atualidade de partida&nbsp;como resposta a uma questão particular” (Lévy, 1996, p. 17-18). Na experiência &nbsp;educomunicativa o jovem se encontra envolvido no seu próprio olhar e encontra-se consigo mesmo nas atividades por ele desenvolvidas, pois assim como esclarece Maturana (2001), somos capazes de observar o próprio observar em uma experiência de terceira ordem na linguagem.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15169 Literacia sem barreiras: as histórias adaptadas 2023-04-21T05:09:27+01:00 Mariana Grilo mariana.grilo.silva@gmail.com Sara Catalão saramcatalao@gmail.com Sara Leonardo saraleonardo@hotmail.com <p>Neste artigo, salientam-se os contributos da literacia na promoção do desenvolvimento infantil, focando a criança com perturbações severas da linguagem e da comunicação. Analisa-se a complementaridade entre comunicação aumentativa e alternativa, tecnologias de&nbsp;apoio e competências para aprender a ler e a escrever. Apresenta-se um exemplo de utilização de histórias adaptadas que pretende promover a comunicação, a literacia, o processo de ensino/aprendizagem e consequentemente, a inclusão e o desenvolvimento destas crianças.</p> <p>&nbsp;</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15172 As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) na Educação a Distância (EAD) como propulsoras de mudanças de modelos pedagógicos 2023-04-21T05:09:25+01:00 Ana Lúcia Buogo albuogo@ucs.br Carmen Regina Camana carmen.camana@gmail.com <p>A humanidade vive hoje situações paradoxais em termos culturais, econômicos, tecnológicos, sociais, intelectuais. Se, por um lado, com as revoluções científicas, industriais e tecnológicas desencadeadas a partir da metade do século passado, o ser humano passou a ter acesso ilimitado a todo planeta, com a abertura para novas formas de lidar com a realidade e com a ampliação de oportunidades, empregos, mercados, formações; por outro, ainda percebemos a existência das desigualdades sociais, da busca pelas verdades absolutas, da repetição&nbsp;de modelos, das mesmas formas de aprender e conceber o conhecimento. O rompimento desse paradoxo, ou pelo menos, sua minimização, parece depender de uma nova postura diante do próprio conhecimento e da aprendizagem. É objetivo deste trabalho, decorrente&nbsp;de investigações realizadas no espaço de atuação das autoras no Núcleo de Educação a Distância (NEAD) da Universidade de Caxias do Sul – Brasil e no Núcleo de Informática na Educação da Secretaria Municipal de Educação de Caxias do Sul- Brasil, envolvendo&nbsp;produção de material didático com a utilização de recursos midiáticos e formação de professores para EAD, apresentar uma reflexão sobre a necessidade de se repensarem as práticas docentes na atualidade a partir da análise das condições de acesso, sistematização e&nbsp;produção dessa nova forma de conhecer e aprender mediadas pelas TICs, tendo a educação a distância como uma modalidade que possibilita desencadear processos de mudança na postura de professores e alunos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15175 Brincar com o Scrach: uma experienciação privilegiada de comunicação na infância 2023-04-21T05:09:23+01:00 Ana Patrícia Oliveira apoliveira@ua.pt Maria Conceição Lopes col@ua.pt <p>O projeto Scratch’ando com o sapo na infância é desenvolvido com crianças do jardim-de-infância e pretende demonstrar como o Scratch do MIT Media Lab (aplicação e linguagem de programação para crianças dos 8 aos 12 anos) pode promover o brincar social espontâneo (BSE) na infância, ainda que, na fase inicial as crianças sejam assessoradas pela intervenção mediadora dos adultos. A metodologia de suporte ao projeto é a investigaçãoação, sendo esta complementada pela metodologia de promoção do BSE, que evolui iterativamente ao longo de vários estádios e fases sequenciais, permitindo, ao longo do processo de aprendizagem da autonomia, identificar qual é o nível do brincar social espontâneo em que as crianças se encontram, quando brincam com o Scratch. As sessões de intervenção-formação-experienciação com a programação Scratch decorrem na Cooperativa de Educação e Ensino A Torre em Lisboa, e são realizadas em duas fases, a primeira é desenvolvida com crianças de 5 e 6 anos de idade e a segunda com crianças de 4 e 5 anos de idade. Em 2009 também foram criados, com a coparticipação das crianças, um conjunto de onze tutoriais que estão disponíveis no portal SAPO Kids (<a href="http://kids.sapo.pt/">http://kids.sapo.pt/</a> scratch/formacao), bem como personagens (guardiões do Scratch’ando com o sapo) que guiam as crianças na narrativa e nas tarefas tutoradas para o domínio da programação Scratch. Nas sessões de intervençãoformação-experienciação utilizam-se estes tutoriais, de forma a apoiar as crianças a explorarem o brinquedo, do mesmo modo que se percebe como as crianças alvo do estudo interagem e se expressam brincriando no Scratch.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15178 Materiais audiovisuais para a Educação a Distância: a contribuição dos estilos de aprendizagem 2023-04-21T05:09:22+01:00 Vanessa Matos dos Santos vanmatos.santos@gmail.com <p>A compressão do tempo-espaço ocasionada pelas novas tecnologias da informação e comunicação somada à constante necessidade de especialização gerada pelo mundo do trabalho têm feito com que antigas demandas populacionais pressionem cada vez mais o&nbsp;sistema público de ensino em busca de aperfeiçoamento. O sistema educacional, por sua vez, é pressionado para atender Sujeitos com necessidades diferentes e em tempos diversos. Neste cenário, a educação a distância (EAD) tem sido resgatada como uma importante aliada&nbsp;na tarefa de democratizar o acesso à educação. Além de outras ferramentas, a EAD tem feito uso intensivo dos audiovisuais como forma de potencializar a compreensão da mensagem, principalmente quando os Sujeitos do processo educativo estão separados fisicamente.&nbsp;Os estilos de aprendizagem permitem dar relevo às diferenças individuais e nortear os usos dos materiais audiovisuais que sejam mais adequados, segundo as necessidades específicas dos alunos. Assim sendo, esta pesquisa teve como objetivo geral compreender os materiais audiovisuais educativos de acordo com os estilos de aprendizagem, indicando caminhos e<br> estratégias de utilização. Soma-se a este aspecto, o fato de que os audiovisuais educativos podem proporcionar o desenvolvimento de estilos menos desenvolvidos nos alunos, ampliando as oportunidades de aprendizagem. Partindo destes pontos, e tendo como respaldo teórico a Teoria dos Estilos de Aprendizagem, a pesquisa aponta como os audiovisuais podem ser utilizados para situações de aprendizagem em EAD, assim como também apresenta caminhos para pensar a gestão de conteúdos educativos de forma mais personalizada, ensejando uma relação mais próxima entre Comunicação e Educação.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15184 As Questões de Género na perceção das competências para o uso de Tecnologias da Comunicação: um estudo sobre os alunos do Ensino Superior Público Português 2023-04-21T05:09:20+01:00 Nídia Salomé Morais salome@esev.ipv.pt Fernando Ramos fernando.ramos@ua.pt <p>A investigação apresentada neste artigo teve como principal objetivo contribuir para uma compreensão mais alargada do uso que os estudantes do Ensino Superior Público Português (ESPP) fazem das Tecnologias da Comunicação (TC) para suporte à aprendizagem. Especificamente, procurou-se estudar a influência do género neste contexto e, no âmbito do presente artigo, apresenta-se parte da fundamentação teórica que sustenta o estudo, os objetivos e as opções metodológicas, bem como alguns dos resultados obtidos, em particular os que dizem respeito às diferenças de género na perceção das competências para o uso de TC para suporte à aprendizagem. Os resultados obtidos indicam que a maioria dos estudantes classifica as suas competências como sendo boas ou muito boas e, no que se refere à influência do género, os testes estatísticos sugerem a existência de diferenças significativas entre o sexo masculino e o sexo feminino na perceção das suas competências para o uso de TC.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15190 A TV como objeto de leitura da imagem no contexto escolar: uma pesquisa-ação com alunos do ensino médio 2023-04-21T05:09:18+01:00 Mírian Moema Filgueira Pinheiro sbidm-proa@ua.pt <p>Esta pesquisa procura refletir sobre a dinâmica da recepção televisiva, estudando a microsérie Hoje é dia de Maria, produzida pela Rede Globo de Televisão e tem por objetivo geral, promover inferências no processo de leitura da imagem, principalmente à leitura&nbsp;estética no contexto escolar, visando à formação de leitores visuais proficientes. A pesquisa foi desenvolvida com alunos da 3ª série do ensino médio em uma escola pública do Estado, situada geograficamente na cidade do Natal, RN. O enquadre teórico parte dos pressupostos do sociointeracionismo cognitivista para entender a linguagem, ancorada nas ideias de Bakhtin&nbsp;(1994) e Vygotsky (1998) para entender a interação social e a Teoria da Recepção Estética e do Efeito com Jauss (1979) e Iser (1999), de forma a compreender a experiência estética, efeito estético e produção de sentido. A abordagem metodológica assume um viés qualitativo de caráter interpretativista, dada pelos momentos de entrevistas, observação, questionário e da&nbsp;aplicação de um conjunto de atividades investigativas, como exposição de temas introdutórios, veiculação de imagens e processo de mediação. O trabalho é fruto de uma investigação-ação, num processo de intervenção pedagógica na escola. Os resultados verificaram que os recursos linguísticos interacionais mobilizados pelos interlocutores demonstrou a falta de repertório e&nbsp;conhecimento prévio sobre leitura de imagem, ficando evidente que os participantes da pesquisa desconheciam sobre leitura de imagem, o que os levou a fazer inicialmente uma leitura superficial. Mas, no decorrer dos encontros, foi possível, perceber as transformações, com o auxílio da mediação que os ajudou reflexionar o texto audiovisual de forma mais autônoma e segura.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15193 Timor-Leste: “Moro num país tropical...” que também canta em português 2023-04-21T05:09:17+01:00 Regina Pires de Brito sbidm-proa@ua.pt <p>Esta comunicação apresenta o desenvolvimento e alguns resultados de ações voltadas para a difusão da língua portuguesa no contexto timorense. Dada a história de seu país, expressar-se em português, para os timorenses, como aparece em documentos oficiais do governo, é uma&nbsp;forma de mostrar uma face diferenciada, em relação aos projetos hegemônicos de potências da região. Estreitamente associados à língua, estão os campos de produção simbólica da literatura, canção popular, rádio, televisão, cinema, teatro, etc. – enfim, um conjunto de&nbsp;linguagens e práticas discursivas que intercorrem entre si, mostrando grandes similaridades comunitárias entre os países de língua portuguesa. O comunitarismo linguístico<br> dá base, assim, a um comunitarismo cultural mais amplo, estabelecendo laços de parentesco supranacionais. Tais articulações são valorizadas pelos timorenses como forma de &nbsp;diferenciação e de afirmações identitárias. Esse quadro, associado a pesquisas de natureza&nbsp;sociolinguística realizadas desde 2001 em conjunto com profissionais timorenses, ensejou a elaboração e o desenvolvimento, no âmbito da cooperação entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa) de diferentes ações, por muitos&nbsp;atores. Nesta oportunidade, apresentamos dois projetos que objetivaram a difusão e/ou a sensibilização para a comunicação em português: o Projeto Universidades<br> em Timor-Leste (1ª. edição – 2004, em preparação para nova edição), uma ação pedagógica-cultural de difusão da comunicação e da expressão em língua portuguesa, realizado por meio de cursos e oficinas, utilizando-se da canção popular brasileira e textos literários diversos como instrumentos didáticos, em conformidade com a política nacional de cooperação entre os países de língua portuguesa. A segunda atuação é o Projeto de Cooperação Acadêmico-<br> Cultural UNTL-UPM, em que docentes de universidades brasileiras e portuguesas, atuando nos primeiros anos de diferentes cursos de graduação da Universidade Nacional Timor Lorosa´e, dentre outras estratégias, levaram em conta o recurso à música em língua portuguesa como elemento motivador para a aprendizagem na conjuntura universitária timorense.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15196 Sustentabilidade nas indústrias farmacêuticas: ajustes entre discursos e práticas gerenciais 2023-04-21T05:09:15+01:00 Devani Salomão devani.salomao@gmail.com <p>O discurso dos gestores nas indústrias farmacêuticas sobre sustentabilidade é dirigido a seus colaboradores e busca vincular práticas gerenciais ambientais, econômicas e sociais a uma imagem positiva da empresa. Diversas organizações têm dificuldade em associar seus&nbsp;discursos às práticas da gestão sustentável, ou seja, “o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados&nbsp;e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo, para sua sustentabilidade”. (Melo Neto &amp; Froes, 1999:90). Devido ao aspecto diversificado destes discursos dos gestores, às vezes ambíguos e conflitantes nos seus enfoques (ambientais, econômicos e sociais), os funcionários das organizações podem ter entendimento&nbsp;impreciso sobre o que é sustentabilidade e quais atitudes se esperam dele dentro e fora da organização para estar comprometido com este conceito. Objetivo: Os propósitos dessa pesquisa foram verificar e analisar quais fatores influenciam a interpretação do conceito de sustentabilidade dos gerentes e seus funcionários nas indústrias farmacêuticas, sejam eles&nbsp;ambientais, econômicos ou sociais, e o que impede que os discursos organizacionais se transformem em práticas mais sustentáveis.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15199 Doença de Alzheimer: um desafio para os profissionais de comunicação 2023-04-21T05:09:13+01:00 Tatiana Nunes sbidm-proa@ua.pt <p>A Doença de Alzheimer é um dos maiores problemas de saúde nas sociedades ocidentais. Neste artigo, procura-se discutir o nível de conhecimentos sobre a Doença de&nbsp;Alzheimer entre os estudantes de ensino superior que frequentam cursos de comunicação. Apresentaremos as principais opções metodológicas, a discussão dos resultados mais importantes, bem como a forma como estes se refletiram na construção da estratégia de comunicação da Alzheimer Portugal que, entre os seus principais objetivos, tem o de procurar aumentar os conhecimentos daqueles que, agora ou no futuro, se&nbsp;tornarão cuidadores de alguém com Demência.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15205 Comunicação em Saúde: a consulta do viajante no IHMT 2023-04-21T05:09:12+01:00 Carla Sofia Ramos Varela Carla.varela@hotmail.com <p>As Consultas de Aconselhamento ao Viajante existentes no país encontram um desafio já conhecido na área da saúde: como comunicar com o utente? No presente artigo é apresentada uma investigação realizada na Consulta do Viajante do Instituto de Higiene&nbsp;e Medicina Tropical com um simples objectivo: quem é o utente desta consulta? Assim sendo, no âmbito da comunicação para a saúde, pretendeu-se conhecer este público de forma a adotar os suportes de comunicação utilizados pelo IHMT para que estes estivessem aptos a transmitir a informação de uma forma acessível ao público e de acordo com as suas características tanto linguísticas como informativas. A investigação foi realizada através de métodos de investigação qualitativos como a aplicação de inquéritos por questionário.&nbsp;Serão apresentados, então, a caracterização do público utente da consulta do IHMT assim como algumas estratégias a serem adotadas pelo Instituto.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15208 Saúde do viajante e Operadores Turísticos: que papel para a Comunicação em Saúde? 2023-04-21T05:09:10+01:00 Sandra Nascimento sbidm-proa@ua.pt <p>Pretende-se com este artigo analisar qual a perceção que os operadores turísticos têm no que concerne a uma responsabilidade enquanto promotores de comportamentos que visam o bem-estar e a saúde dos turistas. Visando conhecer a realidade da comunicação para a&nbsp;saúde em Portugal no contexto da atividade turística analisam-se as ações dos operadores credenciados, recorrendo a metodologias qualitativas. Procedeu-se à realização de três entrevistas exploratórias, a um médico especialista em medicina do viajante e a&nbsp;dois operadores turísticos, um que lidera o Mercado em Portugal e outro que assume claramente uma atitude de responsabilidade social. De um Universo de 1200&nbsp;operadores e agências de viagens e turismo registados no Turismo de Portugal foram escolhidos apenas aqueles que são operadores turísticos, que executam programas&nbsp;de viagens para fora da Europa, e desta forma foram escolhidos e selecionados 24 operadores a quem foram enviados respetivamente um questionário. A escolha deste público recai precisamente pelo seu papel principal bem como a presença que mantém no Mundo&nbsp;Turístico. São os Operadores Turísticos que elaboram os programas de viagens, que contacta com muitos agentes do setor, desde a hotelaria, a restauração, a transportadoras e agências de animação, e ao construírem um programa vendem-no às agências de viagem. Uma&nbsp;vez que são um público bastante abrangente, o seu papel como Socialmente Responsável tem que ter impacto, nomeadamente quando falamos de Saúde Pública. É clara a necessidade de implementar políticas de saúde voltadas para o turista com ênfase em doenças infeciosas&nbsp;e ações emergenciais para detetar surtos envolvendo os turistas, medidas que podem diminuir consideravelmente epidemias. Da análise dos dados recolhidos percebe-se a falta de&nbsp;informação / formação do setor do turismo para as questões da comunicação para a saúde, excetuando os casos específicos de obrigatoriedade de vacinação, nada é dito ou feito. Defender-se-á neste artigo a consciencialização dos operadores turísticos enquanto&nbsp;promotores da mudança de atitudes ou comportamento dos seus clientes. Com o aumento da circulação do número de pessoas num mundo cada vez mais globalizado torna-se claramente&nbsp;numa questão de saúde pública.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15211 Comunicação do Risco: o que dizer, quando dizer 2023-04-21T05:09:08+01:00 Sandra Jesus sandrajesus1982@gmail.com <p>Apesar de as avaliações sistémicas sobre “risco” remontarem ao quarto século antes de Cristo, ou seja, à civilização Babilónica, a área de estudo que podemos designar enquanto &nbsp;“comunicação do risco” é muito recente. De facto, somente nas últimas décadas do século&nbsp;passado podem ser encontradas referências explícitas na literatura especializada acerca da “comunicação do risco”. Assim, a paredes meias com outros dois conceitos o de&nbsp;“comunicação de crise” e o de “comunicação em situação de emergência” este campo de investigação varia na sua definição conceptual e na própria forma como recorta o&nbsp;seu objeto disciplinar consoante as áreas de atividade nas quais se enquadra. O objeto de estudo do presente artigo é, portanto, o risco natural, sendo apresentada a caracterização do contexto nacional. A “comunicação do risco” enquanto comunicação planificada e organizada foi o objeto de estudo da investigação empírica cujas conclusões aqui são&nbsp; apresentadas.&nbsp;Foi utilizada uma metodologia de cariz qualitativo, tendo sido inquirido atores estratégicos relevantes na área do risco natural em Portugal - desde a área da saúde pública à proteção civil.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15214 Customer Relationship Management e a sua importância no setor hoteleiro 2023-04-21T05:09:07+01:00 Mariana Cristina Melo Inácio Marques mail@marianamarques.com <p>O trabalho proposto insere-se no tema da comunicação e marketing relacional, na medida em que tem como objetivo discutir e estudar o conceito de CRM (Customer Relationship Management) no âmbito do marketing relacional ou one-to-one, com aplicação na&nbsp;hotelaria. De facto, num mercado bastante concorrencial e no qual a tecnologia assume cada vez mais importância, será primordial que as empresas percebam a importância&nbsp;desta ferramenta na fidelização de clientes. O CRM pode ser entendido como uma&nbsp;ferramenta ao serviço do marketing relacional, na medida em que este tipo de marketing se assume como uma forma de, a longo-prazo, atrair novos consumidores, sem no entanto descurar da satisfação dos já existentes, através de uma relação de proximidade com os mesmos. Na verdade, o CRM acaba por assumir-se como um meio tecnológico através do qual a empresa conhece com algum pormenor o seu cliente e que, por isso, consegue estabelecer com ele uma relação de maior proximidade e oferecer-lhe um produto diferenciado, que vá ao encontro das suas necessidades, gostos e expetativas. Trata-se de um conceito relativamente recente, mas que demonstra ser cada vez mais importante no âmbito das políticas de fidelização e diferenciação, aumentando a vantagem competitiva das empresas.&nbsp;Na atividade turística, sobretudo na hotelaria, a aplicação do CRM assume-se como fundamental e exigindo uma relação estreita com o seu cliente. O setor hoteleiro poderá ser mais assertivo nas suas ofertas e estratégias de fidelização de clientes se souber utilizar esta&nbsp;ferramenta. A sua aplicabilidade à hotelaria prende-se com o facto de este ser um setor no qual é fundamental a relação com o cliente. Deve salientar-se que a gestão da relação com os clientes sempre existiu nesta área de negócio, muito embora fosse feita de uma outra forma&nbsp;que não a informática. Contudo, não se poder deixar de reconhecer a importância das novas tecnologias na otimização dos processos de gestão, tornando os mesmos mais assertivos e rápidos. No entanto, deve salientar-se que implementar uma estratégia de CRM em alguns<br> hotéis pode não ser fácil, na medida em que implica uma coordenação de esforços e a existência de alguns recursos, com especial destaque para os financeiros e humanos. Na&nbsp;verdade, implica a compra e manutenção de um sistema informático que permita fazer a recolha e tratamento de dados sobre o cliente e é fundamental que todos os&nbsp;colaboradores estejam devidamente sensibilizados para a importância de estarem atentos ao cliente e de registarem o máximo de informações sobre o mesmo. Sem a atenção de todos os colaboradores, mesmo os que não estão a trabalhar na área do marketing, de nada servirá ter um sistema de CRM instalado no computador.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15217 A importância do preço na Comunicação das Marcas 2023-04-21T05:09:05+01:00 Filipa Frazão Figueiredo sbidm-proa@ua.pt Raquel Barbosa Ribeiro rribeiro@iscsp.ulisboa.pt <p>Este artigo pretende analisar e compreender a importância do preço nas atuais estratégias de comunicação das marcas. Num momento em que Portugal atravessa uma grave crise económica e uma forte contenção ao nível do consumo, várias marcas optaram por reintroduzir o elemento preço na sua comunicação como forma de atrair novos clientes, fidelizar os habituais e aumentar a sua notoriedade junto do público-alvo. Mas será a&nbsp;comunicação do preço transversal a todas as categorias de produto? Qual a opinião do consumidor sobre esta alteração? Será esta uma tendência a manter-se no futuro? Para responder a estas questões foram analisados artigos e relatórios e realizadas entrevistas a profissionais das áreas de estudo de mercado, publicidade, marketing, comunicação e consumo e a consumidores.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15223 A Comunicação e a venda online de joias de luxo 2023-04-21T05:09:00+01:00 Joana Motta joana.motta@europeia.pt Maria Barbosa mariabarbosa@cigest.ensinus.pt Sandra Filipe sandrafilipe@ua.pt <p>As marcas de luxo têm sido tradicionalmente vendidas em boutiques, permitindo a proximidade física entre vendedor e consumidor, e como tal, o recurso a ferramentas do marketing sensorial. Contudo, cada vez mais as marcas de luxo recorrem aos new media para&nbsp;comunicar e vender os seus produtos. Entre os vários canais de new media disponíveis, os web sites têm vindo a assumir um papel de destaque. O objetivo do presente estudo consiste em identificar e analisar a estratégia de comunicação online das 13 marcas de joias de luxo elencadas por Heine (2012) no World Luxury Brands Diretory e no diretório da “World Luxury&nbsp;Association”. Para o efeito foram avaliados os web sites de cada empresa nas seguintes vertentes: 1) características gerais do web site; 2) opções de interatividade; 3) opções de venda disponibilizadas; e 4) os critérios de segmentação e posicionamento escolhidos por cada&nbsp;marca. O estudo baseia-se na vertente quantitativa da metodologia da análise temática de conteúdo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15229 Perfumes vendidos na Internet – Moda ou fenómeno? 2023-04-21T05:08:58+01:00 Paula Lopes plopesp@gmail.com Filipe Rosário fslf.rosario@gmail.com <p>Os perfumes são considerados produtos de luxo por um lado devido ao tipo de marcas que comercializa este tipo de produto e por outro devido ao seu preço elevado. Apesar disso tornaram-se essenciais no nosso modo de vida actual. Ir a uma perfumaria tornou-se um ritual que implica ao consumidor(a) experimentar os perfumes, observar as embalagens sempre elegantes, deixar-se envolver pelas diversas fragrâncias que se sentem no espaço da perfumaria. Se a escolha de um perfume pode ser um momento tão agradável, então porque comprá-los numa loja online? Actualmente as empresas não podem deixar de existir na internet. A sua presença na internet e um site bem conseguido permite ampliar e diversificar o mercado. Também as empresas que comercializam os diferentes tipos de perfumaria selectiva querem estar neste canal digital. Este trabalho de investigação tem por objectivo perceber&nbsp;porque os consumidores compram perfumes em lojas online. Para a realização deste estudo será aplicado um questionário a um grupo de consumidores onde se pretende perceber porque escolhem uma loja online para comprar perfumes. Os resultados apontam para&nbsp;um registo de uma tendência crescente na compra de perfumes.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15232 Redes e laços sociais, interações mediadas e fluxos de informações: um estudo da percepção dos seguidores do Twitter das empresas brasileiras do segmento de varejo eletroeletrônico 2023-04-21T05:08:56+01:00 Henrique Cordeiro Martins henrique.martins@fumec.br Briza Gabriela Moreira Martins martins.briza@gmail.com Jeislan Carlos de Souza jeyest@gmail.com <p>O objetivo deste artigo foi analisar os elementos que compõem as interações mediadas pelo computador nas redes sociais entre empresas e consumidores e que geram fluxos de informações, contribuindo para o fortalecimento dos laços estabelecidos na rede, na percepção dos seguidores do Twitter das empresas de varejo de eletroeletrônicos. A pesquisa quantitativa, do tipo descritiva e por meio de um survey, se deu com seguidores das empresas Ponto Frio, Ricardo Eletro, Casas Bahia e Magazine Luiza. Os resultados apontam que a interatividade e promoções são fundamentais para fortalecer as relações entre os usuários do site e os perfis das empresas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15238 A interpretação da Comunicação Publicitária na perspetiva do segmento sénior: contributo para a sua compreensão 2023-04-21T05:08:55+01:00 Sandra Marina V. Teixeira 6434@alunos.escs.ipl.pt Ana Cristina Antunes aantunes@escs.ipl.pt Sandra Miranda smiranda@escs.ipl.pt <p>O aumento da esperança média de vida e a redução do número de nascimentos, tem conduzido a um aumento significativo da população sénior, e apesar de ser conotado como um fenómeno característico dos países desenvolvidos, esta é uma realidade quase universal, que&nbsp;tem assumido particular incidência na Europa. No entanto, apesar de frequentemente estigmatizada com base em estereótipos negativos, no que diz respeito às suas capacidades físicas e mentais, na atualidade, o perfil dos seniores, sofreu alterações significativas dada a sua disponibilidade de tempo e dinheiro, transformando-o num segmento com um peso significativo no incremento da economia e um target desejável para os media e seus&nbsp;agentes. Deste modo, por via da alteração do paradigma social; envelhecimento da população e a crescente importância deste segmento para o mercado, é pertinente compreender a relação entre o sénior e a comunicação publicitária. Nesse sentido, o objetivo deste paper&nbsp;é proceder a uma revisão narrativa que permita compreender as principais tendências de pesquisa neste campo. Serão assim examinadas as duas abordagens empíricas relativas a esta temática, a primeira centrada na comunicação publicitária dirigida ao sénior e suas caraterísticas e a segunda a comunicação publicitária do ponto de vista do sénior.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15241 A Comunicação de causas como estratégia de Marketing 2023-04-21T05:08:53+01:00 José Miguel Guerreiro jmiguelguerreiro@gmail.com Mafalda Eiró-Gomes agomes@escs.ipl.pt <p>Neste artigo propomo-nos discutir o valor das estratégias de “comunicação de causas” como uma alavanca para o incremento das vendas através de uma fidelização dos consumidores.&nbsp;A Responsabilidade Social é um investimento, que implica alterações profundas nos modos de abordar o negócio e que coloca grandes desafios à gestão, devendo estar incorporada na estratégia da empresa, estar totalmente alinhada com a sua área de negócio e estar presente nas actividades diárias desta, isto é, ser mais do que maquilhagem, ser algo estruturado e coerente, que faz parte da identidade da empresa, funcionando como factor de identificação interno e legitimação externo (Green Paper, 2001 e Cerana, 2004). Para suportar esta &nbsp;perspectiva utilizaremos como exemplo a decisão estratégica tomada em 2005 pelo Intermarché de aumentar a sua participação na sociedade portuguesa, através do desenvolvimento de uma parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses implementando&nbsp;um projecto de responsabilidade social com o intuito de dotar os bombeiros com jipes de comando e intervenção rápida. Esta parceria foi suportada por uma ambiciosa estratégia&nbsp;de comunicação que fez com que esta campanha fosse abraçada por todos os portugueses, tornando-se numa acção de enorme sucesso e visibilidade mediática. Foi de tal forma grande o impacto positivo desta campanha junto dos stakeholders do Intermarché que a organização decidiu repetir esta campanha durante três anos consecutivos, utilizando em cada uma a formula definida e implementada em 2005. Definida a estratégia de comunicação e as grandes linhas da acção, foi necessário encontrar uma forma de envolver os clientes de cada ponto de venda do Intermarché, assim decidiu a organização que seria o contributo dos clientes&nbsp;para esta causa que iria permitir oferecer aos Bombeiros Portugueses os 18 jipes de comando e intervenção rápida, definidos como o objectivo a alcançar na campanha. Foi definido que por cada passagem em caixa cada cliente iria doar 0,02€ aos Bombeiros, sem que esse valor implicasse qualquer incremento no seu talão de compras ou nos produtos adquiridos.&nbsp;Assim para contribuir para esta causa nacional, os clientes tinham somente que durante os meses de Julho, Agosto e Setembro ir às compras ao seu Intermarché e/ ou Écomarché. A sua passagem em caixa significava uma doação aos bombeiros de 0,02€ independentemente do&nbsp;valor das suas compras. O impacto desta causa fez com que fossem efectuadas no período da campanha 20 milhões de transacções no Intermarché, o que correspondeu a um aumento de 3,5% face ao período homólogo do ano anterior. O acréscimo de 3,5% nas transacções cumpriu com o objectivo de distribuição: a campanha angariou 18 jipes, 1 para cada Distrito do território continental. Com uma estratégia de comunicação eficaz, conseguiu-se o duplo objectivo de dotar os bombeiros portugueses com 18 jipes de comando e em paralelo fidelizar os clientes do Intermarché através de uma mecânica simples mas claramente eficaz.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15247 YouTube como palco virtual: estudo de caso da banda Boyce Avenue 2023-04-21T05:08:52+01:00 Bárbara Marina Almeida dos Santos bmarina1008@gmail.com <p>Desde o início da década de 90 o mundo vem se familiarizando mais com a internet. Com ela não apenas governos e grandes redes de comunicação obtiveram grandes avanços, mas também o público/receptor/consumidor, que também passou a ser estudado e analisado com maior peculiaridade. Com a internet a globalização ganhou um novo conceito juntamente com&nbsp;a evolução da comunicação e do acesso ao conhecimento. Em um período de vivência da web 2.0 a internet ganhou novas proporções principalmente se tratando do ponto de vista do internauta/consumidor, porque através dessa nova fase a rede ganha plataformas que&nbsp;aumentam a interação entre os homens. Dos anos 90 para os anos 2000, como era de se esperar, as redes de relacionamento/interação também evoluíram através dos recursos tecnológicos, tentando se aproximar ao máximo de uma comunicação face a face. O YouTube&nbsp;é uma (das muitas) forte ferramenta de propagação/divulgação, utilizada densamente por “anônimos”, artistas iniciante, mas não deixando de ser uma aliada das grandes indústrias devido a sua popularidade. Tamanha popularidade é vista pela velocidade de propagação de<br> uma mensagem, pelo número de “curtidas”, comentários, compartilhamento e etc. O internauta passou a assumir uma postura ativa frente à rede. Hoje o consumidor/internauta é considerado como Consumer-Generated Media (CGM). Ou seja, ele gera conteúdo para os meios e plataformas e também os consome. Os sites se aliam as redes sociais, infundem ferramentas em suas estruturas que permitem uma participação maior do público e acabam agregando assim um sentimento de participação e empatia. Através de autores como Jenkins,&nbsp;Barbero e Gallego são embasados assuntos relacionados à convergência midiática, cultura participativa, consumo, cultura de massa e meios de comunicação e sobre a indústria &nbsp;fonográfica. Baseado nisso o presente trabalho pretende analisar o site como palco virtual para bandas iniciais, no caso específico a banda Boyce Avenue, e a que se deve tamanha popularidade em suas visualizações e de que forma a publicidade dos artistas é realizada nessa<br> plataforma.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15250 Marketing Digital no setor hoteleiro: o que as Páginas Web dizem dos hotéis portuensesD 2023-04-21T05:08:50+01:00 Andreia Teixeira andreia.teixeira@fivebyfive.pt Mª João Branco mjb_401@hotmail.com Ivone Ferreira ivone.silva@fivebyfive.pt José Nuno Azevedo nunoazevedo@fivebyfive.pt <p>O objetivo deste estudo é teorizar sobre a importância do marketing digital no setor hoteleiro, aferindo o contributo da Internet e das suas ferramentas, nomeadamente, sites, e-mail, redes sociais e blogs na promoção e dinamização de um hotel. De forma a medir os efeitos práticos, as vantagens e a aplicabilidade destas ferramentas, foram analisados os sites dos hotéis de duas a cinco estrelas do centro histórico da cidade do Porto. Nesta análise são incluídos aspetos como a navegabilidade, comunicação, conteúdos e oferta de serviços online. Concluiu-se que há já um forte esforço de implementação desta forma emergente de marketing, por parte dos hotéis em análise. A maioria das unidades de alojamento possibilita a compra online dos seus produtos, aposta na comunicação integrada de marketing através da apresentação da&nbsp;missão e valores no site, comunica as suas facilidades de forma completa, tem o site traduzido para diversos idiomas, incluíndo os correspondentes aos mercados de procura emergentes, possuem uma galeria fotográfica e conteúdos de índole externa. Como principais parâmetros&nbsp;a serem melhorados, salienta-se a inexistência de campos para pesquisa, lacunas na explicitação de políticas de reserva e cancelamento e ausência de vídeos e blogs. Constatou-se ainda, que pouco mais de metade dos hotéis analisados estão inseridos nas redes sociais, com maior incidência no Facebook.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15253 Personalidade da Marca Territorial: o caso da cidade do Porto 2023-04-21T05:08:48+01:00 Paulo Ribeiro Cardoso sbidm-proa@ua.pt Alberto Ortiz Diniz sbidm-proa@ua.pt <p>Nas últimas décadas as cidades têm vindo a desenvolver a sua marca territorial aplicando ferramentas de gestão, de marketing e de comunicação no seu desenvolvimento e promoção junto dos seus diversos públicos: residentes, visitantes e investidores. A marca territorial tem sido uma área de trabalho no âmbito institucional e empresarial mas também objeto de investigação científica no contexto académico. Neste domínio o conceito de “personalidade da marca” tem sido utilizado enquanto instrumento que permite compreender a perceção dos públicos em relação ao território (Hosany et al., 2007, Bartikowski et al. 2009, Kiliç e Sop, 2012). O modelo de personalidade da marca, desenvolvido por Jennifer Aaker (1997), é, nesta área, um dos constructos teóricos mais difundidos. A sua estrutura contempla cinco dimensões da personalidade – sinceridade, competência, excitação, sofisticação e rudeza – que descrevem a marca “enquanto pessoa”. Além da sua aplicação no contexto académico, esta&nbsp;ferramenta pode ter aplicações práticas importantes, nomeadamente na estruturação de um mapa de valores e na estratégia de comunicação da marca. O presente estudo aplica este modelo à cidade do Porto procurando perceber de que forma os seus visitantes percecionam esse território. A investigação envolveu a administração de um questionário a uma amostra&nbsp;de cerca de duzentos indivíduos de nacionalidade portuguesa, visitantes da cidade do Porto. Os resultados permitem dar um contributo para a configuração de um retrato da &nbsp;personalidade desta cidade.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15256 O Livro na passagem de “Átomos” a “Bits”: as Tecnologias Digitais no contexto do Livro Eletrónico 2023-04-21T05:08:47+01:00 Ricardo Pereira Rodrigues esganarel@gmail.com <p>As Tecnologias de Informação e Comunicação colocam em debate o modo de pensar e olhar o livro tradicional e originam novas materialidades para o texto e novas formas, espaços e géneros de leitura. A revolução originada por Gutenberg democratizou o acesso ao livro tradicional, alterando os processos de acesso ao conhecimento. As tecnologias eletrónicas trouxeram consigo uma nova revolução, virtualizando o acesso aos textos que alteraram a paisagem da cultura clássica do livro. Recorrendo à ideia original do investigador Nicholas Negroponte, pretende-se realizar uma análise das alterações que o livro sofreu, enquanto objeto de suporte ao texto, na sua passagem para contextos digitais ou na passagem de “átomos” para “bits”.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15259 Visibilidade Mediática: por uma reconfiguração do imaginário no Ciberespaço 2023-04-21T05:08:45+01:00 Ariovaldo Folino Junior sbidm-proa@ua.pt <p>O cyberspace é um ambiente que propicia a desconfiguração da relação primária entre a realidade e o imaginário, propondo, de maneira não passível de escolha, outro ordenamento do imaginário social (CASTORIARDIS, 1982) que altera a partir deste, uma nova posição do indivíduo dentro da sociedade multicultural. Neste ambiente, ser cibermediático tem&nbsp;suas exigências e tal condição exige estar em constante estado de alerta, hiperconectado, disponível, atualizado; deve-se transpor e propor uma nova realidade diante do imaginário resignificado. Assim, a situação “do fenômeno glocal” unida, concomitantemente à experiência do tempo real, faz fecundar a visibilidade mediática dentro da cibercultura (aqui tomada como categoria de época, sinônima de civilização mediática avançada, organização sociotecnológica contemporânea do capitalismo tardio) (TRIVINHO, 2007). A suspensão da realidade por um dado tempo em prol da invenção de um real mais real do que o real, em conformidade com a noção de hiper-real (BAUDRILLARD, 1991) faz com que haja uma profusão de perfis e ações identitárias subjetivas. As subjetividades que colonizam o espaço das redes sociais digitais estão, antes e ao mesmo tempo, colonizadas pelo imaginário de sucesso, fama e realização&nbsp;alardeados pelas indústrias cultural e cibercultural. A subjetividade contemporânea é fruto da confluência das culturas mediática, narcisista e pós-moderna. Tais questões requerem que se pense sobre a experiência da constituição dos sujeitos nos espaços e tempos virtuais a partir dos arranjamentos de identificações possíveis pelas plataformas de apresentação e &nbsp;presentificação do eu – redes socias. Este trabalho é parte de minha pesquisa de doutoramento realizada no Programa de Comunicação e Semiótica (COS) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) - Brasil, que investiga a temática da comunicação virtual, identidade e imaginário infantil na cibercultura, e propõe apresentar neste recorte, uma incursão diante do conceito de “glocal” e visibilidade mediática, buscando, a partir destes, refletir sobre as reconfigurações do imaginário.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15262 Os rastros digitais e a memória dos jovens no Facebook 2023-04-21T05:08:43+01:00 Rosali Henriques rosalih@gmail.com Vera Dodebei dodebei@gmail.com <p>A internet tem revolucionado a forma como as pessoas veem o mundo. Como em qualquer campo das Ciências Humanas, o campo da memória também está sendo afetado por esta nova mídia. Este texto discute como a internet, mas principalmente as redes sociais, com&nbsp;especial atenção ao Facebook, tem mudado a forma como os jovens lidam com os processos da memória. Destacamos nesta comunicação as relações entre memória e internet, analisando o surgimento do Facebook e como as ações de postar, curtir e compartilhar são parte do &nbsp;processo de memória e esquecimento entre os jovens nativos digitais.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15265 A ressignificação das memórias nas Redes Sociais na Internet 2023-04-21T05:08:42+01:00 Mágda Rodrigues da Cunha mrcunha@pucrs.br <p>A crescente apropriação e produção de conteúdos por intermédio das redes sociais na internet constituem, no atual contexto, um novo formato de memória, individual e coletiva, &nbsp;simultaneamente. São múltiplas narrativas que somadas constroem um texto, com fragmentos&nbsp;independentes, assumindo novos significados a cada leitura e soma de outra informação postada. Neste texto, pretendemos fazer uma reflexão sobre alguns pontos desta grande memória que vem sendo tecida coletivamente, a partir das percepções e experiências individuais dos sujeitos, do esquecimento e do abastecimento permanente.&nbsp;Memória – redes sociais – internet – ressignificação – esquecimento. As investigações a respeito da memória envolvem tradicionalmente uma perspectiva linear, considerando passado, presente e futuro e a observação destes tempos exatamente no lugar onde ocorreram. As memórias pessoais também foram tratadas, em certa medida, de forma individual, como experiências vividas apenas por uma pessoa, fazendo parte da sua história de&nbsp;vida. Com o surgimento e apropriação das redes sociais na internet, esta forma de investigar e considerar a memória passa por um processo de complexificação. Nas redes e no ciberespaço contamos histórias de todas as épocas para muitos, tantos quantos possam e desejem acompanhálas. Mas também deixamos nossos registros e percepções sobre os lugares que visitamos, as experiências que vivenciamos, nos diferentes períodos da vida. Em nossas reflexões sobre memória e redes sociais, identificamos uma dimensão em torno do tema&nbsp;que está relacionada ao cruzamento destas memórias e especialmente à ressignificação das memórias individuais para aqueles que as produzem, mas também para os que leem. Somos hoje mais influenciados por nosso passado, pelos constantes reencontros no tempo presente,&nbsp;por intermédio da leitura nas redes, como também influenciados pelas memórias alheias, nos rastros que vão sendo deixados pelos sujeitos. Nosso objetivo é apresentar os casos observados nas redes e analisar a ressignificação da memória no entrecruzamento de dados<br> registrados no ciberespaço. Neste texto, vamos refletir sobre a memória produzida nas redes sociais FourSquare e Instagram, observando as camadas de significado deixadas pelos produtores de conteúdo em relação a determinados lugares. Neste texto, não temos o objetivo direto de trabalhar com a informação geolocalizada. Ela é aqui uma estratégia, um filtro para rastrear as marcas que constituirão a grande memória sobre as experiências&nbsp;vividas naqueles espaços. Com certeza, as narrativas dizem muitos sobre os lugares e &nbsp;permanecerão como mais uma marcação na larga história. Nesse contexto, misturam-se memória, como lembrança, mas também esquecimento, como referem alguns autores. Pretendemos também aqui iluminar aspectos que envolvam o registro dos acontecimentos&nbsp;neste contexto e refletir sobre as informações que vão sendo armazenadas neste processo sobre a vida cotidiana nas cidades. Consideramos que são alguns aspectos, entre muitos, que se fazem relevantes na composição desta memória em rede, em constante atualização no&nbsp;tempo presente.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15271 Vantagens práticas da utilização de Plataformas participativas para a promoção e disseminação de Bens Culturais: caso de estudo da Biblioteca Pública Municipal do Porto 2023-04-21T05:08:40+01:00 Cláudia Lima claudiaraquellima@gmail.com Heitor Alvelos sbidm-proa@ua.pt <p>Considerando a biblioteca pública como uma força viva para a educação, cultura e informação (Manifesto Unesco, 1994) e tendo em conta um novo paradigma social fortemente &nbsp;caracterizado pelas tecnologias digitais e pela cultura da participação (Cardoso et al., 2005; Castells, 2004; Jenkins 2008), este artigo pretende salientar a importância de uma &nbsp;reformulação das abordagens comunicativas das Bibliotecas Públicas Portuguesas nas plataformas web de cariz participativo. Da observação feita às presenças na web destas bibliotecas, verificámos que a utilização das plataformas web para as suas práticas comunicativas é, em geral, reduzida, nomeadamente no que diz respeito a redes e media sociais, e a interação com o utilizador não é particularmente estimulada. O presente artigo partirá da análise de práticas desenvolvidas em bibliotecas públicas nos Estados Unidos que lhes permitiram um maior envolvimento na sua comunidade de utilizadores e que se enquadram no que Casey e Savastinuk (2007) designaram como biblioteca 2.0, um modelo de biblioteca ajustado a cada instituição em particular e centrado na sua comunidade de utilizadores específica. A análise de abordagens comunicativas nas plataformas web participativas de uma biblioteca em particular, a Austin Public Library, bem como as &nbsp;informações prestadas pelos responsáveis pela gestão destas plataformas, revelou objetivamente vantagens da sua utilização e do estímulo à participação e envolvimento dos utilizadores nos serviços da biblioteca. Estando cientes da impossibilidade de uma “importação” total do modelo americano para o contexto português, em parte devido a diferenças de teor económico e cultural, pretendemos identificar práticas que, não sendo importadas, possam ser estruturadas especificamente em função da realidade encontrada em Portugal. Centraremos este artigo na observação de práticas comunicativas na web de uma biblioteca pública portuguesa específica, a Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP), considerada como uma das mais importantes do nosso país. Com 180 anos, estima-se que as suas coleções contemplem cerca de 1,5 milhões de itens provenientes desde o séc. IX até à atualidade, e que incluem manuscritos, cartografia, iconografia, impressos raros, um conjunto de espólios e correspondências de escritores e artistas nacionais, entre outras espécies.&nbsp;Desde a sua fundação foi atribuído a esta instituição o que é hoje conhecido como Depósito Legal, permitindo-lhe reunir uma vasta coleção de documentos que constituem um precioso retrato da sociedade portuguesa ao longo de vários séculos. Não obstante, verificámos nesta instituição a ausência de hábitos conducentes à criação de redes de conhecimento, nomeadamente através de plataformas digitais participativas. Esta biblioteca não tem um site próprio e não se encontra presente em redes ou media sociais. Neste sentido, serão apontadas vantagens da virtualização e descentralização de serviços da BPMP nas plataformas web não só para ampliar o alcance das suas práticas comunicativas e das suas coleções e serviços a um público mais abrangente e geograficamente distante, mas também enquanto contributo para a preservação de documentos históricos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15274 Adequação de Plataformas Digitais à construção de narrativas Online: o caso prático da comunidade sénior 2023-04-21T05:08:39+01:00 Célia Soares sbidm-proa@ua.pt <p>Com o envelhecimento demográfico e o crescimento da utilização da Internet por parte dos&nbsp;seniores, os modelos de partilha de informação podem ser explorados para dar resposta a necessidades emergentes. Neste sentido, esta comunicação apresenta o processo de definição de um modelo, desenhado de forma participativa, capaz de suportar a construção de&nbsp;narrativas digitais, a integrar no módulo de partilha do projeto SEDUCE1. O objetivo passa por estruturar um modelo utilizado na construção de narrativas que satisfaça as necessidades dos utilizadores possibilitando a partilha de informação entre os membros de uma comunidade online. A aplicabilidade do modelo é testada na forma de protótipo que se encontra em fase de validação em contexto de trabalho colaborativo com um conjunto de seniores que frequentam a universidade sénior de Ermesinde.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15277 Implicações profissionais da utilização de Redes Sociais Online 2023-04-21T05:08:37+01:00 Catarina Melo e Silva catarina.melo@ua.pt Maria João Antunes mariajoao@ua.pt <p>A crescente popularização das redes sociais online, muito particularmente do Facebook, extravasa hoje largamente a comunidade estudantil, que começou originalmente&nbsp;por atrair, sendo possível encontrar pessoas com os mais variados perfis e literacia informacional a partilhar diversos tipos de informação online. A exposição dos&nbsp;sujeitos nestes sites, onde os “amigos” são muitas vezes colegas de trabalho ou chefias, suscita, cada vez mais, diversas preocupações relacionadas com as implicações&nbsp;profissionais, resultantes de um comportamento menos adequado nestas redes.&nbsp;Neste contexto, o presente artigo tem como principal objetivo compreender que utilização é feita das redes sociais online em Portugal, em particular do Facebook, por um universo de 64 indivíduos trabalhadores ativos e quais as implicações que poderá ter o comportamento online&nbsp;destes sujeitos na sua vida profissional. A compreensão resultará não só da análise das suas atitudes face à utilização da rede, mas também averiguando, do ponto de vista jurídico, até que ponto o seu comportamento, visível através da informação partilhada, pode ser legalmente usado em seu prejuízo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15289 Do Argumento à Cena: Cinema em processo colaborativo no Ciberespaço 2023-04-21T05:08:36+01:00 Juliana Campos Lobo julianaclobo@ua.pt José António Costa Valente avalente@ua.pt <p>A presente comunicação se debruça sobre a produção cinematográfica colaborativa, com a utilização do espaço online como suporte deste processo, e sua comparação com o que é concebido como cinema tradicional/convencional. É analisado o resultado estético que o&nbsp;processo colaborativo oferece ao produto final, que é o próprio filme. De acordo com alguns parâmetros estabelecidos, descrevem-se e analisam-se dois projetos cinematográficos, realizados de acordo com as noções do que seria considerado um processo colaborativo: Life in a Day e No amor, sendo este último o primeiro projeto de filme colaborativo desenvolvido no Brasil.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15298 Cultura multitelas e suas relações: um relato da “primeira tela” do Rádio 2023-04-21T05:08:34+01:00 Aline Ferreira de Mello alinemelloam@yahoo.com.br Eduardo Campos Pellanda eduardo.pellamda@pucrs.br Karen Sica da Cunha karen.sica@pucrs.br <p>As diversas linguagens – áudio, vídeo, texto, gráfico – interagem de diferentes formas com os&nbsp;dispositivos, que muitas vezes não são mais fixos, mas sim móveis, e podem ser acessado em qualquer local ou tempo. As telas, por sua vez, dependendo do seu tamanho e formato, determinam o tipo de relação que o indivíduo constrói com a informação no ambiente digital. Tendo em vista este contexto, os meios de comunicação passaram a ser consumidos de formas diferentes. O rádio, que sempre foi um meio sonoro, também passou a interagir com as telas. Nesta pesquisa, o Ubilab (Laboratório de Pesquisa em Mobilidade e Convergência Midiática) teve por objetivo entender esta nova relação do rádio com as telas, a fim de criar a “primeira tela” deste meio. Esta investigação partiu de um problema teórico e resultou em uma proposta prática, resultando em um registro em depósito de patente. Isto apenas reforça que existe um novo campo de possibilidades de atuações acadêmicas para esta área.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15301 Manuais Escolares Digitais: (r) evolução e remediação 2023-04-21T05:08:32+01:00 Luís Silva mail@lfernandes.info <p>Os manuais escolares digitais são ainda uma raridade no quotidiano do ensino português. Contudo, as potencialidades destes recursos são consideravelmente exploradas em países como os Estados Unidos da América, onde o forte mercado editorial tratou de disponibilizar um elevado número de plataformas de leitura e distribuição de manuais digitais. A &nbsp;abordagem adotada pelas principais editoras americanas é descentrada do objeto como um dos principais instrumentos pedagógicos, ao invés é utilizada uma perspetiva mercantilista, onde se alugam ou vendem trechos, capítulos ou livros completos. A premissa do manual escolar digital como estratégia de remediação pode contribuir, de certa forma, para uma evolução ou revolução no paradigma de interação com o livro. Neste âmbito torna-se relevante perceber de que forma pode este recurso resultar numa ferramenta adaptada à era digital e ocupar, nestes novos formatos, o papel de relevo que sempre teve na &nbsp;promoção da aprendizagem. Numa pesquisa anterior que versou a análise de mais de uma dezena das referidas plataformas foi possível reconhecer um padrão no desenho das interfaces, bem como várias funcionalidades de especial relevo para a conceptualização de um protótipo inicial. É neste contexto que surge o presente trabalho, apresentando uma reflexão sobre o manual escolar digital como objeto essencial na aprendizagem e como&nbsp;este pode ser&nbsp; reconfigurado de modo a ocupar o seu lugar na educação digital do futuro.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15307 O ciclo da experiência turística e a tourist user experience à luz da convergência e dos novos paradigmas de interação 2023-04-21T05:08:31+01:00 Cátia Figueiredo cat@ua.pt Rui Raposo raposo@ua.pt <p>O turismo, enquanto indústria, foi metamorfoseado pelo progresso tecnológico, quer ao&nbsp;nível das estratégias e práticas de negócio inerentes, como ao nível do empowerment e da participação do consumidor/utilizador/turista (Buhalis &amp; Law, 2008), enquanto ator do ciclo de experiência turística – constituído pelos momentos de antes, durante e após viagem (Raposo, Beça, Figueiredo, &amp; Santos, 2012). Com o surgimento das ferramentas Web&nbsp;2.0 (O’Reilly, 2005), os&nbsp; utilizadores/turistas detêm a capacidade criar conteúdos multimédia, que circulam de forma convergente através de vários canais de distribuição, o que permite que os mesmos sejam disseminados e consumidos por outros&nbsp; turistas/utilizadores em diferentes momentos da viagem, o que impacta na construção e vivência da experiência&nbsp;turística. O turista é também cada vez mais nómada, podendo aceder à Internet através de dispositivos móveis como smartphones e tablets, em qualquer lugar e em qualquer altura (Kleinrock, 2003), o que evidencia conceitos como o da ubiquidade e a sensibilidade&nbsp;ao contexto. Decorrendo do contexto identificado, Neuhofer, Buhalis, and Ladkin (2012) salientam as alterações operadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na natureza da experiência turística, realçando a cocriação de experiências e enfatizando a&nbsp;expansão do espaço em que estas são criadas. Noutro prisma, focando os novos paradigmas&nbsp;de interação e a sua relação com as dinâmicas comunicacionais referidas, Yeoman (2012) identifica as interfaces gestuais como um dos futuros impulsionadores tecnológicos no âmbito do turismo, evidenciando que a detecção dos movimentos do utilizador, sem o contacto físico com o display, permitirá uma interação natural com a informação, distinta dos paradigmas tradicionais. Assim, e já na atualidade, é possível a concepção de<br> paredes/vitrines interativas que permitem a exploração e a manipulação da informação pelos turistas através de gestos. O presente artigo pretende referir as mutações inerentes ao ciclo da experiência turística tecnologicamente mediada, procurando uma atualização&nbsp;conceptual, e, por outro, almeja focar um momento de mediação tecnológica específico, através da proposta de uma metodologia para a avaliação da tourist user experience mediada por interfaces gestuais no destino, durante a viagem.</p> <p>&nbsp;</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15310 Problemas e desafios na análise de conteúdos dinâmicos com recurso ao Eye Tracking 2023-04-21T05:08:29+01:00 Rui Rodrigues ruirodrigues@ua.pt Samuel Almeida sja@ua.pt Ana Veloso aiv@ua.pt <p>O eye tracking é cada vez mais utilizado como uma ferramenta de análise em diversas e distintas áreas científicas, como é o caso da psicologia e medicina, mas sobretudo em estudos de usabilidade aplicados à web, aos videojogos e à televisão em todos os seus domínios&nbsp;(e.g. publicidade, comerciais, entretenimento). Esta multiplicidade de usos permite ao eye tracking ocupar um lugar de destaque no que diz respeito à avaliação do comportamento e interação do utilizador com um dado serviço e/ou produto, tendo sempre como base&nbsp;as questões infocomunicacionais, que possibilitam o desenvolvimento de serviços e produtos mais eficazes e eficientes para o consumidor/utilizador. Contudo, as aplicações e ferramentas relacionados com a utilização da tecnologia eye tracking estão muito direcionados para a análise da eficácia comunicativa de conteúdos estáticos, como são os casos de websites e imagens. Existe um desenvolvimento muito escasso no que diz respeito a ferramentas e estratégias de análise de conteúdos dinâmicos, como são os casos de conteúdos audiovisuais&nbsp;e videojogos. Este artigo tem como objetivo, por um lado, refletir e evidenciar alguns problemas encontrados na utilização da tecnologia eye tracking em conteúdos dinâmicos, e por outro lado, expor os desafios inerentes à utilização e tratamento de dados neste tipo de conteúdos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15316 Da rave ao neo-ritual multimédia 2023-04-21T05:08:27+01:00 Emília Simão emisimao@gmail.com Sérgio Magalhães stmagalhaes@braga.ucp.pt Armando Silva armando.malheiro@gmail.com <p>Esta comunicação insere-se no âmbito de uma investigação enquadrada tendo por base a comunicação multimédia e as ciências da informação e da comunicação, contextualizada no fenómeno das aglomerações neotribais associadas à cultura da música eletrónica. O aparecimento de movimentos culturais alternativos dos finais do séc.XX, alguns dos quais associados à cultura rave originaram a emergência de vários géneros musicais alternativos, como é o caso do Psy Trance (Transe Psicadélico). O fenómeno do Transe Psicadélico traz consigo eventos de contornos neo-rituais simultaneamente arcaicos e futuristas, em que as novas tecnologias multimédia assumem um papel fundamental enquanto criadoras e mediadoras de realidades paralelas. Através de uma pesquisa essencialmente qualitativa&nbsp;baseada em revisão de literatura, entrevistas a painel de peritos do universo da cultura Transe, e observação participante em vários eventos de referência, foram tiradas algumas conclusões que conferem às novas tecnologias e à comunicação multimédia um papel estratégico.&nbsp;Apesar da música eletrónica ser o elemento central desse universo, o próprio contexto onde esta se consome foi sendo aliado a novos conceitos estéticos através da comunicação multimédia. Estes elementos exclusivamente concebidos e mediados por computador&nbsp;funcionam assim como um todo concebido para despertar experiências e sensações, ao reforçar a intenção dos sujeitos nesse sentido. A comunicação multimédia, enquanto promotora de experiências multisensoriais, pode potenciar experiências psicadélicas&nbsp;transversalmente pela experiência multimédia, associadas à assimilação das sonoridades específicas deste estilo musical, em simultâneo com imagens projetadas em consonância com as variações rítmicas da música. Alguns DJ´s (Disc Jockeys) e VJ´s (Vídeo Jockeys) assumem-se metaforicamente como xamãs pósmodernos, ao proporcionarem a indução de estados de&nbsp;consciência alternativos (de transe) aos participantes no neo-ritual. Através da multimédia, eles comunicam com o público no limiar da manipulação. Considerando o xamanismo uma técnica arcaica do êxtase, explorasse neste trabalho a viabilidade de considerar o papel&nbsp;da multimédia como uma técnica pós-moderna do êxtase neste tipo de cenários, criados especialmente para remeter para mundos imaginários e realidades alternativas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15319 Dilma e a construção da imagem de um governo feminino 2023-04-21T05:08:26+01:00 Kamila Bossato Fernandes kamila.fernandes@ufc.br <p>Na política, mais do que ser, é preciso parecer ser, incorporar valores e ideais que diferenciem&nbsp;determinado personagem de seus adversários e utilizar estratégias discursivas que consolidem essa identidade aos olhos dos outros, no caso, o eleitorado, para alcançar o objetivo final, que é chegar ao poder e se manter nele. Em tempos de comunicação em multiplataformas, essas estratégias discursivas são estendidas aos mais diferentes meios, em busca de construir um efeito de verdade a essa imagem, a partir de elementos que reforcem uma coerência &nbsp;discursiva. No caso de Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita presidente da República no Brasil, a construção de uma identidade que a relacione tanto a uma agenda social como a uma prática política diferenciada por ser mulher foi iniciada ainda na campanha eleitoral, em 2010. No governo, isso tem se ampliado, com a constituição de uma comunicação oficial que passou a incorporar também elementos pessoais da governante, em especial a condição feminina, como um aspecto de distinção de Dilma. Para compreender de que forma isso tem se &nbsp;difundido como uma política de comunicação, e quais as estratégias discursivas utilizadas&nbsp;para efetivar essa construção, proponho analisar o portal da Presidência da República do Brasil, canal oficial do governo brasileiro na Internet. Na página, a questão de gênero é exposta repetidamente, tanto na forma de tratamento definido pela governante - “presidenta” (a&nbsp;forma mais comum é o uso do substantivo “presidente” como comum de dois gêneros, porém o dicionário Michaelis admite o feminino flexionado, que também é atribuído à “esposa do presidente”) - como em discussões especiais sobre a mulher, disponibilizadas em links. A&nbsp;partir das concepções teóricas de Pierre Bourdieu e Erving Goffman, proponho uma análise dos elementos visuais e verbais utilizados na portal da Presidência com foco na construção da identidade de Dilma e do governo Dilma, de forma a perceber os recursos usados para a ressignificação do feminino como um atributo positivo para a gestão pública. Análise que se torna ainda mais relevante diante do contexto sócio-cultural e político do país, marcado por&nbsp;uma clara contradição: no Brasil, a mulher segue excluída do debate público - segundo levantamento da Inter-Parliamentary Union, entre 190 nações, o país ocupa o 119º lugar no ranking de participação de mulheres no Legislativo -, ao mesmo tempo em que Dilma Rousseff&nbsp;tem obtido seguidos recórdes de aprovação de governo, segundo pesquisas feitas pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em março de 2013, 79% dos entrevistados declaram aprovar o jeito dela governar.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15322 Aspectos culturais e identitários nas músicas de intervenção Cabo-Verdiana 2023-04-21T05:08:24+01:00 Ludmila Jones Arruda ludmila_jones@yahoo.com <p>Inserido nos estudos de Lusofonia, o presente trabalho pretende analisar alguns aspectos presentes na música de intervenção de Cabo Verde compostas entre 1935-1975, período em que compreende o Estado Novo em Portugal. O retrospecto da colonização portuguesa e as&nbsp;condições impostas às colônias nesse período resultaram na luta dos povos africanos pela independência. Com o intento de reafirmar a sua identidade, Cabo Verde, espaço escolhido para o presente estudo, revela em suas produções culturais e literárias valores que mais&nbsp;o caracterizam – tais como a mestiçagem e a questão linguística – elevando o que é africano e o que de fato faz parte da vida do cabo-verdiano. É importante salientar, que muitas dessas canções de protesto só chegaram ao conhecimento do público após a Revolução dos Cravos,&nbsp;ocorrida em abril de 1974, devido à censura imposta pelo governo salazarista. Ainda nesse período, na última fase da colonização portuguesa, por razões várias, como a fome, a seca e a falta de trabalho, o povo cabo-verdiano foi obrigado a emigrar em busca de melhores &nbsp;condições de vida. Com base nos dados de António Carreira (1984), Gabriel Fernandes (2002; 2006) e Leila Hernandez (2002), pretende-se discutir os principais motivos e os destinos procurados pelos ilhéus nessa fase, para que se possa, a partir dos conceitos de identidade e os aspectos históricos vividos no país nessa fase, compreender a letra e o tema das canções de intervenção contidas no CD “Música de Intervenção Cabo-Verdiana”, lançada em 1999. Pretende-se, ainda, por meio das canções Cêu di S. Tomé e Nhô Kéitone, presentes no CD em questão, mostrar como estes fatos históricos estão presentes nas manifestações culturais do povo. Ressalta-se que a música de Cabo Verde é mundialmente conhecida tornando-se um dos aspectos culturais mais valorizados do país.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15325 Os intelectuais na Sociedade da Informação: produção cultural e participação política 2023-04-21T05:08:23+01:00 João Carlos Correia sbidm-proa@ua.pt <p>Depois de se afirmar como uma das figuras centrais da cultura desde a Idade Média até meados do século XX, o intelectual confrontou-se com a sua dessacralização e erosão dos padrões de atividade, resultantes da emergência da cultura de massas e, mais recentemente, da sociedade em rede. Com o advento da comunicação mediática, em particular das redes sociais, a referência à razão letrada dá lugar a uma importância crescente ao ícone e ao som e torna possível um tipo de intervenção política por parte dos intelectuais, menos dependente da razão discursiva e argumentativa. Simultaneamente, as mesmas transformações fazem-se&nbsp;sentir ao nível do grau de autonomia crítica em relação ao sistema produtivo que era uma característica atribuída aos intelectuais. Apesar da proletarização destas camadas não ser uma realidade nova, urge saber se se mantém as condições para desempenhar essa função&nbsp;social crítica nas mesmas condições de autonomia e capacidade de influência que lhe foram atribuídas e que, com frequência, se traduziram numa posição social efetivamente influente.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15328 Normatividade e facticidade no recorte comunicacional da ideia de Democracia deliberativa 2023-04-21T05:08:21+01:00 Patrícia Vieira Rebelo patriciavrebelo@gmail.com <p>Perante a atual crise da participação pública, que assinala a necessidade de mobilização mais ativa dos cidadãos na resolução dos problemas da res publica, a democracia deliberativa emerge como uma tentativa de resposta promissora. A compreensão do seu significado à luz da Pragmática Universal põe em relevo, em primeiro lugar, o papel central da comunicação e,&nbsp;igualmente, a distinção dos planos normativo e fáctico da realidade comunicacional e política: planos que entre si geram permanentes tensões, a diferentes níveis de funcionamento dos processos deliberativos, como é o caso dos fóruns dos leitores na imprensa online.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15337 Convergência mediática, debate político e esfera pública na Internet 2023-04-21T05:08:20+01:00 Thiago Melo thiagomelos@gmail.com <p>O desenvolvimento da Internet nos últimos anos tem alterado a dinâmica como os cidadãos acessam a informação. Cada vez mais os conteúdos são difundidos pela web, principalmente quando os media tradicionais passam a ser mais presentes na rede, produzindo informação com instantaneidade (característica da web) e desenvolvendo uma linguagem para os novos media, nomeadamente as redes sociais, como o Facebook, objeto de estudo deste trabalho. Entender como se dá este processo, bem como se os cidadãos aproveitam estes espaços e as potencialidades oferecidas pela plataforma Facebook para debater e discutir assuntos de relevância social, é um dos objetivos deste trabalho. É intenção também perceber como a Internet permitiu o acesso de novos atores sociais no debate público e político, bem&nbsp;como pode ser uma poderosa ferramenta de participação social.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15340 A Política 2.0 e o Facebook como plataforma de Comunicação Política em Portugal 2023-04-21T05:08:18+01:00 Diana Anjos dianacarolinaanjos@gmail.com <p>Atualmente é difícil ignorar que a Internet e a sua utilização são característica na vida de muitos cidadãos espalhados pelo mundo. Consequentemente, a sua utilização enquanto fonte de informação e plataforma de disseminação política está a ganhar maior importância&nbsp;a cada dia que passa (Borgida &amp; Stark, 2004). Estudos recentes, como o de Túnez e Sixto (2011), sugerem que as redes sociais digitais marcam um novo ambiente e suporte comunicativo para os cidadãos e para as organizações num modelo multi-direcional, mas com um compromisso de interação. Até à data, a utilização dos sites de redes sociais, &nbsp;nomeadamente o Facebook, como plataforma e ferramenta de comunicação política pelos principais atores políticos em Portugal não tem sido muito abordada em investigações empíricas. Assim, o objetivo desta investigação é perceber de que forma os principais atores&nbsp;políticos em Portugal (o Presidente da República, o Primeiro-ministro e os líderes dos partidos com assento parlamentar), usam os perfis nas redes sociais digitais enquanto plataforma de comunicação política e de disseminação das suas ideias. Através de uma análise do&nbsp;conteúdo dos perfis oficiais do Facebook destes indivíduos procurou-se analisar, não só as características do perfil, mas também o nível de compromisso 2.0 de cada um deles (Túñez &amp; Sixto, 2011). O conceito de compromisso 2.0 baseia-se na ideia de que a participação em ambientes digitais não é alcançada apenas através da sua presença nestes meios, mas que também exige uma contribuição ativa por parte dos criadores e utilizadores, através da&nbsp;troca de opiniões e conteúdos. Consequentemente, a ideia de política 2.0 requer a capacidade do político em se abrir aos cidadãos, em encorajar a sua participação e valorizar os seus comentários e opiniões (Túñez &amp; Sixto, 2011). A investigação que todas as figuras analisadas demonstram um alto compromisso para com o seu perfil de Facebook, mas que este tende a esmorecer quando não está em curso nenhuma campanha eleitoral ou quando fazem parte&nbsp;do governo. Também sugere que os líderes com idade mais avançada não se sentem tão à vontade com esta plantaforma, já que Jerónimo de Sousa e o Presidente da República exibem níveis de “compromisso 2.0” nulo ou um mural raramente atualizado.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15346 O discurso político e a “Revolução Democrática” em Portugal: análise dos discursos presidenciais de Ramalho Eanes e Mário Soares 2023-04-21T05:08:17+01:00 Marta Santos Vieira marta.vieira@ulusofona.pt Cláudia Álvares claudia.alvares@ulusofona.pt <p>Este artigo pretende investigar a construção do conceito de democracia nos discursos dos dois presidentes portugueses, Ramalho Eanes e Mário Soares, no período que marca a consolidação da democracia após a autocrática ditadura de Salazar e Caetano que durou&nbsp;quase cinco décadas. O nosso objetivo é caracterizar o discurso presidencial de&nbsp;Ramalho Eanes e Mário Soares, e observar o lugar que o conceito de democracia ocupa nesse discurso e a forma como é abordado. Com este artigo pretendemos apurar como se manifestam as crenças, os assuntos estratégicos e a liderança retórica de Ramalho Eanes e Mário Soares, e onde convergem ou divergem as suas prioridades políticas?</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15352 O discurso religioso nas eleições à Prefeitura da cidade de São Paulo em 2012: a mídia conta esta história 2023-04-21T05:08:15+01:00 Rosangela Ferreira de Carvalho Borges rosangelafcb@gmail.com <p>A referida proposta de Comunicação busca apresentar algumas questões levantadas sobre a&nbsp;imbricação entre discurso religioso e discurso político na campanha eleitoral à Prefeitura da cidade de São Paulo (Brasil) no ano de 2012, sob a perspectiva de Mikhail Bakhtin, filósofo da linguagem, especificamente aquelas que dizem respeito à dialogia, identidade e alteridade. Os&nbsp;discursos, enquanto dado da materialidade linguística, foram recolhidos dos noticiários publicados na Editoria de Poder do jornal impresso Folha de S. Paulo, nos meses de agosto a novembro de 2012, período estipulado pela Justiça. Eleitoral Brasileira como aquele que permite a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, à promoção de comícios e a realização de debates no rádio e na televisão.Assim, diante do exposto, o nosso objetivo&nbsp;principal é compreender e interpretar o discurso religioso encontrado no discurso político da campanha eleitoral à Prefeitura da cidade de São Paulo, no ano de 2012, com o intuito de estabelecer pontes epistemológicas entre as questões éticas - construídas e reconstruídas no processo de redemocratização nos últimos trinta anos na sociedade brasileira -, os discursos midiáticos e as relações espaço laico e espaço religioso no Brasil contemporâneo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15355 A responsabilização dos Média (Media Accountability) em Portugal 2023-04-21T05:08:13+01:00 Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Helena Lima hldlima@gmail.com Suzana Cavaco sucavaco@gmail.com Ana Isabel Reis aisabelreis@gmail.com <p>Este estudo procura definir uma metodologia capaz de aplicar para Portugal o projeto MediaAcT, que compara os diversos sistemas de Media Accountability na União Europeia como indicador para o pluralismo na Europa. De facto, o impacto dos mecanismos de&nbsp;regulação nos media tem sido muito debatido, mas pouco estudado sistematicamente. Neste sentido, o MediaAcT, assentando na teoria económica, procura determinar e fornecer dados empíricos confiáveis, capazes de gerar um debate sustentado sobre este tema. A regulação&nbsp;dos média ganha ainda uma maior relevância perante as alterações provocadas pela Era Digital, que dotou o indivíduo / cidadão de instrumentos que lhe permitem não só interferir nos conteúdos produzidos pelos média, como também ser produtor desses conteúdos.&nbsp;Este artigo procura assim identificar os fatores macro, meso e micro que influenciam o trabalho jornalístico e as suas responsabilidades éticas. Estes fatores de influencia são agrupados em sete patamares distintos: jornalista (individualmente); redação; organização da&nbsp;empresa; cultura profissional; sistema de media; fatores externos de contexto; globalização. Para além disso, a audiência e a educação do jornalista são considerados fatores transversais, uma vez que parecem influenciar o comportamento do jornalista nos restantes níveis&nbsp;referidos. É importante perceber o peso de cada um destes fatores no trabalho jornalístico e a interdependência entre eles. A metodologia utilizada tem como base um inquérito&nbsp;quantitativo standard a submeter aos jornalistas de cada um dos países parceiros, via internet. A amostra é estratificada, por forma a ser representativa da realidade jornalística de cada país.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15358 A privatização da RTP como narrativa simbólica do poder político 2023-04-21T05:08:12+01:00 Nuno Conde nuno.miguel.conde@gmail.com <p>A comunicação tem por objeto a análise do tema da privatização da RTP como estratégia de Comunicação Política, no período compreendido entre finais de 1997, altura em que Marcelo Rebelo de Sousa, então líder do PSD, sugeriu propor a privatização da RTP, e o primeiro&nbsp;semestre de 2013, momento em que o XIX Governo Constitucional decidiu suspender o então anunciado processo de privatização da RTP. A partir de um conjunto de dados secundários,<br> designadamente, a imprensa escrita, comunicados oficiais e o arquivo da Assembleia da República, procurou-se alcançar respostas para as seguintes interrogações: Em que contexto é que o tema da privatização da RTP (re) surge continuamente ao longo do tempo? Quais são os&nbsp;elementos centrais da narrativa política em prol, ou contra, a ideia de privatização da RTP? Existe, ou não, um antagonismo ideológico entre o pensamento político de esquerda e o de direita relativamente ao tema da privatização da RTP? Como resultado da investigação concluímos que a comunicação política em torno da ideia da privatização da RTP é utilizada como estratégia simbólica de afirmação política. A discussão em torno da RTP assume uma<br> natureza simbólica, mobilizadora de outros significados, designadamente, de opções ideológicas sobre o papel do Estado na sociedade e na economia.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15361 Emissões televisivas dirigidas, total ou principalmente, para um território diferente do Estado de origem. Concorrência desleal ou consequência da liberdade de circulação de serviços no Mercado Interno Europeu? 2023-04-21T05:08:10+01:00 Luísa Roseira lroseira@cr.rc.pt <p>O regime audiovisual da União Europeia tem como objetivo primordial prosseguir a liberdade de circulação de serviços da comunicação audiovisual. Constituem traves mestras do &nbsp;ordenamento jurídico europeu, da política europeia e da construção do mercado único: (i) o princípio do estado de origem, (ii) o princípio da jurisdição exclusiva e, obviamente, (iii) o princípio da liberdade de circulação de serviços Emissões televisivas destinadas a um país diferente do país de origem são uma realidade incontornável e replicada em todo o espaço europeu. A jurisdição de um Estado sobre um serviço de programas televisivos é condição essencial para aplicação das «suas» normas nacionais, balizadas pelas regras comunitárias, a&nbsp;esse mesmo serviço de programas. A existência de serviços de programas «estabelecidos» num determinado Estado da União Europeia, mas que dirigem a sua programação, exclusiva ou maioritariamente, para outro Estado membro, com legendagem e com conteúdo&nbsp;publicitário especifico, constitui uma prática recorrente. Os operadores sediados num determinado Estado membro onde a legislação nacional, que transpõe a Diretiva de&nbsp;Serviços de Comunicação Social Audiovisual (DSCSA), é aplicada e o seu cumprimento ou incumprimento regularmente auditado, designadamente no que diz respeito ao apuramento das quotas de conteúdos, poderão sentir-se «discriminados» ao ter um concorrente para&nbsp;o mesmo mercado que não é alvo do mesmo escrutínio efetuado no «seu» Estado membro.&nbsp;Existem exceções à liberdade de prestações de serviços audiovisuais. Mas também aqui se colocam questões complexas, designadamente no que diz respeito à aplicação destas cláusulas de salvaguarda. Quando adotar e como concretizar os mecanismos de «defesa» previstos&nbsp;na DSCSA para serviços de programas fornecidos por operadores de televisão sob jurisdição de outro Estado membro sempre que se verifique que tais serviços são total ou principalmente dirigidos a outro território? O que deve ser considerado infração, o que são regras mais rigorosas e o que se deve entender como medidas adequadas, necessárias e proporcionais?</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15367 O Film Noir e a eclosão do Maneirismo no Cinema de Hollywood 2023-04-21T05:08:09+01:00 Jorge Manuel Neves Carrega jorgecarrega@hotmail.com <p>Ao introduzirem no cinema de Hollywood um conjunto de valores estéticos e culturais característicos do antigo Império Austro-húngaro e da Republica de Weimar, os&nbsp;cineastas centro-europeus desencadearam um processo de transformação do paradigma clássico de Hollywood que assumiu as características de um maneirismo cinematográfico cuja eclosão está intimamente associada ao chamado film noir.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15370 Jogo de cena – Documentário, Representação e a História Cultural 2023-04-21T05:08:07+01:00 Andressa Deflon Rickli andressarickli@gmail.com <p>Este artigo pretende abordar o cinema e a historiografia. Para o primeiro, trabalhando a teoria realista do cinema, para a segunda, numa perspectiva cultural da história. Para tal tarefa, recorre aos conceitos de Jacques Aumont, Jean Louis Comolli e ainda, predominantemente na&nbsp;abordagem da História Cultural, aos conceitos de Chartier, na tentativa de estabelecer as relações da representação com os princípios teóricos norteadores desse documentário em específico. Além disso, apresenta &nbsp;trabalho, Jogo de Cena, do documentarista Eduardo Coutinho.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15373 Presidentes de Latinoamérica: explorando o conteúdo do conjunto de documentários através do diálogo com sujeitos comunicantes 2023-04-21T05:08:06+01:00 Rafael Foletto rafoletto@gmail.com <p>Apresentando-se como objeto imediato da pesquisa os documentários Presidentes de Latinoamérica, procura-se investigar a inter-relação de sujeitos comunicantes com esse conjunto audiovisual, a partir das vivências, reflexões, pensamentos e percepções acionadas&nbsp;pela memória midiática e experiências vividas pelos interlocutores. Busca-se, enquanto atividade de pesquisa empírica, a realização de diálogos com interlocutores latino-americanos em diferentes espaços (universidades, cineclubes, associação de bairro, coletivos culturais, etc.), visando compreender as apropriações, usos, recusas e contextos de inter-relação com o conteúdo do conjunto audiovisual pesquisado, no sentido de compreender que América Latina constroem a partir do contato com o material visual, bem como através das suas vivências e&nbsp;trajetórias midiáticas e pessoais.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15376 Programa “Bem Estar”: Jornalismo a serviço da qualidade de vida 2023-04-21T05:08:04+01:00 Alice Balbé alicedb.jornal@gmail.com Bárbara Henriques barbarajornal@hotmail.com Bárbara Weise jornalistabarbaraweise@gmail.com <p>Diante da era moderna caracterizada pela fluidez do tempo, faz-se importante programas televisivos que consigam aliar o entretenimento à informação. Uma vez que a televisão atinge mais de 95% dos lares brasileiros, este artigo se propõe a fazer uma análise de conteúdo&nbsp;do programa telejornalístico especializado em saúde “Bem Estar”. O programa é transmitido diariamente, em direto, durante as manhãs, de segunda à sexta-feira, na TV aberta, pela Rede Globo de Televisão. Por meio da metodologia da semana composta, foram analisados 12 programas durante o mês de janeiro de 2013, a fim de se identificar o processo de promoção de cidadania neste formato. O programa aborda temáticas que fomentam o conhecimento sobre saúde e alimentação, assim como promove o bem-estar e a qualidade de vida. Mostra também a tendência de uma televisão interativa, identificando a participação do público ao sugerir pautas e participar do programa, característica marcante da era da pós-modernidade.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15379 A Edição da Notícia na TV em função da transformação da Tecnologia 2023-04-21T05:08:02+01:00 Washington José de Souza Filho wasfilho@ufba.br <p>A utilização da tecnologia digital estabeleceu transformações em relação ao jornalismo e a atuação do jornalista, entre as quais no processo de edição da notícia na televisão, com o uso do sistema digital de edição não linear. A utilização do sistema revela um processo de convergência, influenciada pela tecnologia, relacionada à face profissional. A edição da notícia na televisão é um procedimento marcado pela assimilação da linguagem do cinema, que impõe com a transformação determinada pela tecnologia a compreensão do papel desempenhado pelo jornalista, diante da possibilidade do estabelecimento de um &nbsp;protagonismo da sua atuação, com a alteração do perfil de trabalho. Esta é a questão que é&nbsp;colocada como a de maior importância, em consequência das modificações geradas pela tecnologia, em relação às mudanças nas rotinas de edição da noticia, com a&nbsp;implantação do sistema digital não linear. Palavras-chave: jornalismo televisivo – edição digital –perfil do jornalista – convergência profissional. A transformação promovida pela tecnologia estabeleceu modificações diversas em relação ao jornalismo, quanto à realização e a atuação dos jornalistas, em função da alteração do perfil de trabalho e da natureza das suas atividades. As mudanças, de uma forma geral, são compreendidas como uma consequência da presença&nbsp;da tecnologia, em relação à sua face digital. Uma transformação que é mais destacada em relação à televisão, um meio em que a operação e o trabalho dos profissionais têm vinculação direta com processos e procedimentos determinados pela tecnologia. O ponto em questão, referência básica desta comunicação, é uma consequência deste quadro de transformação, uma consequência da tecnologia digital. Uma alteração que tem ocorrido em emissoras de várias partes do mundo. O uso da tecnologia digital, em função do desenvolvimento&nbsp;permitido pela indústria eletroeletrônica, com a associação aos recursos permitidos pela informática e a telecomunicação, estabeleceu o uso do computador como equipamento básico de trabalho nas redações, tem relação direta com esta mudança. Esta comunicação é parte de um projeto de investigação, realizado na Universidade da Beira Interior, em Covilhã, para a obtenção do doutoramento em Ciências da Comunicação, intitulado A transformação da tecnologia: mudanças nas rotinas de edição da notícia em telejornais do Brasil e de Portugal, com financiamento da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior), órgão do Ministério de Educação do Governo brasileiro.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15391 Estratégias transmediáticas e reações dos públicos de TV 2023-04-21T05:08:00+01:00 Fernanda Castilho sbidm-proa@ua.pt <p>Ao refletir acerca dos fenómenos digitais, a partir de conceitos que permeiam o momento histórico de mudanças tecnológicas, somos levados a acreditar que a introdução da internet constitui um momento de viragem, tanto para os media, bem como para os públicos&nbsp;e processos comunicativos. Sobretudo em relação aos produtos televisivos, o impacto&nbsp;das novas tecnologias digitais concretiza-se em diferentes frentes. Uma delas, a crescente migração das audiências para a assistência noutras plataformas, geralmente com auxílio da internet, resultando no surgimento de novas formas de relacionamento entre produtores e&nbsp;consumidores. A proposta deste trabalho é perpassar termos e conceitos, no intuito de compreender as estratégias transmediáticas de quatro títulos de ficção dos canais generalistas portugueses. Interessa-nos, igualmente, avançar para um estudo de receção, para observar as reações do público nas caixas dos comentários publicados no site de partilha de vídeos em streaming YouTube.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15394 O Telejornalismo em sinal aberto na Era da Informação ubíqua: o problema da perda do “Common Knowledge” e o (novo) papel do Telejornalista 2023-04-21T05:07:59+01:00 Sónia Sá Pires soniamsa@gmail.com António Fidalgo antonio.fidalgo@labcom.ubi.pt <p>A oferta televisiva em Portugal aumentou consideravelmente nos últimos anos com a ampla&nbsp;distribuição de canais por cabo, disponível, agora, em vários suportes multimédia. Vivemos a era da plenty television (Ellis, 2000) na qual o contexto multicanal disponibiliza uma múltipla escolha não só nos tradicionais écrans de televisão, mas também nas novas plataformas&nbsp;que rapidamente emergiram e fazem parte do quotidiano de milhares de utilizadores.&nbsp;Depois do período áureo do final do século passado e do início do terceiro milénio, a televisão generalista regista, pela primeira vez na sua história de pouco mais de meio século, o declínio do número de espectadores e a consequente perda de receitas baseadas, essencialmente,&nbsp;na publicidade. O motivo central desta profunda alteração acontece com a introdução da tecnologia digital (Graham, 2006) que está a revolucionar a relação dos media com os&nbsp;públicos, disponibilizando o multicanal, a interatividade, a televisão por subscrição. Se pensarmos que no início dos anos 90 a televisão generalista estava disponível em praticamente todos os lares em Portugal – inicialmente com apenas dois canais, em 1992 com três e em 1993 com quatro canais em sinal aberto -, a internet ainda estava a começar e poucos imaginariam o impacto desta sobre a televisão. O mercado da televisão generalista&nbsp;está a mudar rapidamente o que tem causado incertezas implacáveis quanto à sustentabilidade de um negócio que foi tido como o mais poderoso e influente da história da&nbsp;comunicação.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15397 Promoção da Acessibilidade em IPTV para utilizadores com défice visual: processo de validação de um serviço adaptado 2023-04-21T05:07:57+01:00 Rita Oliveira ritaoliveira@ua.pt Jorge Ferraz de Abreu jfa@ua.pt Ana Margarida Almeida marga@ua.pt <p>As infraestruturas de televisão atualmente existentes possibilitam a integração de uma grande variedade de recursos e serviços, nos quais os utilizadores têm a oportunidade de assumir um papel interativo e participativo. Para a maioria dos telespetadores, o uso de serviços &nbsp;interativos não acarreta grandes dificuldades; no entanto, para públicos com necessidades especiais, por exemplo para pessoas com défice visual, essa tarefa torna-se complexa podendo estes, por esse motivo, não conseguir beneficiar inteiramente deste tipo de serviços.&nbsp;Em Portugal, o cenário atual referente à relação entre os utilizadores com deficiência visual (UDV) e a Televisão (TV) apresenta-se como uma oportunidade a explorar, já que existe um número significativo de pessoas com défice visual que não beneficiam totalmente das potencialidades do paradigma televisivo atual. Neste contexto, o presente artigo enquadra-se numa investigação ligada à área do Design Universal que tem como principal objetivo o desenvolvimento de um serviço interativo IPTV desenhado especificamente para UDV,&nbsp;promovendo assim, a inclusão digital deste público. Neste artigo é descrito o processo de validação do serviço prototipado por parte de um grupo de UDV, que incluiu a realização de testes de usabilidade e de acessibilidade através de observação direta, complementados com&nbsp;entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de perceber se o serviço ia ao encontro das necessidades deste tipo de utilizadores.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15400 Gender and Multi-platform TV consumption tendencies in Portugal (Potential users and adopters) 2023-04-21T05:07:55+01:00 Luís Miguel Pato luis13pato@gmail.com <p>A TV apresenta-se como uma realidade baseada em pressupostos de cooperação intermediática (Buonanno, 2008). Verifica-se que as teorias de comunicação tradicionais (“flow”) estão a ser complementadas por uma TV segmentada e participativa (“narrowcasting”). Estas propostas devem-se à mudança de paradigma no que à distribuição de conteúdos TV diz respeito. Verifica-se que hoje, se usam interfaces híbridos para se aceder às emissões tornando-as mais personalizáveis, acessíveis e disponíveis. Estudos têm demonstrado que assuntos relacionados com género comportam indícios fundamentais relativos à adoção de inovações tecnológicas. Partindo destes pressupostos, esta investigação propõe duas abordagens complementares – uma que se baseia numa revisão exaustiva da literatura acerca da adoção tecnológica e do cenário multiplataforma em que a TV se<br> encontra atualmente e outra que apresenta os resultados de um inquérito administrado a uma amostra de 630 alunos do ensino superior em Portugal entre Outubro de 2011 e Maio de &nbsp;2012. Os resultados obtidos evidenciam padrões diferentes entre os géneros masculino e feminino no que à adoção e uso de TV distribuída em sistema multiplataforma se refere.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15406 A dispersão multimodal na visualização de Noticiários Televisivos 2023-04-21T05:07:54+01:00 Rui Rodrigues ruirodrigues@ua.pt Ana Veloso aiv@ua.pt Óscar Mealha oem@ua.pt <p>Para apreender e processar os estímulos resultantes dos diversos objetos existentes do meio ambiente, o ser humano tem de estar dotado de processos mentais que lhe permitam selecionar e isolar um determinado estímulo. Essa seleção permite obter uma imagem desses estímulos tanto no seu conjunto como separadamente. Neste contexto, e centrando o estudo nos noticiários televisivos, é importante perceber a forma como o sistema cognitivo&nbsp;realiza a receção e processamento da informação. Este estudo introduz assim a questão da atenção seletiva, com o intuito de compreender as possíveis modificações que a inclusão dos elementos gráficos pode ter nos noticiários televisivos, e como os telespectadores lidam&nbsp;com este vasto número de estímulos. Surge assim, um dos grandes problemas na visualização de noticiários televisivos: a receção e o processamento da informação, mais concretamente na dispersão multimodal (visual e auditiva) que ocorre hoje em dia nos noticiários televisivos. Este artigo visa refletir sobre a dispersão multimodal que pode ocorrer nos noticiários televisivos,&nbsp;incidindo nas questões da atenção seletiva em noticiários televisivos introduzindo a tecnologia de eye tracking na análise da mesma. Destaca-se que as características do eye tracking e o potencial que esta tecnologia pode ter no sentido de compreender melhor o comportamento&nbsp;visual dos telespectadores dos noticiários televisivos. Por fim, este artigo pretende perspectivar algumas potenciais linhas de investigação relacionados com esta área, no sentido de mostrar que é necessário realizar uma maior investigação sobre noticiários televisivos, e o seu sucesso em termos da receção de informação por parte dos telespectadores.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15409 Qual a pertinência da Infografia na Receção e Interpretação da Informação Meteorológica em Televisão? 2023-04-21T05:07:52+01:00 Marcelo Brites marcelobrites@ua.pt Óscar Mealha oem@ua.pt Rui Rodrigues ruirodrigues@ua.pt <p>O presente artigo propõe-se investigar e compreender a forma como o telespectador percebe&nbsp;e interpreta a infografia da meteorologia televisiva, no contexto da Rádio Televisão Portuguesa (RTP), e quais os principais pontos de interesse e problemas na composição infográfica adotada. Desta forma, é apresentado um estudo com recurso ao eye tracking, baseado em três testes distintos e aplicados a três grupos de participantes que compõem uma amostra<br> gerada por conveniência. Os testes diferem entre si nos estímulos que proporcionam a cada um dos grupos: um recorre exclusivamente ao áudio, outro apenas ao vídeo e, finalmente, um terceiro com ambos os estímulos, em registo audiovisual. Os resultados indiciam que os estímulos onde existe maior nível de perceção, são os estímulos que contenham a omponente áudio isoladamente ou agregada ao vídeo. Estes factos apesar de não se traduzirem em resultados generalizáveis, são suficientemente relevantes para revelar a pertinência e rigor da narrativa falada numa unidade de informação audiovisual desta natureza, fortemente suportada na dimensão infográfica. Os resultados revelam ainda fragilidades nas opções de composição gráfica, nomeadamente de morfologia e cor em determinados locais, levando a confusão entre formas de terreno e artefactos infográficos meteorológicos. Surgiram também outros problemas relacionados com contraste entre os elementos infográficos utilizados e a&nbsp;representação de fundo, de mar e/ou terra.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15412 Por um novo conceito de Comunicação 2023-04-21T05:07:51+01:00 Ciro Marcondes Filho ciromarcondesfilho@gmail.com <p>O ensaio dedica-se ao aprofundamento do conceito de comunicação. Parte do pressuposto que a literatura acadêmica opera com um conceito antigo e equivocado do processo. Comunicação, para nós, não é transmissão, transferência nem troca de coisa alguma. É um&nbsp;acontecimento, que pode ou não ocorrer, e se ocorrer, leva à produção de sentidos. É algo que desestabiliza, violenta, introduz o estranho. Para exemplificar, estuda-se o caso do cinema, avaliando criticamente as proposições de Gilles Deleuze em suas obras Imagem-Movimento e&nbsp;Imagem-Tempo, assim como seu conceito de autômato espiritual e sua tese de que a obra é algo que nos força a pensar.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15415 A Comunicação como Experiência e como Vivência – alguns apontamentos a pretexto de W. Benjamin 2023-04-21T05:07:49+01:00 Samuel Mateus sammateu@gmail.com <p>O indivíduo que experiencia é um sujeito que se ensaia, que se forma, que se exercita, que se experimenta (experimentum). Os Essais de Montagne dizem-no. A vida como ensaio. É tendo em conta esta dimensão de experimentação, de exposição ao mundo e ao outro, que a experiência se torna uma conceito que se insere num paradigma comunicacional. Se a &nbsp;experiência for tida como um encontro com o mundo, então ela é necessariamente&nbsp;perspectivada em conjugação com a comunicação uma vez que é a ela que devemos a possibilidade de partilhar, adoptar (e ultrapassar) as fronteiras ou os quadros de&nbsp;sentido que fundam a experiência. Nas sociedades contemporâneas, uma parte substancial&nbsp;do movimento comunicativo é realizado de forma mediatizada. Como entender, então, o efeito da mediatização da comunicação ao nível da experiência? Tendo como ponto de partida as meditações de Walter Benjamin, expostas fragmentariamente ao longo da sua obra, em torno da Erfahrung e da Erlebnis, e da sua dicotomização entre uma experiência autêntica e uma experiência inautêntica, propomo-nos refletir sobre a comunicação e a sua mediatização. E procuramos pistas que nos elucidem em que medida a ubiquidade dos media afeta a riqueza da experiência comunicativa.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15418 A Comunicação pelos Audiovisuais Educativos: a relação pensada a partir do metáporo 2023-04-21T05:07:47+01:00 Marília da Silva Franco marilia.franco@gmail.com Vanessa Matos dos Santos vanmatos.santos@gmail.com <p>As transformações ocorridas no mundo contemporâneo tem alterado a estrutura das sociedades, modificando a forma como as pessoas vivem, trabalham, estudam&nbsp;e, sobretudo, operam seus processos cognitivos. O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação resultou em uma nova percepção espaçotemporal que determina novas dinâmicas sociais, políticas e econômicas. A concepção de uma Nova Teoria da Comunicação tem revisitado a pesquisa científica no Brasil com uma proposta de trabalho que respeita a dinâmica dos acontecimentos e dos contextos em que ocorrem. Um dos pontos mais instigantes dessa nova teoria está justamente concentrado na ideia de realizar a pesquisa com base no metáporo. Os audiovisuais, de acordo com essa lógica, podem ser compreendidos além das fronteiras cotidianamente conhecidas, o que abre um novo horizonte de investigação científica. Este artigo aborda as possibilidades desse novo horizonte de pesquisa para o entendimento dos audiovisuais nos processos educativos. O cenário até aqui exposto corrobora o pensamento de que o maior desafio implicado na produção desses materiais está justamente em re-pensar e compreender o fenômeno comunicativo audiovisual.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15421 Background, Jogo e Educação 2023-04-21T05:07:45+01:00 Mafalda Eiró-Gomes sbidm-proa@ua.pt João Tiago Proença sbidm-proa@ua.pt <p>Na sua hipótese do background, John Searle desenvolve uma teoria implícita da educação. Não se trata, para Searle de moldar, por via de regras inculcadas do exterior, uma atitude que se operacionalize em atos explícitos de &nbsp;aplicação tais regras. Pelo contrário, este modelo não&nbsp;dá conta do que realmente se passa, uma vez que as regras não são, por definição, self interpreting nem são exaustivas. Ora, tal significa não são elas que dão um sentido – circunscrito previamente – à ação; assim o background tem de ser pensado como estando presente impercetivelmente em todos os estados intencionais, sendo assim a condição de possibilidade quer da interpretação linguística, quer da ação. Os exemplos de background aduzidos por Searle são sempre exemplos de uma aprendizagem que acaba por se fundir progressivamente na própria ação e interpretação. Neste processo, quem aprende integra a prática exterior – que pode ser uma prática linguística – até se sentir à vontade na prática, num automatismo quase animal. Visto da perspetiva do chamado maravilhoso infantil, vê-se que o seu desvanecimento, a educação, decorre de uma integração de uma exterioridade partilhada, comum,&nbsp; linguística, descentrando assim a fantasia da omnipotência infantil, inerente ao maravilhoso infantil, e possibilitando relações intersubjetivas de reconhecimento recíproco. Deste modo, a fixação de um background cultural mínimo que fixa uma forma de&nbsp;experiência, isto é, expectativas de comportamento social minimamente estabilizadas, tem a sua relevância mais do que em meras atualizações episódicas naquilo que Searle designa por categorias dramáticas. Por outras palavras, em séries temporalmente extensas de experiências que só são possíveis em ações socialmente concertadas. Neste sentido, o jogo e a compulsão à repetição própria das crianças, em que desde sempre se reparou, é um modo espontâneo de autoeducação, na medida em que visam a criação de um background, em particular os jogos&nbsp;coletivos que constituem uma prefiguração das categorias dramáticas. O jogo infantil, em que a própria obrigação de agir de acordo com regras prévias é negociada entre as crianças, perfila-se deste modo como o elemento autodestrutivo, mas necessário, da própria infância.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15430 Linhas do Tempo: a representação gráfica rumo a uma experiência topológica de Tempo 2023-04-21T05:07:42+01:00 Marina Boechat marina.boechat@gmail.com <p>As representações visuais do tempo estabelecem-se tradicionalmente como organizações&nbsp;sequenciais e estáveis, de característica majoritariamente unidimensional, onde não há muito espaço para a problematização do encadeamento temporal. Por conta deste aparente contraste com o contexto atual descrito, tomamos as linhas do tempo como nosso objeto de interesse, discutindo como, especialmente nas suas variantes interativas, há uma quebra sua tendência tradicional. Trabalha-se para a constituição de uma experiência temporal mais complexa que comporta, inclusive, uma ênfase maior na representação visual como modelo de pensamento. Pretendemos fazer um pequeno apanhado histórico de alguns formatos de representação visual do tempo, começando pelas listas, tabelas e cronologias, como estruturas precursoras da linha do tempo moderna, que também participam dos processos atuais de construção de representações visuais do tempo. Vincularemos o formato moderno da linha do tempo com os gráficos quantitativos de série histórica e, em última instância com o plano cartesiano, para finalmente discutir algumas características dessas representações conforme mobilizadas e transformadas pelas visualizações de informação interativas atuais. A primeira parte do percurso envolve em especial uma referência a Serres e a Lévy, ao discutir a abstração da experiência do tempo quando é transferido para objetos de registro ou aparelhos&nbsp;de medição. A partir daí discutiremos a instituição da representação visual do tempo como linha e a constituição de um plano de representação e de eventos isolados como evidências visuais. Neste ponto faremos referência especialmente a Latour, a Goody e a Roque, relacionando nossa discussão com os métodos de constituição de objetos de conhecimento por meio de representações visuais. Por fim, discutiremos alguns níveis de experiência do tempo, conforme a reflexão de Deleuze, procurando apontar para sua constituição em conjunto com métodos de visualização do tempo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15433 Comunicação em Rede e a construção social da Realidade 2023-04-20T10:41:00+01:00 Nuno Correia de Brito sbidm-proa@ua.pt <p>A construção Social da Realidade (Berger e Luckmann) é uma teoria construtivista que encontra na linguagem e na comunicação argumentos para a explicação da génese e funcionamento da sociedade, argumentos que servem também de base a Habermas para as suas teorias sociais e políticas após a “viragem linguística”. Quando analisamos a ação das tecnologias da informação e da comunicação no processo de construção social da realidade na pós-modernidade, não esquecendo as múltiplas forças que estão implicadas neste processo,&nbsp;podemos chegar à conclusão de que a internet e as novas tecnologias podem ser entendidas como manifestação de uma ideologia neoliberal capitalista e que, mais que mediação da distância, estas tecnologias são, acima de tudo, dispositivos de linguagem.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15427 Os não-lugares e as suas instruções 2023-04-21T05:07:44+01:00 Ruben D. G. M. Caldeira rcaldeira@escs.ipl.pt <p>O estudo que aqui se apresenta tem como principal objetivo problematizar o conceito de nãolugar na aceção de Augé (1992), atentando, sobretudo, nas práticas comunicacionais e semióticas que este tipo de espaços motiva em função da sua pretensa natureza não-relacional. Caracterizados por Augé (1992: 100) como espaços por natureza não-identitários, não-relacionais e não-históricos, os não-lugares promovem práticas&nbsp;comunicacionais muito distintas quando comparados com outros espaços também de natureza pública. Neste sentido, mais do que uma caracterização dos não-lugares em si, procura-se, com este trabalho, uma caracterização dos processos comunicacionais presentes&nbsp;nos não-lugares, a partir das seguintes perguntas de investigação: que tipo de linguagem impera nos nãolugares? Que função tem a linguagem neste tipo de espaços? Que processos semióticos estão implícitos nas mensagens emitidas nos não-lugares? Em suma, como se&nbsp;processa a comunicação nos não-lugares? As respostas a estas questões dão o mote a este trabalho e ajudam a estruturá-lo na sua especificidade. A relevância de um trabalho desta natureza passa, não só pela constatação da centralidade destes espaços na vida do sujeito contemporâneo mas, sobretudo, pela problemática que estes espaços encerram: se, por um&nbsp;lado, os não-lugares são reconhecidos como os espaços típicos da globalização, pois generalizam, quase à escala planetária, as possibilidades de consumo, comunicação&nbsp;e circulação de pessoas e bens, por outro lado, estes são, por definição, não-relacionais, o que, por extensão, levaria a considerá-los não-comunicacionais. Porém, o que suporia os não-lugares como espaços por natureza não-comunicacionais, em resultado da não-relação,&nbsp;revela, antes, formas de comunicação muito próprias que, por via da naturalização da ausência das relações interpessoais, medeiam o contacto dos utentes com os espaços em questão. Que estratégias comunicacionais são, então, adotadas pelas entidades que gerem estes&nbsp;espaços como tentativa de suprir as falhas resultantes da não-relação? Eis a derradeira questão. O estudo mostra que a natureza global dos não-lugares e a diversidade de sujeitos que os frequenta levam à generalização de mensagens cujo intuito passa, essencialmente, pela uniformização dos comportamentos de todos os que por ali transitam. Apesar da nãorelação,&nbsp;verifica-se uma certa uniformidade nos modos de proceder que torna as ações dentro destes espaços expectáveis. Tal facto deve-se à emissão de um conjunto de mensagens que, na prática, não são mais do que verdadeiras “instruções de uso” dos espaços a que se associam (Augé, 1992: 121). Considerando as condições apontadas por Augé para a constituição do não-lugar, constata-se que a natureza transitória destes espaços propicia um tipo de comunicação assente em formas de fácil veiculação de sentido, vingando, sobretudo, a linguagem icónica.&nbsp;É, então, com o intuito de traçar o quadro comunicacional dos não-lugares, que se analisam&nbsp;algumas mensagens, recolhidas nos não-lugares considerados mais significativos para este trabalho: a saber, a generalidade dos meios de transporte e espaços afetos da Carris e do Metropolitano de Lisboa, do Aeroporto Internacional de Lisboa e dos Comboios de Portugal, bem como os espaços de consumo e de lazer de que são exemplo, respetivamente, os hipermercados Continente e os centros comerciais Colombo e Vasco da Gama. Consideram-se, ainda, outras estruturas de aspeto transitório como os elevadores e alguns trechos de autoestradas. O levantamento de tais mensagens e, por conseguinte, a análise dos seus principais modos de enunciação (visual, sonoro e táctil), dá conta do predomínio da sinalética, e da multimodalidade em geral, como linguagem principal dos não-lugares. Esta análise resulta na categorização dos três principais tipos de mensagem que circulam nos lugares de transição:&nbsp;mensagens informativas, mensagens prescritivas e mensagens proibitivas. Independentemente da tipologia, o que se observa é que a grande maioria das mensagens difundidas nestes espaços tende a atuar no sentido de reforçar a padronização das condutas individuais, mostrando que, só muito raramente, o itinerário final é livre de influências externas. Pelo contrário, este tem, quase sempre, muito mais de recomendado do que de&nbsp;livre escolha.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15436 A visão Queirosiana do Jornalismo: um laboratório de ideias 2023-04-20T10:40:58+01:00 Adriana Mello Guimarães sbidm-proa@ua.pt <p>Eça de Queirós é um dos romancistas portugueses mais importantes. No entanto, a sua obra&nbsp;jornalística ainda é pouco ou mal conhecida. Na sua época, ele foi cronista, diretor e redator de muitos jornais e revistas. Analisaremos uma parte desta produção: nomeadamente as crónicas d’O Distrito de Évora (1867), onde o escritor define jornalismo. Por outro lado,&nbsp;identificaremos os principais problemas da imprensa apontados por Eça de Queirós.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15442 Os formatos audiovisuais nos Produtos Jornalísticos exclusivos para Tablets: apontando algumas tendências 2023-04-20T10:40:57+01:00 Juliana Fernandes Teixeira julianafernandesrj@yahoo.com.br <p>O artigo pretende identificar algumas tendências mais evidentes e/ou recorrentes com relação aos formatos audiovisuais nos produtos jornalísticos exclusivos para tablets. Nosso objetivo, portanto, não é realizar uma conceituação ou classificação de formatos; em vez disso, busca-se compreender, a partir de uma análise exploratória, as tendências referentes ao uso do audiovisual nos produtos autóctones para tablets. A hibridização será a primeira a ser abordada. Em seguida, discutiremos a tendência de manutenção dos formatos clássicos, a qual é exemplificada pela permanência da lógica da rádio ilustrada e de cenários que registram como fundo de cena as redações. Por fim, apresentaremos constatações relacionadas aos formatos mais experimentais, com destaque para os conteúdos centrados nos personagens. Para empreender essa pesquisa, utilizamos a revisão bibliográfica e o estudo de caso enquanto principais estratégias metodológicas. A amostragem de casos estudados foi composta&nbsp;por produtos jornalísticos autóctones, produzidos exclusivamente para tablets, entre os quais incluímos as revistas ProjectWeek (Reino Unido) e Katachi (Noruega), e os jornais diários La Repubblica Sera (Itália), O Globo a Mais (Rio de Janeiro/BR), Estadão Noite (São Paulo/ BR) e Diário do Nordeste Plus (Fortaleza/BR).</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15445 A interatividade no Jornalismo Online para o conteúdo das Notícias - O perfil interativo dos Jornais de Língua Portuguesa: Folha de São Paulo (Brasil) e Público (Portugal)L 2023-04-20T10:40:55+01:00 Ariane Parente Paiva arianelpb@gmail.com <p>No atual contexto, quando o jornalismo online oferece múltiplas possibilidades de interação entre jornais, jornalistas e leitores, persistem muitos desafios na relação com o público e no aproveitamento de uma forte interatividade para o contributo às notícias. Surgem então questões sobre como se efetuam a interação entre jornalistas e o público (os leitores) e a busca da interatividade no contexto de produção e difusão das notícias. Nessa análise, são citadas as experiências de interatividade vivenciadas por dois jornais diários generalistas, referências nos aspectos pioneirismo e inovação tecnológica para o jornalismo online em língua portuguesa: o jornalismo brasileiro (Folha de São Paulo) e o jornalismo português (Público).</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15451 A hierarquização de Notícias e os comentários do Público nos sites de quatro diários portugueses 2023-04-20T10:40:54+01:00 Helena Lima hldlima@gmail.com Isabel Reis aisabelreis@gmail.com <p>Os comentários nos sites noticiosos têm sido considerados uma ferramenta ao dispor da cidadania em que o público pode exprimir as opiniões sobre as temáticas publicadas&nbsp;e validar a atividade informativa. O meio digital facilita a interatividade, estimula-a ao funcionar como uma ferramenta que aumenta a vontade de participar (Sundet; Ytreberg, 2009). No entanto, a interatividade na Internet vai muito além do simples click que possibilita a seleção e a navegação (Schultz, 1999). No campo do jornalismo digital a real possibilidade do recetor se tornar um produtor de conteúdos parece estar muito condicionada e o público geralmente escolhe e comunica preferências que o emissor regista, satisfaz e organiza, filtrando comentários e decidindo os que são publicados (Wardle; Williams, 2010). A interatividade enquanto característica do meio digital é entendida como uma aferição de audiências e do interesse público já que é através dos comentários e do número de visualizações que os leitores manifestam as suas preferências. A interatividade pode também ser entendida como um contributo para a reconfiguração editorial dos sites que podem escolher os destaques e definir a agenda mediática em função dos comentários expressos no site. Este estudo incide em quatro sites de jornais diários com políticas editoriais distintas: Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Jornal de Notícias. Os dois primeiros são considerados os jornais de referência, tendo, portanto, uma particular responsabilidade na relação entre o poder informativo e os processos de cidadania. CM e JN têm orientações editoriais mais próximas, com temáticas e estilos narrativos que tendem a suscitar a &nbsp;participação do público, ainda que o primeiro se aproxime mais do formato tabloide, incorporando as típicas temáticas escândalo, desporto, vida privada (Zoonen, 1998; Sparks,&nbsp;2000, Deuze, 2005). O objetivo deste estudo é o de aferir se o perfil editorial corresponde à categorização atribuída através do estudo da hierarquia noticiosa apresentada, e procurar&nbsp;verificar se existe uma correspondência nas preferências e comentários dos leitores revelando uma aproximação entre a agenda noticiosa e a agenda pública (Boczkowski; Michtchelstein, 2010). Para a amostra foi aleatoriamente escolhido o período de um mês, em que manchetes e comentários dos quatro sites foram fotografados às 23:00. O critério de seleção recaiu apenas nos destaques da página e respetivos comentários. A análise foi organizada segundo a separação por secções/ editorias a fim de conhecer melhor o perfil editorial e para tentar encontrar uma ligação entre estes temas e as escolhas do público nos comentários das notícias. A participação dos leitores obedece ainda a uma análise de conteúdo sobre uma amostra selecionada.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15454 Assessoria de Imprensa 2.0: o uso das Mídias Sociais nas Eleições Municipais de Campo Grande/MS 2023-04-20T10:40:52+01:00 Gerson Luiz Martins sbidm-proa@ua.pt Janaína Ivo da Silva sbidm-proa@ua.pt <p>Identificar o uso das mídias sociais, especificamente Facebook e Twitter, nas campanhas eleitorais dos candidatos a prefeito de Campo Grande, em 2012, é o objetivo central deste estudo. Para as análises, foram selecionados Edson Giroto, Vander Loubet, Alcides Bernal, Reinaldo Azambuja e Marcelo Bluma. A escolha foi baseada naqueles que possuíssem perfis ou páginas estabelecidos no Twitter e no Facebook, no dia seis de julho de 2012, início oficial da campanha eleitoral. A&nbsp; categorização dos resultados, definida a priori, teve base nos estudos em ciberjornalismo de Palácios (1999), sob os aspectos de suas características de forma e conteúdo (hipertextualidade, interatividade, multimidialidade, personalização, memória e instantaneidade). A investigação apontou que o conceito de comunicação digital foi adotado em todos os sítios web de redes digitais dos candidatos, em maior e menor escala.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15463 A voz do Cidadão no Jornal de Notícias 2023-04-20T10:40:50+01:00 Catarina Carmona Graça Dias Navio catarina.navio.cc@gmail.com <p>A participação dos cidadãos nos media digitais é cada vez maior, não só no contexto do Jornalismo Cidadão, mas também no que respeita à participação em fóruns e esferas de discussão. Existe uma preocupação e interesse crescentes por parte dos cidadãos em contribuir para o debate político, o que obrigou os jornalistas a adaptar o seu trabalho a um público participativo e emergente. Para isso, os sites de jornais criaram espaços de debate&nbsp;nas notícias, como forma de incentivo à participação do público. Este projeto procurou, assim, analisar os comentários e o comportamento dos utilizadores no Jornal de Notícias, no intuito de avaliar a qualidade de debate, as capacidades argumentativas do público e o seu comportamento no seio da comunidade. Ao todo foram recolhidos 1113 comentários referentes a dois grupos de notícias: artigos publicados na homepage do Jornal de Notícias e artigos sobre a captura e morte de Muammar Kadafi. Mais especificamente, os principais&nbsp;objetivos da investigação procuravam analisar o debate gerado, a linguagem dos utilizadores, as secções mais comentadas do jornal (no caso da homepage) e a evolução do fluxo de comentários (no caso de Kadafi).</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15466 A construção discursiva do sofrimento de Crianças e Adolescentes em jornais impressos brasileiros: um estudo de caso dos jornais O Globo e Extra de 2000 a 2013 2023-04-20T10:40:49+01:00 Ivanise Hilbig de Andrade ivaniseha@gmail.com <p>Este trabalho é parte de uma pesquisa em andamento no âmbito do Programa de Pós- graduação em Comunicação e Cultura Contemporânea da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que tem como objetivo geral analisar como o sentido do sofrimento de crianças e adolescentes é construído em um jornal de referência, O Globo (RJ), e em um jornal popular, o Extra (RJ), verificando comparativamente o posicionamento discursivo e as estratégias enunciativas de cada publicação. Parte-se do entendimento de que o sentido do sofrimento de crianças e adolescentes é construído no interior de uma semiose que é social, histórica, &nbsp;cultural e infinita, tendo os meios de comunicação papel importante nesse processo. A pesquisa tem como bases teórica e metodológica os estudos de Linguagem, da Análise do(s) Discurso(s) e da Enunciação.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15472 Cultura na Primeira Página - apocalípticos e integrados 2023-04-20T10:40:47+01:00 Carla Baptista carlabaptista@oniduo.pt Dora Santos Silva dora.santos@netcabo.pt <p>Esta comunicação apresenta resultados do projecto de investigação “A Cultura na Primeira Página - um estudo dos jornais portugueses na primeira década do século XXI (2000-2010)” (PTDC/CCI-COM/122309/2010). Os dados recolhidos através da análise de conteúdo de&nbsp;todas as notícias sobre temas culturais publicadas na primeira página de seis publicações portuguesas, ao longo da primeira década do século XXI (2000-2010), nomeadamente Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Expresso e Visão, apontam&nbsp;para uma mudança nas narrativas do jornalismo cultural. Entre outras, destacamos as seguintes: a redução do espaço e da visibilidade da cultura; o fim de muitos suplementos culturais especializados; um maior centramento nas notícias sobre música e cinema em&nbsp;detrimento das restantes artes; o alargamento das antigas editorias de cultura para espaços mais permeáveis a outros conteúdos, como histórias sobre personalidades, tendências de consumo e estilo de vida, viagens e lazer; a transformação dos suplementos dedicados à crítica&nbsp;especializada em roteiros orientadores do gosto e das formas de ocupação do tempo livre.&nbsp;A partir desta análise, iremos refletir, de forma “apocalíptica” e “integrada”, sobre os impactos destas alterações na qualidade do espaço público deliberativo e no papel do jornalismo enquanto campo de reforço e exercício de práticas cívicas de participação e escrutínio&nbsp;democrático (Faro: 2009). Procuraremos ainda traçar as distinções principais que continuam a marcar os enquadramentos dominantes da cultura realizados por jornais populares e por jornais de referência, definindo o jornalismo cultural como uma das últimas marcas distintivas da imprensa de qualidade, num contexto marcado pelo esbatimento das fronteiras entre géneros jornalísticos, pela convergência dos meios tecnológicos e por novas formas de recepção e partilha dos conteúdos culturais. Concluímos que a forma como as publicações analisadas tratam os temas de cultura não significa o fim do jornalismo especializado nesta área mas obriga à sua redefinição conceptual, integrando as potencialidades do ambiente digital, a proliferação de meios de comunicação, profissionais ou não, dedicados à cultura e a sua relação com as indústrias culturais e criativas (Hartley: 2005; Hesmondhalgh: 2007; Flew: 2010).</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15475 Estratégias enunciativas e retóricas do Jornalismo Cultural 2023-04-20T10:40:46+01:00 Marisa Torres da Silva marisatorresilva@hotmail.com <p>O jornalismo cultural constitui-se como uma área em que os deveres do jornalista e do especialista se confundem (Tubau, 1982; Harries &amp; Wahl-Jorgensen, 2007), caracterizando-se como um espaço de confluência entre repórteres, intelectuais ou mesmo criadores, &nbsp;tornando-se por isso distinto de outras formas convencionais de produção jornalística. Também aqui existe uma maior liberdade em relação à linguagem utilizada, permitindo-se a utilização de recursos mais criativos, estéticos ou coloquiais, dada a ligação afectiva que se estabelece entre&nbsp;o jornalista de cultura e os seus leitores (Golin &amp; Cardoso, 2009: 77). No entanto, o jornalismo cultural é, antes de mais, jornalismo, não prescindindo de um vínculo com a atualidade e, por outro lado, com as convenções associadas ao estilo de escrita jornalística (Lopez &amp; Freire,&nbsp;2007: 6-8). No âmbito de um projeto mais alargado que tem como objectivo efetuar um retrato profundo da cobertura cultural dos principais jornais portugueses durante a primeira década do século XXI, pretende-se neste trabalho analisar as narrativas que compõem o jornalismo cultural, observando as formas discursivas utilizadas pelos jornalistas em peças jornalísticas que se enquadrem dentro do estilo informativo (notícia, reportagem e entrevista), sobre o tema música, em quatro jornais portugueses, durante o ano de 2010. Este estudo coloca, assim, as seguintes questões: até que ponto é que as regras de escrita jornalística se aplicam ao jornalismo cultural? Será que podemos falar, além de um “jornalês”, de um “culturês”? Para dar uma resposta a estas interrogações, mobilizamos aqui algumas das categorias utilizadas pela análise crítica do discurso, metodologia de carácter qualitativo que presta uma particular atenção à linguagem enquanto prática discursiva – a escolha de palavras (lexicalização), sobretudo ao nível da predicação (atributos) e da pressuposição; e o tipo de linguagem utilizada, particularmente no que diz respeito aos recursos retóricos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15481 A morte de Maria Gabriela Llansol e José Saramago na Imprensa. Entre a celebração e a revelação 2023-04-20T10:40:44+01:00 Teresa Mendes Flores Teresa.flores@sapo.pt Maria Helena Vieira lena.mariposa@gmail.com <p>Entre as notícias de cultura, a morte dos escritores é uma das que merece cada vez mais destaque de primeira página nos jornais portugueses. Foi o caso de José Saramago (em 2010) e de Maria Gabriela Llansol (em 2008). Analisamos a cobertura e o tratamento jornalístico feito pelos diários Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal de Notícias, semanário Expresso e revista Visão, procurando compreender quais as estratégias discursivas na consagração de cada um destes autores, no momento da sua morte. Este artigo inscreve-se no projeto “A Cultura na Primeira Página nos jornais portugueses entre 2000 e 2010”, desenvolvido no CIMJ e financiado pela FCT.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15484 Jornalismo Cultural em revista: uma análise da seção Artes e Espetáculos da Revista Veja 2023-04-20T10:40:42+01:00 Flávia Pessoa Serafim furabia@gmail.com <p>O presente trabalho tem por objetivo perscrutar como a revista mais lida do Brasil - a saber, o semanário Veja, publicado pela editora Abril - retrata a arte e a cultura para seus leitores. Procura, assim, lançar um olhar sobre o assunto e refletir acerca da visão e da abordagem que&nbsp;uma revista tão proeminente nesse país tem sobre as temáticas tratadas pelo jornalismo cultural. A fim de chegarmos a alguma conclusão efetuamos a análise de nove edições da revista Veja, publicadas nos meses de janeiro e fevereiro de 2013. Fazendo uso da &nbsp;metodologia de análise quantitativa de conteúdo, foram extraídas 86 matérias, as quais foram trabalhadas como Unidades de Informação. Nelas buscou-se classificar a geografia política, a cartografia cultural e os gêneros e formatos jornalísticos presentes. A partir dessa análise, foi possível traçar o seguinte perfil do jornalismo cultural produzido por Veja: é um jornalismo que privilegia a cultura por um ângulo opinativo, dando grande importância ao formato resenha, que trata majoritariamente de temáticas internacionais e se ocupa principalmente em abordar&nbsp;como assunto os produtos da indústria cultural. A partir dessas informações quantitativas, foi possível proceder a um raciocínio crítico de seu conteúdo e concluir que é dado um espaço consideravelmente menor para a cultura erudita e um espaço praticamente irrelevante para a&nbsp;cultura popular nacional, de forma que o semanário não se preocupa em transmitir a seus leitores informações nem reflexões sobre a cultura popular brasileira. Também foi possível distinguir que a Veja promove entre aqueles que a leem, ao menos no que se refere aos &nbsp;assuntos culturais, uma supervalorização do internacional e uma subvalorização do que é brasileiro, e, acima de tudo, do regional e local. Assim sendo, pode-se afirmar que a sociedade brasileira não convive consigo mesma, ou, mais especificamente, com sua arte e cultura, nas&nbsp;páginas de Veja. Em suma, a revista de maior tiragem do Brasil valoriza mais produtos massivos, principalmente aqueles que vêm de fora, e se ocupa em fazer seus leitores&nbsp;pensarem majoritariamente em produtos da indústria cultural.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15487 A Moda como Notícia: um estudo de caso do Jornal Público e Jornal de Notícias 2023-04-20T10:40:41+01:00 Beatriz Lobo Moreira beatrizzlobo@gmail.com Raphael Marinho de Carvalho sbidm-proa@ua.pt Karina Sampaio de Almeida sbidm-proa@ua.pt <p>Este estudo propõe uma reflexão de como a moda se relaciona com os medias em Portugal. O artigo discute as relações entre os medias e setor da moda, nesse caso, mais particularmente, busca-se fazer uma análise das matérias voltadas a tal segmento publicadas em dois jornais de ampla circulação dentro de Portugal: o Jornal Público e o Jornal de Notícias. Para fundamentar&nbsp;o estudo, são utilizados os conhecimentos de autores como Lipovestky, Sant’Anna, Simmel, entre outros, que oferecem uma compreensão sobre a moda e a sociedade. A pesquisa é divida em três partes. Inicialmente se faz uma breve discussão sobre o jornalismo de moda, após, é verificado o motivo de a moda ser um assunto que mereça visibilidade jornalística. Ainda é realizada uma análise pontuando a visibilidade oferecida para assuntos dedicados à moda em aspectos de cada jornal durante o mês de março de 2013. A análise do discurso possibilita a compreensão da abordagem das duas publicações, verificando se estas são semelhantes ou diferentes.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15490 Projeto Gráfico e Contrato de Leitura: a Moda no Jornalismo de Revista 2023-04-20T10:40:39+01:00 Márlon Uliana Calza marloncalza@gmail.com Ana Cláudia Gruszynski anagru@gmail.com <p>O artigo analisa o projeto gráfico das revistas impressas do segmento de moda, problematizando o modo como seus elementos gráficos conformam estratégias e percursos de leitura, contribuindo para a constituição e manutenção dos vínculos entre o meio e o leitor, através do contrato&nbsp;de leitura, além de caracterizar o jornalismo de revista. Trata-se de uma reflexão teórica fundamentada na pesquisa bibliográfica, que traz reproduções de páginas exemplares de revistas de moda que se articulam ao texto como argumentos visuais. Conclui-se que no projeto&nbsp;gráfico transparecem uma série de estratégias (editoriais, comerciais e institucionais) que procuram delinear os produtos e posicioná-los no mercado, com vistas (i) à sua identificação com o seu segmento de atuação e com aqueles periódicos de referência, a fim de se gerar&nbsp;um reconhecimento; mas também com vistas (ii) à sua diferenciação, considerando-se seu vínculo e/ou seu aspecto de moda.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15493 Jornalismo e Saúde 2.0 2023-04-20T10:40:37+01:00 Inês Aroso inaroso@utad.pt <p>Para traçar um panorama da mediatização da saúde em Portugal, realizou-se uma investigação sobre o tratamento jornalístico das questões relacionadas com este tema, não só nos meios de comunicação social tradicionais, como também na internet. Deste modo, analisa-se como é que os media tratam as temáticas ligadas à saúde e quais as consequências, positivas e negativas, desta mesma abordagem. É dado especial destaque à existência de conteúdos sobre&nbsp;saúde nos meios presentes na Web 2.0. Neste contexto, interessa avaliar os mecanismos de participação dos cidadãos no processo de informação jornalística na área da saúde. De facto, há uma série de tecnologias que simplificam a participação dos cidadãos na elaboração e&nbsp;difusão de informação. Sendo assim, além de os media incentivarem os seus públicos a enviarem comentários, fotografias e vídeos, também potenciam a criação de comunidades.&nbsp;Então, há duas questões que se colocam. Por um lado, qual o tratamento jornalístico das questões relacionadas com a saúde nos media portugueses? Por outro lado, como é que o público participa no processo de produção e distribuição de informação de saúde nesses mesmos media? Para responder a estas questões, são estudados programas, rubricas e secções de saúde dos órgãos de comunicação social portugueses. Com os resultados deste&nbsp;estudo, podem traçar-se linhas de orientação para os jornalistas, os media e o público em geral, com o intuito de maximizar benefícios e minimizar riscos da mediatização da saúde, bem como aumentar a participação cívica nesta área.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15496 Olhando o agenda-building nos textos de Saúde: um estudo dos Canais e Fontes de Informação 2023-04-20T10:40:36+01:00 Rita Araújo rita.manso.araujo@gmail.com Felisbela Lopes felisbela@ics.uminho.pt <p>A saúde é um tema transversal a toda a sociedade, pelo que há um interesse crescente dos media pelas questões da saúde e, consequentemente, pela sua cobertura. O objetivo deste trabalho é analisar o processo de agenda building da cobertura de saúde feita pela imprensa&nbsp;portuguesa no primeiro semestre de 2013, através das notícias publicadas no Expresso, Sol, Público e Jornal de Notícias. Olhamos para as fontes e canais de informação privilegiados pelos jornalistas quando falam de saúde, defendendo que a organização das fontes tem um papel&nbsp;determinante na marcação da agenda.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15499 Precisa-se de Jornalistas superheróis: Complexo de Peter Parker e as imagens do Rio de Janeiro nos Prêmios Esso de Jornalismo e Imprensa Embratel 2023-04-20T10:40:34+01:00 Soraya Venegas Ferreira soraya.ferreira@estacio.br <p>Como em qualquer outra categoria profissional, a identidade do fotojornalista resulta de uma rede de representações sociais que, através de um conjunto de conceitos, técnicas e procedimentos, reproduz e é produzida pelas práticas cotidianas originadas em seu campo. Entre essas práticas estão as premiações destinadas aos profissionais da área. No Brasil, os&nbsp;Prêmios Esso de Jornalismo e Imprensa Embratel se tornaram tão relevantes, que tendem a ser tomados como capital simbólico, referência de bom exercício profissional e, concomitantemente, evidenciam paradigmas da prática fotojornalística. Entre as imagens premiadas, muitas têm o Rio de Janeiro como cenário. Elas mostram uma cidade mais próxima do caos do que das maravilhas que a tornaram mundialmente conhecida. As fotos premiadas&nbsp;retratam, em sua quase totalidade, a violência urbana e parecem requerer de seus autores habilidades dignas dos super-heróis da ficção.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15505 O fazer jornalístico e o enfrentamento de cenários complexos inaugurais 2023-04-20T10:40:33+01:00 Mozahir Salomão Bruck mozahir@uol.com.br Bruna Raquel de Oliveira e Santos brunaraquelsantos@gmail.com <p>O artigo busca refletir sobre desafios e dificuldades que o fazer jornalístico enfrenta diante do surgimento e desenvolvimento de circunstâncias/situações complexas que impactam a sociedade estabelecendo, geralmente, novos parâmetros de compreensão e de abordagens&nbsp;de tais temas/assuntos. Tais contextos estabelecem, no tecido social, novos paradigmas de comportamento individual e coletivo e, muitas vezes, reorientando as relações sociais. Nossos focos de observação foram como jornais brasileiros se portaram diante do aparecimento&nbsp;e posterior explosão da Aids, na metade da década de 1980, e da droga crack, que teve seu primeiro registro no Brasil no final dessa mesma década. A hipótese é que diante de novos quadros de realidade e de suas exigências de explicação, o trabalho jornalístico tende&nbsp;a se desenrolar em circunstâncias de instabilidade, em função de incertezas, generalizações e mitificações – que se instalam nas lacunas abertas pela impossibilidade inicial de melhor compreensão de tais processos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15508 A reinvenção do Jornalismo: Tecnologia mudando a forma de produzir e fazer Jornalismo 2023-04-20T10:40:31+01:00 Douglas Junio Fernandes Assumpção rp.douglas@hotmail.com Greicy Marianne Lopes G. C. Villegas lopes.villegas@gmail.com <p>As coisas mudam com o tempo. O jornalismo também. As práticas de apuração e publicação são as mesmas de outrora, os meios é que são diversos hoje. E é preciso avançar com cautela frente às novas tecnologias da comunicação social. A tecnologia sempre esteve presente na história do jornalismo. Desde o surgimento do papiro, do telefone, passando pelas saudosas máquinas de escrever, até a utilização da realidade virtual para contar um fato, o jornalismo nunca passou despercebido pelas introduções das tecnologias no seu fazer. Sempre que houve uma nova maneira de captar informação, produzir ou distribuir conteúdo, o jornalismo teve seu processo afetado. Aspecto que merece ser estudado, como se propõe nesta pesquisa, é a necessidade de assimilar a alta velocidade informativa imposta pela sociedade do “agora” a partir do advento de novas tecnologias na comunicação social. Nosso desafio é contribuir com&nbsp;conhecimento de campo e comparar estudos recentes e consagradas pesquisas teóricas. Levando-nos a refletir acerca de como o advento das novas tecnologias na comunicação televisiva faz com que os jornalistas de tevê adquiram habilidade para a atualização constante da notícia minuto-a-minuto e a versatilidade na apuração dos fatos em tempo real.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15511 A utilização da Infografia nas secções de Ciência e Tecnologia de quatro Jornais On-line nacionais 2023-04-20T10:40:30+01:00 Filipa Rodrigues Ramos Pereira filipa.rp@gmail.com Lídia Oliveira sbidm-proa@ua.pt Fernando Zamith zamith@gmail.com <p>A generalização do uso da Internet fez com que os jornais passassem a ter uma versão on-line das suas edições. O formato digital, pela sua natureza, permite uma riqueza de linguagem gráfica muito maior, sem limite ao nível cromático, ao nível da definição e complexidade&nbsp;das imagens e dos infográficos, que podem ser estáticos ou dinâmicos, bi ou tri-dimensionais. Face a este novo contexto de comunicação pretende-se, compreender o nível de uso da infografia nas secções de ciência e tecnologia de quatro jornais portugueses (“Jornal de&nbsp;Notícias”; “Público”; “Expresso” e “i”) nas suas versões on-line. Por outro lado tentar-se-á perceber de que forma essa utilização pode promover o consumo de conteúdos informativos de ciência e tecnologia e, deste modo, contribuir para melhorar o índice de compreensão e&nbsp;aquisição de informação dos seus consumidores. Este trabalho visa a apresentação e divulgação de um projeto de investigação centrado na compreensão do papel da infografia na apreensão de conteúdos noticiosos sobre ciência e tecnologia. Apresenta-se também o modelo metodológico que será adoptado na investigação bem como os resultados de uma análise preliminar feita aos quatro jornais seleccionados para este estudo no que respeita à publicação de infográficos de ciência e tecnologia.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15571 O relacionamento do McDonald's no Facebook com Brasileiros e Portugueses 2023-04-20T10:40:28+01:00 Naiara Back de Moraes Naiara.back@gmail.com Fernando Santor fernandosantor@terra.com.br <p>Este estudo é resultado de uma pesquisa bibliográfica e da análise de conteúdo nas fanpages do McDonald’s Brasil e Portugal, onde busca-se, por meio de análise comparativo entre os cinco posts mais compartilhados no mês de julho de 2013, compreender as estratégias de relacionamento e interação nas redes sociais.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15574 Trilha do Filme Publicitário 2023-04-20T10:40:26+01:00 Carmen Lucia José cljose@uol.com.br Solange Maria Bigal sbigal@uol.com.br <p>Nós últimos 15 anos, a trilha sonora passou a ocupa um lugar de destaque nas linguagens &nbsp;audiovisuais. As novas tecnologias e, consequentemente, os novos diálogos metalinguísticos entre imagem e som criaram, de um lado, outros usos para a fragmentação das canções,&nbsp;tornadas trilha; de outro, passaram a destacar o novo desenho cultural do público consumidor médio brasileiro que, além de ser o foco potencial das Marcas, é também consumidor de informação, isto é, usuário de linguagens. Nossa expectativa é compreender o uso da canção,&nbsp;especificamente, como trilha sonora do filme publicitário: como a canção tornada trilha é reutilizada na associação com a Marca e o que a seleção de canções aponta quanto ao público-alvo em se tratando de repertório cultural. No emprego da canção como trilha, a importância que o áudio vem conquistando é produto, principalmente, da autonomia e da proeminência informacional que a trilha tem adquirido em relação à visualidade em movimento. No Brasil, com a política de promoção econômica de pessoas da classe C / D para a posição de consumidor médio, é possível verificar tanto a presença de outros gêneros musicais mais &nbsp;populares e/ ou periféricos no rol da canção para compor a programação musical das&nbsp;emissoras de rádio e o Cds das canções que compõem as trilhas das telenovelas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15580 Representações televisivas do espaço privado urbano nos anúncios de brinquedos para crianças 2023-04-20T10:40:25+01:00 Luísa Magalhães luisamagal@gmail.com <p>Sem resumo disponível.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15583 As Campanhas de Publicidade exterior e a sua memorização - Estudo realizado junto de um grupo de consumidores 2023-04-20T10:40:23+01:00 Paula Lopes plopesp@gmail.com <p>As campanhas de publicidade são efectuadas pelos anunciantes e pelas marcas com o &nbsp;objectivo de comunicar aos seus públicos informação sobre os seus produtos e / ou serviços. Mas para além disso existem um conjunto de factores que são inerentes à comunicação publicitária como a memorização das suas campanhas pelos consumidores devido a vários factores: tipo de produto, criatividade da campanha e mensagem comunicada. Associado à Publicidade Exterior em particular existem outros factores como o conjunto da imagem e do lettering colocados no suporte de Outdoor. A concepção gráfica dos posters e Outdoors faz a diferença na captação da atenção do consumidor, o que justifica a investigação que tem sido desenvolvida sobre a medição da eficácia da criatividade da campanha. O objecto de estudo deste trabalho de investigação é perceber se os consumidores memorizam as marcas que incluem a publicidade exterior no seu plano de meios. A metodologia aplicada a esta pesquisa consiste numa revisão bibliográfica sobre a temática e num questionário aplicado a um grupo de consumidores para saber se memorizaram as marcas que anunciam em Publicidade Exterior em Portugal.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15586 Estratégias linguístico-discursivas de tratamento humorístico da morte em comerciais televisivos 2023-04-20T10:40:21+01:00 Annamaria da Rocha Jatobá Palácios anna@ufba.br <p>Este texto procura identificar e compreender, do ponto de vista semântico, abordagens humorísticas desenvolvidas pela narrativa publicitária quando anuncia produtos e serviços e os relaciona ao universo simbólico da morte. O tratamento cômico empregado pela publicidade quase sempre pauta-se pela incorporação do inesperado, da surpresa, das associações e &nbsp;metáforas livremente empregadas. Portanto, mesmo ao enfrentar o conhecido&nbsp;medo ocidental diante da morte, a publicidade a aciona, enunciativamente, por meio de estratégias linguístico-discursivas que dela zombam, caçoam, tripudiam e fazem graça. A prática publicitária enfrenta o permanente desafio de estabelecer distinções entre incontáveis produtos funcionalmente semelhantes, a fim de conquistar potenciais consumidores, constituídos por públicos cada vez mais diversos e segmentados. O atual interesse dos homens do marketing em incorporar produtos e serviços associados ao universo simbólico da morte pode ser explicado pelo fato de que ela (a morte) é a inexorável certeza que atinge a todos nós. A análise é alicerçada em pressupostos das teorias semânticas, em particular das teorias da argumentação (Ducrot) e dos postulados teóricos desenvolvidos por Grice, nos domínios das reflexões identificadas como da pragmalinguística. Pontuais contributos sociológicos, antropológicos e filosóficos auxiliam na compreensão de parte do legado histórico sobre a morte, na cultura ocidental. As estratégias linguístico-discursivas empregadas pela publicidade, quando aciona produtos e serviços direta ou indiretamente relacionados com o universo semântico da morte, são observadas em alguns comerciais televisivos selecionados para tal fim.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15589 A Publicidade contemporânea e o desafio de se comunicar com novos perfis de Consumidor 2023-04-20T10:35:58+01:00 Haroldo Silva Capote Filho sbidm-proa@ua.pt Mônica Cristine Fort sbidm-proa@ua.pt <p>Experimentar coisas novas, mas estar preso às tradições. O ser humano vive essa contradição. A comunicação publicitária explora as necessidades humanas transformando-as em desejos por produtos e serviços. O artigo pretende analisar peças publicitárias audiovisuais de &nbsp;automóveis de 2008 a 2012, no Brasil. No período, políticas de crédito voltadas às classes&nbsp;emergentes estimularam o consumo. A aquisição de bens duráveis, como o automóvel, gerou um desafio aos publicitários brasileiros. Observa-se a construção de um discurso voltado a um público-alvo tradicional, aquele historicamente ativo, mas há, também, agora, a chamada nova classe média brasileira, que não possuía carro próprio e que pela primeira vez tem a &nbsp;possibilidade de ingressar na sociedade de consumo adquirindo este e outros bens duráveis. O sonho improvável de consumo virou objeto de desejo – a curto prazo. Jingles, slogans, interatividade, ousadia e criatividade são necessários para atingir o público. Além da análise de conteúdo, o texto visa discutir as estratégias de propagação das campanhas, uma vez que as tecnologias democratizam e favorecem a comunicação mais personalizada, não&nbsp; necessariamente apresentada nas chamadas mídias tradicionais. O audiovisual é voltado à TV aberta, mas também é veiculado na web, nas redes sociais, em outros gadgets. De acordo com o autor brasileiro Rafael Sampaio, a Fiat foi a montadora que obteve o maior destaque na comunicação de automóveis na primeira década dos anos 2000, a empresa está há mais de 40 anos no país. Mas, no Brasil, outras montadoras se instalaram a partir dos anos 90 e apresentaram comunicação mais agressiva. Alguns casos, como a campanha dos pôneis&nbsp;malditos para o automóvel Frontier, da Nissan, em 2011, tiveram primeiro a exibição na internet e depois de já bastante conhecido e discutido nas redes sociais, foram apresentados na TV. O tema pôneis malditos, inclusive, foi reaproveitado e reeditado pela marca em&nbsp;outras campanhas. O consumidor está mudando. Está se tornando mais sensível, seletivo, desconfiado. Há maior concorrência, maiores possibilidades de acesso à informação. Maior capacidade de interação e de reação quando sente-se enganado. Por isso, conhecer o público&nbsp;e antever suas expectativas sabendo apresentar o produto de forma a atender as necessidades e os desejos desse consumidor são os objetivos dos comunicadores do presente.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15592 Os meios publicitários: perceção dos Consumidores e consequência da exposição à Publicidade 2023-04-20T10:35:57+01:00 Paulo Ribeiro Cardoso sbidm-proa@ua.pt Teresa Cerquinho da Fonseca sbidm-proa@ua.pt <p>As últimas duas décadas trouxeram ao panorama dos meios publicitários novos cenários e novas possibilidades na veiculação das mensagens. A comunicação online representa, hoje, um espaço incontornável na comunicação de marketing oferecendo múltiplos formatos e &nbsp;soluções. Porém, e apesar do entusiasmo em torno da comunicação online, os meios &nbsp;tradicionais de difusão mantêm, de algum modo, o seu papel na publicidade atual. Neste cenário, a presente investigação propõe-se analisar a perceção dos consumidores portugueses face à publicidade difundida em cada um dos meios publicitários ditos tradicionais – televisão, rádio, imprensa e outdoor - e face ao meio internet. Utilizando como abordagem metodológica o inquérito por questionário, foram auscultados cerca de duzentos consumidores portugueses abrangendo diversas faixas etárias e vários municípios. Em concreto procurou-se entender o papel de cada um dos meios na transmissão de “informação” e de “entretenimento”, mas &nbsp;também na provocação de “irritação” junto do recetor. Foi ainda avaliada a “afinidade” dos consumidores pelos diversos meios assim como a capacidade de cada um deles desencadear um comportamento de compra. Após uma revisão da literatura que ilustra a investigação&nbsp;já desenvolvida sobre este tema, é apresentado o método utilizado no estudo empírico seguido da análise dos resultados obtidos. Por fim, são&nbsp; apresentadas as principais conclusões, as implicações para os profissionais do marketing e da comunicação, assim como sugestões&nbsp;para futuras investigações.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15595 Perspetivas sobre a Publicidade enquanto influência pessoal e fenómeno social: uma análise comparativa em Jovens Portugueses e Brasileiros 2023-04-20T10:35:55+01:00 Paulo Ribeiro Cardoso sbidm-proa@ua.pt Evandro Silva Neto sbidm-proa@ua.pt Manuel José Serra da Fonseca sbidm-proa@ua.pt Elsa Simões Lucas Freitas sbidm-proa@ua.pt <p>A publicidade, por motivos inerentes à sua própria natureza discursiva, suscita reações e atitudes diversas nos indivíduos. Devido à grande influência que a comunicação publicitária pode exercer sobre os comportamentos, justifica-se uma reflexão de cariz académico sobre os&nbsp;fatores subjacentes às reações demonstradas pelos consumidores relativamente aos seus modos de atuação. Neste enquadramento, o presente estudo tem como objectivo levar a cabo uma análise das crenças de jovens consumidores sobre a publicidade, utilizando para esse&nbsp;efeito uma adaptação do modelo proposto por Pollay e Mittal (1993). Em concreto, a &nbsp;investigação pretende confirmar a aplicabilidade do modelo em Portugal e no Brasil, e comparar as atitudes de jovens portugueses e brasileiros relativamente ao fenómeno publicitário. Para este efeito, recorreu-se a uma amostra de jovens de cada um dos países, perfazendo um total de cerca de duzentos e cinquenta indivíduos. No referido modelo contemplam-se três dimensões que avaliam as crenças individuais dos consumidores&nbsp;face à publicidade, nomeadamente enquanto portadora de informação sobre o produto ou serviço, enquanto representação mais ou menos fiel de estilos de vida e enquanto veículo de entretenimento. Estas dimensões conjugam-se com questões destinadas a avaliar dimensões socioeconómicas sobre a influência da publicidade, particularmente como impulsionadora da&nbsp;economia, como transmissora de falsas promessas, como estimuladora de materialismo ou ainda como corruptora de valores. A este modelo foi adicionada uma dimensão comportamental, que se destina a avaliar a influência que a atitude prévia relativa à &nbsp;publicidade em geral pode ter no processo de decisão de compra.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15601 Publicidade, sedução e assertividade: a Comunicação de Marca, hoje 2023-04-20T10:35:54+01:00 Fernando Peixoto fernandopeixoto1@gmail.com <p>A publicidade constitui hoje uma atividade fundamental nas modernas sociedades de consumo. Representando um instrumento de importância indelével na comunicação organizacional, não só promove bens e serviços como também veicula ideias, conceitos e imagens. Enquanto poderosa indústria cultural, a publicidade pode assumir várias facetas e múltiplas formas, muitas vezes surpreendentes, consoante a intenção prévia que subjaz uma determinada campanha. Porém, duas características incontornáveis dever-se-ão encontrar sempre presentes: a sedução, primeiro; a assertividade, depois. Na qualidade de instrumento privilegiado de comunicação de uma dada marca, a publicidade representa a principal técnica comunicacional no atual paradigma da comunicação organizacional. Para muitos, é mesmo considerada a mãe de todas as técnicas, ou mesmo, a «técnica das técnicas». Ao longo dos tempos, o fenómeno publicitário tem vindo a evoluir exponencialmente, ao ponto de se constituir hoje num paradigma comunicacional autónomo e com uma idiossincrasia própria. Com técnicas próprias. Com modelos próprios. Face à dimensão espectral que a publicidade<br> hoje representa, problematizo o modo e a forma como a comunicação de marca se faz no presente, bem como equaciono quais os desafios, ameaças e oportunidades se lhe colocam num futuro próximo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15604 O efeito perverso das Mensagens Publicitárias e a importância da Comunicação na Gestão de Crise 2023-04-20T10:35:52+01:00 Maria José Cunha mariazcunha@gmail.com <p>O intuito desta comunicação é analisar conteúdos publicitários que resultaram em casos de estudo de gestão de crise, sofrendo o efeito ricochete e a imprevisibilidade do seu impacto negativo junto dos públicos. Pretende-se com estes elementos refletir sobre a propagação das&nbsp;mensagens publicitárias nas redes sociais, assim como a importância da gestão da reputação online. Para este efeito, procedeu-se a uma recolha de campanhas publicitárias relevantes nacionais e internacionais, bem como a uma prospeção das reações negativas do público e das respostas das respetivas organizações responsáveis junto dos media, esperando, desta forma,&nbsp;avaliar ferramentas e metodologias adequadas para uma correta gestão da comunicação e manutenção da imagem das marcas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15610 O cartaz publicitário camaleónico: uma abordagem ao Design e à Tecnologia 2023-04-20T10:35:50+01:00 Francisco Mesquita fmes@ufp.edu.pt <p>Este artigo tem como proposta a produção de um cartaz que se diferencie do cartaz convencional. Este último é caracterizado por transmitir uma só mensagem durante o&nbsp;período de exposição. O que propomos, neste contexto, é a idealização de um cartaz, por nós designado por cartaz camaléonico, capaz de emitir várias mensagens. Para conseguir tal objectivo, começamos com um breve apontamento sobre a história do cartaz e alguns dos&nbsp;processo de inovação de que foi alvo, uma abordagem ao processo de design e aos pigmentos utilizados, baseados numa tecnologia denominada de microencapsulação. Logo após, são apresentados alguns modelos do cartaz camaleónico e uma breve explicação da sua funcionalidade.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15613 Aperfeiçoamento dos meios de Publicidade frente às Novas Tecnologias 2023-04-20T10:35:49+01:00 Pedro Heitor Alves Cerveira pedro@emadjr.com.br Marcelo Oliveira Basso marcelo_bassoo@hotmail.com Alice Dutra Balbé alicedb.jornal@gmail.com <p>A revolução digital tornou a sociedade mais exigente e mudou completamente os hábitos e a forma como se relacionam com uma marca. As agências de comunicação precisaram se adaptar a todas essas mudanças, criando novas funções que auxiliem as empresas a fomentar&nbsp;vínculos, cada vez maiores, com seus consumidores. Com isso, novos profissionais surgem no mercado, dentre eles, aqueles capazes de utilizarem as novas mídias digitais a favor dos anunciantes e atendendo as necessidades de seus públicos. Os meios de comunicação de massa aliados ao surgimento das novas tecnologias tem a capacidade de mudar todo o comportamento de um sistema, e no ciberespaço os indivíduos passam a se relacionar mais<br> intimamente com as empresas que os rodeiam. Portanto, o presente trabalho busca compreender as mudanças que ocorreram na produção publicitária a partir da revolução&nbsp;digital e como essa convergência das mídias afeta as agências de comunicação.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15616 O papel da Publicidade, dos valores materialistas e da autoestima na compra impulsiva 2023-04-20T10:35:47+01:00 Rosário Correia rcorreia@escs.ipl.pt Francisco Costa Pereira fjcpereiras@gmail.com Ana Cristina Antunes aantunes@escs.ipl.pt <p>Os comportamentos de compra impulsiva têm sido alvo de teorizações e forte pesquisa empírica. Contudo existem ainda algumas lacunas relativas à publicidade como antecedente deste tipo de compra. A compra impulsiva, caracterizada por uma forma de compra hedónica e não planeada, constitui uma forma de expressão pessoal e de construção de identidade que poderá ser afetada pela autoestima, entendida como a forma como os indivíduos se avaliam&nbsp;a si próprios no sentido da discrepância entre o self (eu) real e o self (eu) ideal. A relação das pessoas com os bens materiais faz parte de um sistema de crenças e valores materialistas que orientam comportamentos de aquisição de produtos, bens e serviços, em dimensões de felicidade, sucesso e centralidade. A publicidade, enquanto veículo de comunicação comercial, cuja intenção é provocar um comportamento de compra, pode transmitir mensagens&nbsp;percecionadas como materialistas e promotoras de materialismo na sociedade, tornando os indivíduos mais materialistas na sua relação com a posse de bens e serviços. Neste estudo empírico, que envolve uma amostra constituída por 582 participantes, pretendese&nbsp;averiguar em que medida a autoestima e os valores materialistas podem ser preditores da compra impulsiva, bem como compreender a forma como o materialismo percebido na publicidade pode estar associado, direta ou indiretamente, à compra&nbsp; impulsiva. Os resultados indicam que os valores materialistas e o materialismo percebido na publicidade são preditores dos comportamentos de compra impulsiva, quer direta quer indiretamente através do papel mediador da autoestima. Em termos de contributos, esta investigação procurou compreender alguns dos efeitos da publicidade na sociedade revelando que a perceção mais critica sobre&nbsp;o materialismo veiculado pela publicidade contribui para reduzir os comportamentos de compra impulsiva. Por sua vez, os valores materialistas podem contribuir para aumentar os comportamentos de compra impulsiva e exercem alguma influência sobre a autoestima.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15743 Publicidade, Moda e Representações de Género em plena Globalização 2023-04-20T10:32:52+01:00 Helena Figueiredo Pina hpina@escs.ipl.pt <p>Este artigo reflete sobre a influência que a Publicidade e a Moda, e em particular a Publicidade de Moda têm enquanto modelos de referência, tanto para a construção da identidade pessoal (onde a aparência surge como reflexo), como para a interiorização dos modelos de conduta associados às representações de género veiculadas que ajudam a interpretar a realidade social. Publicidade e Moda são produtos culturais e a Publicidade de Moda utiliza códigos, transmite mensagens numa linguagem “quase“ silenciosa sendo expressão da cultura&nbsp;atual. Outrora símbolo de estatuto social, a Moda é agora símbolo de criação identitária própria através dos olhos dos outros, ou seja num contexto de relações sociais. A busca é a diferenciação como indivíduo e os sinais das marcas de moda são usados pelos indivíduos na afirmação da sua unicidade, da sua originalidade. Particularmente na imagética da publicidade de moda, há já algumas décadas que a publicidade é palco do simbolismo sexual, tanto na sensualidade ligada a determinados ideais de aparência ou beleza, como no papéis e relações entre géneros que são aprendidos e representados socialmente. De facto, os efeitos da comparação entre as imagens do corpo e a realidade do próprio corpo, podem resultar em julgamentos negativos acerca da imagem corporal e uma forte pressão para as mulheres, mas também para os homens, na tentativa algo inglória para alcançar um ideal, na maior parte das vezes irreal, porque é o resultado de simulações várias transmitidas pelas imagens publicitárias. Por outro lado, o género é um traço identitário profundamente implicante para o ser humano pois culturalmente liga-se a noção de género aos papéis sexuais e sociais definidos para os indivíduos. Ao nível das representações de género, este é um tempo “em aberto”, tudo é possível, porque os papéis femininos e masculinos veiculados pela publicidade se vão gradualmente modificando, mas em coexistência com os papéis mais estereotipados de outrora e os mais revolucionários do amanhã, transformando o agora num momento algo ambíguo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15619 El desarrollo tecnológico revoluciona las retransmisiones deportivas 2023-04-20T10:35:45+01:00 Alberto Pérez Sánchez sbidm-proa@ua.pt <p>Esta comunicación pretende desarrollar el nuevo marco tecnológico que revoluciona las retransmisiones deportivas, en sus modos de transmisión digital y a través de líneas ADSL, y que exige la adaptación de su mensaje a un relato más duradero y consecuente donde tengan&nbsp;cabida nuevos elementos demandados por el oyente, que las consume desde una posición más amplia y global. Por otro lado intenta delimitar todas las possibilidades de explotación a partir de nuevos soportes (estaciones web, smartphones, tablets…) ofreciendo un abanico de&nbsp;contenidos suficientemente rico y adaptado a una agenda de contenidos que el oyente puede elegir e incluso crear.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15622 Temáticas e linhas de Investigação do Jornalismo Radiofónico Português 2023-04-20T10:35:44+01:00 Luís Bonixe luis.bonixe@gmail.com <p>No presente artigo procedemos a um levantamento das principais contribuições para o estudo&nbsp;do jornalismo radiofónico em Portugal, partindo das teses de doutoramento e das obras publicadas. O quadro que estabelecemos mostra como, apesar de ainda escassa, a&nbsp;investigação sobre a rádio portuguesa e em particular sobre o jornalismo radiofónico em Portugal está a aumentar desde a metade da última década. Para além do número de publicações e de teses de doutoramento ter vindo a aumentar, registamos também a organização de eventos científicos em Portugal e de projetos de investigação internacionais sobre o meio radiofónico.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15625 A fidelização do ouvinte e as estratégias de audiência no Rádio 2023-04-20T10:35:42+01:00 Nair Prata nairprata@uol.com.br <p>A fidelidade do ouvinte é um dos pilares que sustenta o ideal comercial de uma emissora de rádio. Este trabalho pretende sistematizar argumentos teóricos e empíricos sobre a fidelização do público a uma emissora e, a partir de pesquisa realizada na rádio com maior número de&nbsp;ouvintes fiéis em Belo Horizonte (MG), a 107 FM, levantar e entender as estratégias utilizadas para conquistar e manter ouvintes fiéis.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15628 O Rádio de ontem (décadas de 1930 a 1940) e de 2013 2023-04-20T10:35:40+01:00 Izani Mustafá, sbidm-proa@ua.pt José Antonio Baço sbidm-proa@ua.pt <p>Nos seus primeiros anos de popularização, o rádio esteve muito associado aos sistemas totalitários, que o usaram na tentativa de manipular as massas. No caso do Brasil, Getúlio Vargas (1930-1945) tirou proveito do potencial de comunicação do rádio, uma vez que esse meio permitia falar ao povo de forma íntima, amigável e paternal. Também em Portugal, por meio da Emissora Nacional, o governo ditatorial utilizou o rádio para propagandear as&nbsp;suas ações políticas, econômicas, culturais e sociais. Hoje, passado quase um século desde esse período, a lógica do coronelismo (devidamente camuflado e adaptado aos novos tempos) &nbsp;prevalece nas rádios do interior, onde existe o fenômeno conhecido como os “bocas- lugadas”,&nbsp;radialistas que estão ao serviços dos poderosos e que têm programas sustentados pela publicidade de órgãos públicos. É o caso de Joinville (situada na região Norte de Santa Catarina/Brasil), onde uma geração de antigos comunicadores ainda trabalha para formar um&nbsp;determinado tipo de opinião, quase sempre com vínculo aos partidos do poder.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15631 Credibilidade e confiança no Rádio educativo 2023-04-20T10:35:39+01:00 Edgard Patrício edgard@ufc.br <p>O Rádio sempre foi considerado um meio de comunicação unidirecional. Nele, a comunicação partiria de um emissor até chegar a um determinado receptor. O segundo ficaria a mercê do primeiro, preso às suas determinações. Estudos recentes no campo da comunicação, no entanto, tentam ultrapassar essa abordagem. Colocam esse receptor como um componente ativo. Essa mesma discussão pode ser observada na educação. Aqui, uma educação bancária&nbsp;seria substituída por uma educação problematizadora. Quando se tem em mente a educação pelo rádio, essa situação assume situações ainda mais definidas. Numa educação pelo rádio, como seria construído um processo que, ao mesmo tempo, privilegiasse uma comunicação&nbsp;de mão-dupla e uma educação libertadora? Estudar a confiança e a credibilidade envolvidas nas interações que aí acontecem pode ser um início na compreensão dessa questão.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15634 Estado Novo: o uso político do Rádio no Brasil e em Portugal na década de 1940 2023-04-20T10:35:37+01:00 Izani Mustafá sbidm-proa@ua.pt <p>Intitulada “Estado Novo: o uso político do rádio no Brasil e em Portugal na década de 1940”, o artigo pretende relatar o período em que as duas emissoras mais importantes, Rádio Nacional do Rio de Janeiro (Brasil) e Emissora Nacional (Portugal) estavam consolidadas com suas programações, e, ao mesmo tempo, sob o controle dos governos ditatoriais, respectivamente, de Getúlio Vargas (1930-1945) e António de Oliveira Salazar (1932-1968). Para compreender melhor a utilização política do rádio que, nesta época, estava no seu auge e é considerado&nbsp;um dos veículos de comunicação mais importante, será necessário descrever como surgiram as duas emissoras e como era a sua programação, dentro, principalmente, do seu contexto político e social.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15640 A vida privada do homem público: documentários audiobiográficos sobre políticos do Rio Grande do Norte (Brasil) 2023-04-20T10:35:36+01:00 Divino Rufino da Silva Junior rufino.jr15@gmail.com Juliana Bulhões Alberto Dantas julianabulhoes.ad@gmail.com <p>As atitudes dos políticos são constantemente publicizadas. A população, em geral, os conhece por seus posicionamentos e decisões no que se refere à coisa pública. Mas, muitas vezes, os cidadãos não têm acesso à verdadeira essência desses agentes. Longe dos boatos&nbsp;e fofocas de bastidores, o trabalho busca oferecer aos ouvintes um relato pessoal das memórias, sentimentos e anseios do dos políticos. Neste ínterim, a proposta do&nbsp;documentário audiobiográfico A vida privada do homem público recai sobre a necessidade de preencher essa lacuna. Almejou-se desenvolver uma reflexão de natureza epistemológica, contemplando o rádio como objeto de estudo, que resultou em um produto radiofônico no qual o político do Rio Grande do Norte, estado localizado no nordeste do Brasil, tenha espaço para tornar pública sua história de vida, sob seu próprio ponto de vista.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15646 O ensino de Rádio no Brasil: sobre a superação de modelos 2023-04-20T10:35:34+01:00 Luciano V. Barros Maluly lumaluly@usp.br Suely Maciel suelymaciel@faac.unesp.br <p>Este trabalho apresenta metodologias e práticas pedagógicas no ensino de rádio e radiojornalismo de um grupo de professores e pesquisadores de algumas&nbsp;das principais universidades públicas e privadas do Brasil, em especial da região Sudeste, a qual concentra mais da metade das escolas de comunicação do país. Os depoimentos mostram que, a despeito das conhecidas e tradicionais dificuldades de infraestrutura, baixa valorização do meio rádio nos programas dos cursos e o contumaz desinteresse dos estudantes pelo meio&nbsp;(mais grave ainda quando se trata da produção jornalística), as diferentes propostas buscam garantir o amplo desenvolvimento do aluno como profissional multimídia, multitarefa, empreendedor, autônomo e responsável, ciente de seu papel na consolidação, nas&nbsp;mídias sonoras, de uma produção diversificada, criativa, ética e comprometida com as demandas do público nas esferas local, regional e global.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15652 Estudo comparado do estado da comunicação estratégica em Portugal e na Europa - European Communication Monitor 2013 2023-04-20T10:35:33+01:00 Ansgar Zerfass zerfass@uni-leipzig.de Evandro Samuel Oliveira evandro@gmail.com <p>Quais são as principais tendências no desenvolvimento do exercício da gestão de comunicação em Portugal? Qual a sua importância nas organizações e quais as questões mais relevantes? Partindo da análise dos resultados do European Communication Monitor 2013, o maior&nbsp;estudo mundial acerca do futuro da Comunicação Estratégica, apresentaremos neste trabalho: (1º) os primeiros resultados apurados para Portugal, com dados de caraterização individual; (2º) uma análise comparativa entre os resultados de Portugal e os dados relativos a&nbsp;outros países europeus; e (3) uma tentativa de mapear, enquadrar e interpretar &nbsp;aprofundadamente os mesmos resultados, num esforço de reflexão e enriquecimento teórico.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15661 Marca da cidade sede transmite boa imagem? “Natal 2014 - Cidade Sede da Copa do Mundo da FIFA” 2023-04-20T10:35:31+01:00 Ronaldo Mendes Neves roneves@ufrnet.br José Zilmar Alves Costa josezilmar@uol.com.br <p>Ensaio que envolve o método de configuração de imagem para identificar e classificar os atributos da marca da cidade sede no contexto de um evento internacional. A comunicação de marcas compreende atividades mercadológicas e institucionais direcionadas aos vários&nbsp;públicos de interesse com a intenção de criar ou fortalecer a imagem dos produtos e serviços das organizações. O evento faz parte do composto promocional e se configura para a cidade contemporânea como condição essencial na identificação dos valores, tradições e da imagem&nbsp;institucional. A partir do termo indutor, “Natal 2014 - cidade sede da copa do mundo da FIFA”, utiliza-se o método de configuração de imagem (Schuler, 2000 e De Toni, 2009) para realizar um levantamento dos atributos por meio de entrevista estruturada por escrito com amostra não probabilística constituída por alunos de pós-graduação em comunicação residentes na cidade sede. Dessa maneira, foi realizado um pré-teste e os resultados indicam atributos que se agrupam nos níveis sensorial, emocional, racional e simbólico. Contudo, é um estudo exploratório sobre o método que pretende traçar um panorama das imagens da marca da cidade sede até a realização do evento em 2014. Por fim, o método de configuração de imagem proporciona uma visão holística sobre as imagens que a marca transmite e revela ser muito útil para o reconhecimento dos atributos percebidos pelo público.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15664 O papel do Desporto na Sociedade: uma oportunidade para as Relações Públicas? 2023-04-20T10:35:29+01:00 César Neto sbidm-proa@ua.pt <p>O presente artigo assenta na ideia de que o jogo, nomeadamente o desporto, desempenha um papel relevante na sociedade vigente. Baseado em revisão de literatura de várias áreas científicas, pretende analisar-se a relação entre desporto e sociedade. Toda esta análise&nbsp;tem como objetivo perceber se o desporto, devido ao seu papel na sociedade, pode ser uma mais-valia para a comunicação das organizações. O jogo e os seus princípios marcam profundamente os tipos de sociedade, como também são influenciados pela sociedade. Nem todos os jogos têm um papel civilizador, mas a verdade é que continuam a ter uma grande&nbsp;importância na sociedade (cf. Callois, [1958] 1990). O jogo é de imensa importância para o jogador, mas também para os espectadores, que o vivem tão ou mais intensamente do que o jogador. Isto é visível principalmente nos jogos que implicam aplicação, conhecimento, habilidade, coragem e força, onde a tensão sentida pelo jogador se transmite para o &nbsp;espectador (cf. Huizinga, [1938] 2003). Um exemplo deste tipo de jogo é o Desporto. O Desporto envolve uma maior tensão devido ao elemento Agôn e à presença constante do desejo de vitória. Quando se compete, compete-se «por», «em» e «com» alguma coisa,&nbsp;facto que afeta os atletas, mas também os espectadores (cf. Huizinga, [1938] 2003).&nbsp;Vivemos numa sociedade onde cada vez mais pessoas utilizam uma parte considerável do seu tempo de lazer a participar ou a assistir a confrontos desportivos, onde cada vez mais pessoas sentem “prazer, quer como atores ou espectadores, em provas físicas e confrontos de tensões&nbsp;entre indivíduos ou equipas, e na excitação criada por estas competições” (Elias, [1985] 1992: 40). Para além disso, o facto de os atletas serem vistos como heróis, adquire grande &nbsp;importância na sociedade moderna. As funções míticas dos desempenhos desportivos são a base [ou pelo menos fortalecem] da força de atração do desporto para os atletas e o seu&nbsp;fascínio para os espectadores. Este carácter mítico atribuído aos desportistas e aos &nbsp;desempenhos desportivos faz com que o Desporto exerça uma grande influência<br> social. O Desporto é visto como uma visão moderna das lutas dramáticas e os atletas são vistos como heróis, com os quais os espectadores se identificam (cf. Barthes in Lenk, 1990). Percebe-se assim o potencial comunicativo do Desporto. O desempenho mais elevado conseguido apresenta um fascínio e uma provação para todos, é algo apelativo e que representa a superação e a corporificação do desejo de eternidade e de deixar uma marca. Entende-se que, tendo em conta a relevância social, política e cultural do Desporto, este pode desempenhar&nbsp;um importante papel nas estratégias de Relações Públicas. Nesse sentido, este artigo abre então portas para que os académicos e profissionais de Relações Públicas reflitam&nbsp;sobre o papel e a importância que o Desporto pode ter nas estratégias de Relações Públicas das organizações.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15667 A Intranet como veículo dinamizador de comunicação interna e participação activa dos colaboradores nas organizações. Estudo de Caso: a Intranet da Danone Portugal 2023-04-20T10:35:28+01:00 Nuno Goulart Brandão nunogbrandao@inp.pt Sofia Estrela Duarte sofiaestreladuarte@gmail.com <p>As tecnologias de informação e comunicação aplicadas à comunicação interna das organizações conferem originalidade e rapidez no acto de comunicação, proporcionando novos métodos e práticas indutoras de participação activa e interacção de comunicação em rede entre os seus diferentes colaboradores. O desenvolvimento da Intranet é um exemplo claro para a dinâmica interna que se espera mais participativa nas organizações, como um decisivo factor para a geração de inovação, conhecimento e espírito de pertença dos&nbsp;seus colaboradores, potenciando e reforçando um clima organizacional positivo e propício ao cumprimento dos objectivos empresariais e seu crescimento sustentado e para a sua cultura e identidade organizacional (Elias e Mascaray, 2003; Aloy et al., 2005; Maurício, 2006;&nbsp;Pinho, 2003; Nestares, 2002; Almeida, 2003; Riel, 1995). O presente estudo centra-se, precisamente, na avaliação dos processos de comunicação interna e monotorização&nbsp;da Intranet da Danone Portugal, empresa que faz parte da multinacional Grupo Danone que tem como conceito central na sua actividade, o saber aliar “o negócio com as pessoas”, sendo considerada desde 2004, pela Revista Exame, como a melhor empresa em Portugal no sector&nbsp;Agro-industrial e classificada como a 16ª melhor empresa para trabalhar em Portugal segundo o Great Place to Work Institute. Pretendeu-se, deste modo, realizar um estudo onde se apurasse o contributo da sua comunicação interna em rede, Intranet, como veículo de participação e envolvimento dos seus colaboradores. Como principais conclusões a que se chegou nesta investigação podemos destacar que se validou a 1 ª hipótese em estudo. No entanto, quanto à 2 ª hipótese, esta só se pode considerar como parcialmente validada,&nbsp;em virtude dos inquiridos entenderem que a Intranet, ainda não lhes permite um nível elevado de participação e interacção, solicitando uma nova fase de aprofundamento das suas potencialidades.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15670 A Comunicação Digital e os seus desafios para as Relações Públicas 2023-04-20T10:35:26+01:00 Ana Rita Botelho Roque anritaroque@gmail.com Nuno da Silva Jorge njorge@escs.ipl.pt <p>O impacto social da revolução proporcionada pela internet traz enormes desafios à prática das Relações Públicas. As modificações que ocorrem todos os dias na esfera social, política e económica têm um impacto direto sobre o dia-a-dia do profissional de Comunicação,&nbsp;que necessita de compreender e dominar a dinâmica das Redes Sociais e as ferramentas desta nova realidade. Esta é, de facto, uma questão central para a construção de relações, não só através da comunicação mediada pela tecnologia, mas toda aquela que, direta ou indiretamente, é por ela impactada. Este artigo apresenta uma reflexão sobre a nova realidade&nbsp;a que as Relações Públicas têm de se adaptar e sobre a função que os seus profissionais desempenham nesta realidade de comunicação bidirecional. Vamos analisar os desafios e as novas dinâmicas que fazem parte do dia-a-dia dos profissionais de Comunicação. Numa fase seguinte a importância, cada vez mais crescente e inevitável, do online na estratégia das Relações Públicas. Apresentaremos ainda os aspetos táticos relevantes para implementar boas práticas online de Relações Públicas e as enormes potencialidades que oferecem à &nbsp;comunicação como um todo.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15673 Os novos Social Media e a Comunicação de Crise 2023-04-20T10:35:25+01:00 Lúcia de Fátima Viveiros Carvalho Silva luciadefatima@sapo.pt <p>Com a proliferação dos novos media a comunicação de crise tornou-se mais importante que nunca. Estes podem ajudar ou prejudicar as organizações dependendo da maneira como são usados, no entanto uma monitorização e controle constante dos mesmos, proporcionam um&nbsp;controle da imagem e reputação da organização. Actualmente, as organizações não podem excluir o recurso aos novos sociais media como uma ferramenta fundamental nas comunicações das empresas com os seus clientes, isto porque estes estão a tornar-se no&nbsp;canal preferido para a disseminação de informação e comunicação. Vivemos num mundo globalizado, onde as informações adquiridas modificam atitudes e comportamentos, as redes sociais transformaram a forma como as pessoas e as empresas comunicam entre si, pois&nbsp;permitem a partilha de informação em tempo real, com pessoas fisicamente distantes, provocaram uma mudança na forma e na velocidade de acesso à informação e ao&nbsp;conhecimento, assim como a interacção entre as pessoas. O problema lida com a relação entre as organizações e os seus públicos, num contexto de mediação através do computador, logo a utilização dos novos media como uma nova forma de diálogo entre as organizações&nbsp;e os stakeholders, permitindo o escrutínio imediato das organizações por parte dos seus públicos (ativo e interveniente), que poderão originar consequências numa situação de crise, colocando em risco a reputação e até a própria organização. Com a participação dos novos media, as empresas podem ter de alterar ou modificar a abordagem de decisões&nbsp;tomadas, de modo a prevenir potenciais situações de crise ou em caso de crise que tem como origem os novos media, tomarem medidas adequadas, minimizando os danos em termos de imagem. Na comunicação de crise, existe a necessidade de melhorar a eficiência da utilização dos novos media sociais no sentido de ampliar o conteúdo informacional, aproveitando os recursos disponibilizados pela ferramenta, de modo a reduzir erros, na actualização do&nbsp;conteúdo com o intuito de melhorar a sua eficácia para os diversos públicos para os quais está destinado.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15676 A Web como espaço de comunicação institucional museológica: estudo de caso dos websites dos museus do IBRAM 2023-04-20T10:35:23+01:00 Melina de Souza Mota melina.mota@gmail.com <p>Este artigo apresenta uma pesquisa teórico-empírica sobre comunicação institucional na Web, mais especificamente sobre as práticas de comunicação institucional em websites. Para analisar as práticas de comunicação institucional presentes nesta ambiência, foram eleitos os&nbsp;websites dos museus do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) que os possuem. Os principais resultados deste estudo de caso exploratório e quantitativo-qualitativo demonstram que estas instituições, em seus websites, em geral, divulgam sus conteúdos através de mídias estáticas&nbsp;e se comunicam com seus públicos mediante práticas de comunicação institucional que variam em grau de diversidade e em nível de profundidade.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15679 A Responsabilidade Social das Empresas (RSE) como ferramenta de Relações Públicas 2023-04-20T10:35:22+01:00 Laura Rua Silva laurarslv@gmail.com <p>O século XX trouxe inúmeros avanços e inovações em vários campos. Um dos mais notáveis&nbsp;foi, possivelmente, a Internet, que mudou o Mundo de forma indelével, aproximando pessoas e nações de forma nunca antes vista. Graças à Internet a informação propaga-se quase à velocidade da luz, e a notícia passa a ser transmitida ao microsegundo em vez de diariamente.&nbsp;Um rumor ou informação que seja publicado na Internet ou nas redes sociais pode auxiliar ou destruir a reputação de uma empresa, reputação esta que demorou anos ou décadas a construir. Dada a rapidez do tráfego de informação, torna-se imperativo que os novos profissionais estejam a par das últimas inovações e tecnologias nas áreas da comunicação. Muitas empresas usam o Google +, o Facebook ou o LinkedIn como ferramenta de relações&nbsp;públicas para melhorar a sua presença junto do público aumentar a sua competitividade com outras empresas. É também necessário que estes profissionais as saibam usar de forma proficiente. Só assim poderão tirar o melhor partido possível das novas ferramentas&nbsp;que têm ao seu alcance, usando-as para o benefício da empresa e também para que possam gerir de forma eficiente a forma como a empresa se apresenta ao público e também minimizar mais facilmente danos resultantes de uma crise. Adicionalmente, o novo milénio trouxe&nbsp;também novas preocupações e objetivos para empresários e&nbsp; administradores. Se outrora a função dos últimos era maximizar o lucro a todo o custo, hoje em dia assiste-se à ascensão da Responsabilidade Social das Empresas (RSE) que se coaduna com os conceitos de&nbsp;comércio justo e ética empresarial. Este paper pretende, portanto, analisar não só o impacto da RSE na reputação das empresas, mas também o papel que esta e a ética desempenham no&nbsp;estabelecimento da reputação de uma organização e na forma como estas afetam a perceção da empresa por parte do público. Vão ser também apresentados exemplos práticos de empresas que usaram a Ética e RSE a seu favor bem como de empresas que viram a sua&nbsp;reputação destruída por não terem antecipado o efeito e a influência que estes fatores teriam no seu volume de negócios.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15682 A comunicação entre quem representa e quem é representado: a falta de regulamentação do Lobbying em Portugal 2023-04-20T10:35:20+01:00 João Simão jsimao@escs.ipl.pt Mafalda Eiró-Gomes agomes@escs.ipl.pt <p>Pretende-se discutir neste artigo a importância da regulamentação da actividade de Lobbying em Portugal. A actividade de Lobbying permite uma melhor apresentação e esclarecimento sobre questões mais complicadas da vida social, trazendo informação pertinente e argumentos válidos para a discussão política e para a procura daquilo que é o interesse público. O Lobbying é, acima de tudo, uma importante ferramenta competitiva num conflito de interesses, sendo que quanto mais transparente e regulado mais são será o sistema democrático. Observar esta actividade enquanto expressão de um interesse permite-nos perceber que uma estratégia de Lobbying é fulcral na influência de políticas públicas, pois o seu principal objectivo é &nbsp;exactamente influenciar proactivamente os agentes políticos. Estando regulado nos países anglo-saxónicos, na União Europeia, e ainda noutros países de diferentes continentes, importa pois perceber a importância que a regulamentação do Lobbying traria a Portugal e as vantagens que a democracia portuguesa poderia beneficiar. Este é essencialmente um estudo exploratório, onde também é utilizada metodologia quantitativa (inquéritos por questionário a agências de comunicação.) e qualitativa (entrevistas a profissionais da área). Através do estudo efectuado conclui-se que a regulamentação actividade de Lobbying é um assunto que não é pacífico junto dos profissionais do sector da Comunicação, apesar de ser perceptível a sua existência (mesmo não regulamentada) e ser uma actividade necessária para o bom &nbsp;funcionamento da Democracia.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15688 Os quatro paradigmas da Comunicação Estratégica e o Ensino em Portugal 2023-04-20T10:33:30+01:00 Evandro Samuel Oliveira evandro@gmail.com Teresa Ruão truao@ics.uminho.pt <p>A área da Comunicação Estratégica tem crescido nos últimos anos, dando origem a diversos programas de formação em instituições do ensino superior Portuguesas, incluindo mestrados e programas doutorais. Esta crescente importância científica do campo, que integra o estudo da comunicação como uma prática social em contextos estratégicos e organizacionais, conduziu&nbsp;também à adoção de diferentes tradições de investigação. Mas como podemos conhecer a história da Comunicação Estratégica em Portugal e identificar os enquadramentos teóricos de referência desta área de estudo? Ora, foi esta questão que desencadeou a nossa investigação que pretende, assim: (1º) refletir sobre o estado da arte deste campo de estudo; (2º) criar a base para uma reflexão sistemática e orientadora de diferentes paradigmas de investigação no âmbito da Comunicação Estratégica; bem como, (3º) identificar a presença das tradições de&nbsp;investigação no ensino superior em Portugal.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15691 O princípio CCO – Comunicação Constitui a Organização: abordagens dedutiva, indutiva e combinada na questão constitucional 2023-04-20T10:33:29+01:00 Evandro Samuel Oliveira evandro@gmail.com Isabel Henninger Isabel_henninger@gmx.de <p>A suposição de que as organizações são desenvolvidas através de processos de comunicação, coloca a comunicação como elemento fundamental na constituição das organizações. Impõe-se, neste contexto, uma reflexão sobre as seguintes questões: Como é que se processa a&nbsp;constituição das organizações através da comunicação? Como é possível algo tão volátil e diversificado como a comunicação, criar um agente central na sociedade? Que eventos comunicativos resultantes da interacção individual proporcionam a formação integral de uma&nbsp;organização (scaling-up)? Em que condições é que isso acontece? Depois de introduzir e apresentar os pressupostos básicos da perspectiva CCO e as suas principais escolas de pensamento, assim como as reflexões das ligações da perspectiva CCO com a teoria dos sistemas de Luhmann, será feita uma análise e comparação das mesmas com o objectivo de destacar aspectos-chave da questão constitucional, nomeadamente através da&nbsp;análise da presença de abordagens indutiva, dedutiva ou combinada.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15692 Relações públicas/ Comunicação Institucional/ Comunicação Corporativa: três designações para uma mesma realidade? 2023-04-20T10:33:27+01:00 Mafalda Eiró-Gomes agomes@escs.ipl.pt Tatiana Nunes sbidm-proa@ua.pt <p>Pretende-se com este artigo, a partir de uma revisão da literatura e das práticas profissionais,&nbsp;discutir a validade e pertinência das designações “Relações Públicas”, “Comunicação Institucional” e “Comunicação Corporativa”. De forma transversal a diferentes contextos linguísticos, a falta de consenso conceptual sobre realidades disciplinares e profissionais&nbsp;semelhantes, implica perdas significativas do ponto de vista do reconhecimento público dos investigadores e profissionais das áreas envolvidas. Defendemos o conceito de Relações Públicas como uma disciplina autónoma e como uma profissão com uma função&nbsp;estratégica a desempenhar, que não se deixa subsumir no conceito de Comunicação Institucional, este sim que poderá ser entendido na língua portuguesa como sendo&nbsp;idêntico ao de Comunicação Corporativa.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15693 A Comunicação da Liderança: estudo de caso numa empresa brasileira de Engenharia Consultiva 2023-04-20T10:33:26+01:00 Cibelli Pinheiro de Almeida cibelli.almeida@gmail.com <p>Ao longo dos anos, os métodos e formas de comunicar e administrar pessoas inseridas nas organizações são modificadas e adaptadas para as novas necessidades que surgem todos os dias. As organizações não mais se limitam às suas bases tradicionais e começam a observar as transformações que ocorrem no ambiente. Nesta trajetória evolutiva as pessoas passam a ser o diferencial nas organizações. Começa, então, a se falar na humanização do ambiente de trabalho e na comunicação como fator humanizador destas relações. Contudo, percebe-se ainda que existe uma realidade paradoxal. Ao mesmo tempo que as condições de trabalho avançam para um maior incentivo e envolvimento do trabalhador, os princípios voltados para autonomia, cooperação e valorização do trabalhador não condizem com a conduta diária das organizações (Oliveira &amp; Paula, 2008: 13). O que ocorre muitas vezes é uma comunicação baseada nos modelos tradicionais (taylorista) em contraposição aos modelos considerados ideais (relações humanas). O modelo clássico tradicional segue rigorosamente a estrutura hierárquica da organização, é fundamentada no detentor do poder e seus prepostos. Seu enfoque é na transmissão da mensagem, consiste em apenas informar sobre fatos e acontecimentos, possui objetivos meramente operacionais e caracteriza-se como uma comunicação fria, impessoal e incompleta (França &amp; Leite, 2007: 25). Já na concepção relacional, a comunicação flui em todos os sentidos, é clara, transparente e compartilhada. É&nbsp;realizada de forma coordenada, integrada e participativa, seu enfoque é no entendimento, na compreensão do significado da mensagem e no relacionamento entre as pessoas. Caracteriza-se por ser uma comunicação mais pessoal, baseada no diálogo e na confiança mútua (Almeida, 2003: 51-52). Nessa perspectiva e considerando tanto os fluxos informacionais como relacionais, analisaremos neste estudo a comunicação dos gestores de uma organização&nbsp;brasileira de engenharia consultiva. Como ponto de partida teremos a seguinte questão: como se caracteriza o processo de comunicação da liderança da empresa? Além da fundamentação teórica e revisão bibliográfica, esta investigação inclui a aplicação de um questionário&nbsp;aos colaboradores da empresa, visando compreender a comunicação entre gestores e subordinados. De acordo com uma amostra pré-definida e representativa, pesquisamos 504 colaboradores dos níveis estratégico, tático, operacional e de apoio, localizados na sede,&nbsp;escritórios regionais e nos contratos da empresa em estudo. No questionário realizamos perguntas voltadas para o aspecto informacional e relacional. Após análise dos resultados foi possível observar que a Comunicação da Liderança, de uma forma geral, é considerada boa&nbsp;pelos seus liderados, no sentido relacional, tida como integrada e participativa. No que se refere ao fluxo informacional, apesar da maioria dos colaboradores receberem do gestor informações necessárias para realização do trabalho, mais da metade deles não recebem&nbsp;feedback sistemático do gestor sobre sua performance. Percebe-se assim, a ausência de interatividade na comunicação da liderança, pelo fato do gestor não manter os colaboradores informados sobre o seu desempenho. Nossa intenção com esta pesquisa é compreender melhor o processo comunicativo dos líderes organizacionais e contribuir para os estudos e práticas de gestão da comunicação nas organizações.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15694 A Comunicação Organizacional no âmbito da metodologia 360º/ Feedback 360º 2023-04-20T10:33:24+01:00 Rita Andreia Monteiro Mourão rita_andreia_mourao@iscte.pt Sandra Lopes Miranda sbidm-proa@ua.pt <p>A comunicação organizacional tem vindo a assumir relevância no seio organizacional, pois a&nbsp;globalização e a crescente competitividade dos mercados de trabalho levam a um contacto mais permanente entre os colaboradores (Miller, 2011). Contudo, quando aplicada erradamente (i.e., falhas comunicativas) poderá envolver a partilha de sentimentos negativos entre os colaboradores (Proctor &amp; Doukakis, 2003). Tais falhas comunicativas tendem a ocorrer em organizações com uma estrutura hierárquica fortemente marcada, devido&nbsp;a uma menor partilha de poder entre os diferentes atores organizacionais (e.g. alguns atores organizacionais tendem a inibir-se no que concerne à comunicação que estabelecem com outros hierarquicamente superiores a si) (Felts, 1992). Nesse contexto, surge a necessidade&nbsp;da realização de um estudo sobre a comunicação organizacional, no âmbito de uma metodologia de avaliação de desempenho específica, designada por metodologia 360º/feedback 360º. Isto porque a metodologia em causa diferencia-se da avaliação de&nbsp;desempenho tradicional por considerar a perspetiva avaliativa de vários atores organizacionais (e.g. Brutus &amp; Gorriti, 2005). O presente artigo visa uma abordagem às temáticas da metodologia 360º e da comunicação organizacional, com o intuito de realizar uma revisão teórica dos temas em questão.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15695 Competências comunicacionais e interculturais: ferramentas essenciais para as Organizações e para o Gestor global 2023-04-20T10:33:22+01:00 Susana de Salazar Casanova susana.casanova@europeia.pt Sandra Miranda smiranda@escs.ipl.pt <p>Com a globalização, com o acelerado desenvolvimento da tecnologia, a par da acentuada crise económica que se vive na Europa, constituiu-se como uma alternativa, cada vez mais premente, às empresas negociarem noutros países, com pessoas de culturas distintas. Os gestores, para além de enfrentarem os desafios de uma negociação internacional – com todas&nbsp;as dificuldades que lhe são inerentes – precisam de desenvolver aptidões comunicacionais interculturais para negociarem em mercados globalizados. Trata-se de saber articular as habilidades de gestão com este tipo de competências comunicacionais, uma vez que estas&nbsp;determinam o sucesso de uma transação internacional. Nesta comunicação demonstrar-se-á a importância das competências de gestão intercultural no perfil do novo gestor global, bem como os seus benefícios, comprovando que estas valências são determinantes para o desempenho da atividade profissional e organizacional.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15696 Relações Públicas: história de vida dos seus profissionais 2023-04-20T10:33:20+01:00 Rosangela Generali roswattt@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo descrever o método de história de vida, bem como a história de vida através da oralidade como importantes métodos a serem utilizados nas investigações em Relações Públicas. O método de história de vida é parte da abordagem biográfica, apresentando os conceitos-chave que fazem parte dos métodos e pontos de partida para uma investigação com o profissional de Relações Públicas decorrentes da aplicação dos métodos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15697 Tomada de decisão: um conceito fundador na função de Relações Públicas 2023-04-20T10:33:19+01:00 Ana Luísa Raposo araposo@escs.ipl.pt <p>As Relações Públicas (RP) são neste artigo compreendidas enquanto uma função estratégica com um papel relevante ao nível da mediação da interdependência entre a organização e os seus públicos, que tendo por base um conjunto de processos de tomada de decisão&nbsp;caracterizados pelo diálogo e pela cooperação, procuram a concretização de efeitos a nível dos comportamentos, numa perspetiva de longo prazo. Os profissionais de RP realizam a gestão da comunicação da organização intervindo num conjunto de áreas distintas e específicas, que sendo coerentes entre si, exigem que seja realizado o desenho de caminhos estratégicos, tendo em vista a concretização de objetivos previamente determinados. Com o intuito de conferir credibilidade à execução da formulação estratégica, recorre-se a metodologias científicas, nomeadamente, ao processo de RP em quatro etapas. O referido instrumento é habitual e recorrentemente utilizado para suportar a definição de caminhos estratégicos em RP, aproximando-se este dos modelos que entendem a formulação estratégica enquanto um&nbsp;momento de planeamento. Partindo de uma revisão da referida metodologia à luz dos conceitos e abordagens sobre a tomada de decisão, apresenta-se um novo modo de compreensão da formulação estratégica em Relações Públicas, assumindo o desenho de estratégias de comunicação como um momento de tomada de decisão por excelência.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15698 Da integração à legitimação: valores e públicos em Relações Públicas 2023-04-20T10:33:17+01:00 Nuno da Silva Jorge njorge@escs.ipl.pt João Simão jsimao@escs.ipl.pt <p>Este artigo posiciona as Relações Públicas como uma actividade política da organização, que assume uma função estratégica de legitimação organizacional, não podendo ser reduzida uma ferramenta auxiliar de outras disciplinas. Partindo desta noção de função de legitimação, propomos uma nova tipologia de públicos, focada na relação do indivíduo com aquilo que pode ser designado como o centro da organização – o conjunto de valores que a define. Esta framework pretende ultrapassar algumas das limitações inerentes às caracterizações sócio-demográficas, apresentando uma nova forma de entender a relação da organização com&nbsp;os seus públicos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15699 Relações Públicas e Género: estudo sobre expectativas dos estudantes de Comunicação Organizacional relativas ao futuro profissional 2023-04-20T10:33:16+01:00 Rosa Maria Sobreira rsobreira@esec.pt Cláudia Andrade mcandrade@esec.pt <p>A presença feminina no campo profissional das relações públicas tem originado estudos que procuram analisar as implicações desse predomínio para as práticas profissionais, para o estatuto profissional e para as próprias organizações (Broom, 1982; Broom &amp; Dozier,&nbsp;1986; Creedon, 1991; Grunig et al, 2000; Toth, 2001; Aldory &amp; Toth, 2001; Dozier et al, 2013). Os estudantes de comunicação organizacional preparam-se para serem a próxima geração de profissionais de relações públicas. Nesse sentido, importa conhecer as suas expectativas&nbsp;sobre as relações entre a igualdade de género na profissão de relações públicas e na carreira profissional e as suas repercussões no respectivo domínio. Assim, o presente estudo, efetuado junto de 131 de estudantes comunicação organizacional, pretendeu analisar, de forma exploratória, as expectativas relativas à igualdade de género no exercício da profissão de relações públicas. Os resultados evidenciam que, de um modo geral, os estudantes apresentam expectativas positivas em relação à existência de igualdade de género na profissão. No entanto, verificou-se, também, que os estudantes e as estudantes diferem no que diz respeito às expectativas de igualdade entre géneros relativamente aos salários, à&nbsp;importância dada ao apoio para a conciliação trabalho/família e às competências para o exercício da atividade. Os resultados serão analisados e discutidos no quadro da&nbsp;formação dos futuros profissionais das relações públicas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15700 Retórica da vida: discursos sobre a Eutanásia 2023-04-20T10:33:14+01:00 Inês Ribeiro Santos ines.nrcsantos@gmail.com <p>O artigo mostra de que forma a noção de “vida” surge como ponto central na discussão sobre a eutanásia. Entende-se por eutanásia, em sentido lato, a decisão de antecipar a morte de um ser humano, seja ela feita directamente por um médico ou realizada pelo paciente&nbsp;ainda que sob instruções médicas. Considerando a noção de “facto argumentativo”&nbsp;utilizada na escola da nova retórica, e analisando a obra de Ronald Dworkin, filósofo político norte-americano, “Domínio da Vida – aborto, eutanásia e liberdades individuais” o artigo demonstra como a noção de “santidade e dignidade da vida humana” surge como&nbsp;facto argumentativo na discussão sobre a eutanásia, ou assim parece ser. Num exercício de análise e explicitação dos argumentos utilizados em discursos sobre esta temática, percebe-se&nbsp;que, tanto de um lado como de outro, sejam a favor ou contra a legalização desta prática, ambas as matrizes têm por base o mesmo ponto de partida: a dignidade da vida humana.&nbsp;Tendo em conta as noções de “valores” e “preferências”, entendemos que a noção de “vida” adquire vários sentidos e é com eles que se constroem a linha de pensamento perceptíveis nos discursos realizados ao longo dos anos não só sobre a eutanásia mas sobre vários assuntos como o aborto ou outras “liberdades individuais”. Aquando a análise, é possível concluir que&nbsp;se põe em causa o valor intrínseco da vida humana, tal como o seu valor “inviolável”.&nbsp;Não havendo uma definição concreta e explícita de “vida humana” é impossível partir para a discussão pois ambos os lados têm diferentes opiniões do que é necessário para dignificar um ser humano e a sua vida. Na discussão está então em causa como se define vida e não se a eutanásia é moral e politicamente correcta ou não. O que se coloca em questão é se a consciência, autonomia e capacidades dos seres humanos, a sua qualidade de vida e as suas escolhas são ou não um factor decisivo para valorizar e exaltar a vida humana de maneira a que se possa tomar decisões desta amplitude sobre a mesma.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15701 A Internet como meio de persuasão política 2023-04-20T10:33:12+01:00 Rosália Rodrigues rosaliagaspar@hotmail.com <p>A aldeia global de Marshall Macluhan expandiu-se no ciberespaço. O aparecimento dos novos media, digitais, nomeadamente a Internet possibilitaram novas formas de persuasão política.&nbsp;Com a expansão da Internet, os profissionais das novas “indústrias persuasivas” encontraram uma oportunidade para divulgar a mensagem política, através de um meio de comunicação massiva, contudo mais personalizado que os tradicionais meios massivos, algo que a transforma num meio de comunicação completamente inovador. As investigações feitas no campo da comunicação tentam tornar a Comunicação Política cada vez mais eficaz, de modo a diminuir o possível ruído existente, tornando os processos&nbsp; comunicacionais mais direccionados perante os diferentes grupos que constituem os vários públicos, cada vez mais diversificados e pluralistas. Aqui entra o desempenho das Agências de Comunicação, Assessoria, profissionais<br> de Relações Públicas e publicistas. “Os operadores das “Indústrias da Persuasão”, como designa António Fidalgo referindo-se à persuasão exercida pelos especialistas que&nbsp;trabalham em empresas de comunicação, que têm como objectivo “vender” um produto ou ideia. Deste modo, segundo o preceito de que “o meio é a mensagem”, as características dos meios determinam muitas vezes o significado que é atribuído a uma mensagem e a eficácia do processo comunicativo, levando, ou não, à concretização do efeito desejado pela fonte de informação. Através das conclusões de uma análise aos sites partidários das campanhas eleitorais das legislativas dev2009, do PS (partido Socialista) e do PSD (Partido<br> Social Democrata) vamos averiguar como é que um site partidário se comporta como ferramenta (meio) de persuasão política.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15702 El discurso retórico en la portada del libro tradicional y digital: un mecanismo de persuasión en la Comunicación Visual 2023-04-20T10:33:11+01:00 Leire Fernández Iñurritegui leire.fernandez@ehu.es Eduardo Herrera Fernández sbidm-proa@ua.pt María Pérez Mena sbidm-proa@ua.pt <p>Uno de los espacios que definen y estructuran el Diseño Gráfico en su función de comunicación visual es la producción editorial, que desarrolla diversos productos&nbsp;entre los cuales debe destacarse el libro. Es evidente que en nuestra sociedad, y en nuestro mercado, hoy sería imposible denominar como libro a ese produto editorial sin una “puerta” (portada) que le proteja del exterior y que también, de otra manera, seduzca para acceder a su interior. Esa puerta mágica, que transforma un manuscrito en libro, ha sido construida desde sus inicios recurriendo a la imagen como un mecanismo privilegiado de persuasión. Sobre este aspecto, ya desde la antigüedad clásica, se hablaba del arte y la técnica de persuadir a través de un uso particular del lenguaje, es decir, utilizando imágenes mentales (imagos). En efecto,&nbsp;un arte y una técnica para influir, convencer o agradar, a la que se denominó “retórica”.&nbsp;En la evolución de la cultura y comunicación humana encontramos la presencia constante de la persuasión y la imagen, propiciándose que el sentido de la palabra retórica pueda ampliarse a otros tipos de lenguaje, como el visual. Esto permite que podamos hablar de una retórica de la imagen. La relación de la imagen con el lenguaje oral se basa en la necesidad de interrelación de su dimensión visible con la inteligible; y al igual que su contrapartida hablada, la &nbsp;comunicación visual tiene sus propias estrategias, o figuras retóricas. Desde estos presupuestos, y a partir del análisis de diversas portadas de libros, se propone una clasificación&nbsp;específica de figuras retóricas que se significan en el terreno del medio gráfico, en general, y en el soporte exterior del libro, en particular. La aplicación de una metodología taxonómica, a través de las diferentes variantes discursivas de carácter retórico, permite evidenciar y concluir la pervivencia del modelo retórico como mecanismo de construcción discursiva. En unos momentos en que todo parece estar tecnológicamente mediatizado, y que produce evidentes&nbsp;alteraciones negativas en los medios y modos de hacer, ver y comprender, esta comunicación se presenta como un momento para un análisis sobre la comunicación gráfica actual, que ayude a comprender una parte significativa de los procesos creativos en torno al Diseño Gráfico. Por otra parte, ante la imparable revolución del libro digital en el panorama &nbsp;tradicional del proceso de lectura, se propone una reflexión sobre la función que puede tener&nbsp;la dimensión gráfica de una portada en el nuevo espácio digital del libro. Los nuevos sistemas de edición digital están obligando a la apertura de un nuevo paradigma para el diseñador gráfico, abriéndose oportunidades ante la imparable y fascinante evolución que el medio digital de lectura propone.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15703 Representações de Portugal na dramaturgia brasileira: um estudo de caso 2023-04-20T10:33:09+01:00 Jorge Palinhos sbidm-proa@ua.pt <p>Em 2012, um protocolo entre o Centro de Dramaturgia Contemporânea de São Paulo e o Teatro Académico Gil Vicente, de Coimbra deu origem a um intercâmbio no qual um grupo de dramaturgos brasileiros esteve em residência de criação em Portugal, escrevendo peças curtas que abordavam as relações entre os dois países. No conjunto das peças produzidas surgiram<br> uma série de referências recorrentes a propósito de um conjunto de gestos que traduzem, segundo este olhar brasileiro, o próprio conceito de portugalidade. Na minha comunicação proponho analisar esses textos e detetar os gestos, aspirações e receios que traduzem em relação ao legado português do Brasil.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15704 A cidade na/da Internet: reflexões urbanas em ambientes de Comunicação Digital 2023-04-20T10:33:08+01:00 Juliana Batista dos Reis jubtr@yahoo.com.br <p>O trabalho reflete sobre as relações urbanas no contexto da cibercultura, a partir da aproximação com grupos virtuais juvenis construídos em função de um pertencimento&nbsp;territorial. No amplo espaço de convivência da web, os ditos universos público e privado são (re)modelados, permutados, (re)construídos. O ambiente online entendido como esfera pública pode ser percebido como um palco em que dramas privados são encenados,&nbsp;expostos e publicamente assistidos (Bauman, 2001, p.83). Prontamente, alcançamos experiências no ‘público ciberespaço’ modeladas por questões coletivas e individuais que se relacionam a determinados grupos, territórios e/ou vivências pessoais. Mesmo por isso, faz-se&nbsp;necessário discernir que a internet não se configura como “não-lugar”, conceituação de Marc Augé para definir espaços que se caracterizam pela ausência de aspectos identitários, históricos e relacionais (1994, p.73). O texto problematiza o alcance da web para a presença e a (re)construção de territórios da cidade, por exemplo, através de bairros, ruas e variados lugares que norteiam a existência de comunidades virtuais, mapas e vistas panorâmicas digitais. Nesse sentido, as redes de comunicação moldam a vida e são moldadas por elas (Castells, 2007). Portanto, o artigo busca refletir sobre as desigualdades na cidade também no âmbito da comunicação digital. Em que medida o universo online “reflete” as diferentes construções das relações e dimensões simbólicas entre centro(s) e periferia(s)? Os ambientes de comunicação digital se configuram como espaço invisível de territorialidades onde há apagamento de distâncias geográficas e ou sociais? É possível pensar na ideia de uma periferia na Internet ou periferia da Internet? A proposta consiste em apresentar uma pesquisa etnográfica, realizada em contexto on e offline que tem como recorte uma região periférica da cidade de Belo Horizonte/Brasil, o Aglomerado da Serra. Com isso, é possível problematizar a construção de dimensões simbólicas desse território na internet e conjeturar em que medida essa referência espacial e de socialização marca as vivências de jovens na web. Ao adentrar para o universo do ciberespaço e dos ambientes de socialização online, são apresentados fóruns de discussão, grupos, redes sociais digitais e plataformas que fazem menção ao Aglomerado. Em muitos desses espaços, os jovens participantes da pesquisa estão presentes. Contudo, o ciberespaço, da mesma forma que o espaço social, longe de ser um contínuo homogêneo, é territorializado e fragmentado em diferentes espaços simbólicos,<br> constituídos e operacionalizados pelas práticas de sociabilidade que ocorrem em seu interior.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15706 Relações.com: antigas e novas instituições no processo da constituição identitária dos jovens contemporâneos 2023-04-20T10:33:06+01:00 Cirlene Cristina de Sousa sbidm-proa@ua.pt <p>Viver é uma atividade humana que se processa sempre em mútua afetação entre a sociedade e os seus indivíduos. Nestas afetações vão se encaixando especificidades de lugares, de tempos e de produções materiais e simbólicas. Tal processo é também constituidor de relações aproximativas e/ou distanciadas entre antigas e novas instituições e os indivíduos. Neste artigo, buscamos compreender como se processam as intersecções entre as interações juvenis – conformadas na ambiência de uma nova instituição social, a mídia – e as instituições&nbsp;tradicionais como família e escola. Para tanto, analisamos o site de rede social Facebook de duas jovens brasileiras estudantes do Ensino Médio.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15707 Da precarização laboral à precarização mediática: a invisibilidade do desemprego nos discursos do Correio da Manhã e do Público 2023-04-20T10:33:04+01:00 Bruno Carriço dos Reis reysbr@ual.pt João Carlos Sousa joao.sousa@labcom.ubi.com <p>A actual crise internacional, que deriva do colapso subprime de 2006, gerou um efeito económico recessivo à escala global. Os impactos sociais que derivam desta conjuntura assumem-se cada vez mais como estruturais, de tal forma que se percebe uma profunda reconfiguração das dimensões políticas, económicas e sociais nas denominadas sociedades de bem-estar. No contexto português, o reflexo maior destas transformações corporizam um empobrecimento generalizado, que se espelha na propagação epidémica do desemprego,&nbsp;em particular o juvenil que alastra sem cessar. Face a este cenário, importa perceber como a imprensa diária constrói a cobertura mediática deste fenómeno social total e em que termos propõe o debate na esfera pública. Para a concretização do objectivo enunciado efectuaremos;&nbsp;a) uma análise de conteúdo, apurando frequências e temáticas acerca do desemprego (juvenil) e b) um estudo discursivo, acerca de como os media apresentam e representam os (jovens) desempregados. Para o efeito, iremos contemplar o intervalo temporal 2009-2012 em dois jornais diários portugueses; no Correio da Manhã, por ser actualmente o impresso com maior tiragem diária, e no jornal Público, que se caracteriza por ser um título de referência no espaço mediático português.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15708 Media, Política e Justiça: perspetivas de atores privilegiados 2023-04-20T10:33:03+01:00 Ana Moreira abgmoreira@gmail.com <p>Nos últimos anos tem havido uma intensificação do debate em torno do exercício dos cargos políticos. Todavia, essa exposição não tem tido correspondência direta no trabalho legislativo quer de combate à corrupção, quer de criminalização do comportamento do político, em geral. Observa-se, aliás, uma certa permanência de vazios legislativos acerca do tipo de comportamentos potencialmente lesivos dos políticos, no exercício da sua atividade quotidiana, enquanto representantes da população eleitora. Além disso, a política é um eixo fundamental da narrativa do tempo presente, um tempo de crise, um tempo de interrogações&nbsp;diversas, inclusive sobre a própria sustentabilidade e futuro da democracia. Os media desempenham, neste contexto, um papel muito próprio e central na construção e na desconstrução da política, muitas vezes distanciando-se dela, outras vezes propondo a sua própria reconfiguração. Nesta apresentação, procuramos mostrar, mais especificamente, qual é e de que forma se manifesta o papel dos media (e da justiça) na formulação de uma&nbsp;imagem de político, nomeadamente no que se refere à idoneidade e à vocação para a política, tal como enunciado por Max Weber. Empiricamente a comunicação sustenta-se na apresentação e discussão dos resultados obtidos no âmbito de uma investigação em curso que incide sobre a análise de conteúdo e de discurso de um corpus de materiais selecionados a partir de imprensa escrita, assim como da legislação diretamente relacionada com a&nbsp;regulação do comportamento do político, no exercício de cargos públicos.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15709 Tecnologias e pessoas mais velhas: as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação nas relações sociais de seniores em Portugal 2023-04-20T10:33:01+01:00 Celiana Azevedo celianaazevedo@hotmail.com <p>Duas tendências têm afetado a sociedade portuguesa: a evolução e difusão das tecnologias de informação e comunicação - TIC - e o envelhecimento da população, ou seja, a “sociedade de informação” está a envelhecer (Bernard &amp; Phillips, 2000). Assim, esta pesquisa analisa a&nbsp;importância do uso das novas tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente o computador, a internet e o telemóvel nas relações sociais em um grupo de pessoas&nbsp;mais velhas em Portugal. Como metodologia, utilizamos grupos de foco e trabalhamos com seniores com idades entre 61 e 93 anos, que viviam na região de Lisboa. A partir deste trabalho, podemos afirmar que a apropriação e uso do telemóvel, do computador e da internet podem influenciar positivamente as relações sociais de pessoas mais velhas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15710 Do que vale o que se diz: o boato como categoria classificatória 2023-04-20T10:33:00+01:00 Rui Simões rsimoes@escs.ipl.pt <p>O conceito de boato tem sido abordado, amiúde, sob dois conjuntos de perspectivas predominantes: o primeiro, centrado nos seus conteúdos e origens, discutindo-se ora&nbsp;a verdade ou falsidade da matéria tratada, ora a razão mítica ou arquetípica mais profunda, ora a natureza das angústias e ansiedades que alimentam a sua reprodução; o segundo discute o processo, analisando as etapas e percursos de retransmissão, o trajecto de saturação do&nbsp;meio, a latitude das suas transformações e a racionalidade mecânica da redução e &nbsp;estabilização das suas versões. Menos frequente, uma terceira leitura procura dar, ainda, conta dos usos sociais e culturais do boato como estratégias de avaliação, nas comunidades, do impacte da informação emergente induzida. O presente trabalho visa interrogar algumas destas abordagens, a persistência do conceito e, como proposta de leitura, revisitar o seu uso,&nbsp;ambivalente, como forma de classificação, reflectido-se nesta a diversidade de poderes e interesses dos contextos em que circula.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15711 Celebridades nas Redes Sociais: diário da vida pública e/ou privada? 2023-04-20T10:32:58+01:00 Ana Santiago ana.santiago.lopes@gmail.com <p>Não há dúvida que a celebridade está presente nas redes sociais, mas será que os conteúdos publicados formam um diário da sua vida pública e/ou privada? Para responder a essa questão, a presente investigação reflete sobre o fenómeno da celebridade no mundo contemporâneo, na esfera mediática e no ciberespaço, e analisa conteúdos publicados nas redes sociais por um conjunto de celebridades portuguesas.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15712 Os novos Media como mediadores e potenciadores de relações intergeracionais 2023-04-20T10:32:57+01:00 Ana Melro anamelro@ua.pt Lídia Oliveira lidia@ua.pt <p>Quer o nascimento dos indivíduos tenha ocorrido na altura do surgimento da televisão, do computador ou do telemóvel, todos eles representam um papel diferente nas suas atividades quotidianas, percecionados como imprescindíveis na medida em que são considerados&nbsp;como necessários para manter contacto com os pares ou familiares, como forma de entretenimento, para trabalhar ou estudar, etc. A utilização dos novos media ocorre de forma transversal aos contextos e tempos sociais, mas também às relações, quer sejam as estabelecidas entre indivíduos pertencentes à mesma geração ou a gerações diferentes. É sobre estas em particular que se debruça o interesse desta comunicação. Pretende-se refletir sobre a mediação e até a potenciação que os media elaboram para a e na ocorrência&nbsp;das relações intergeracionais, mais concretamente, as relações familiares entre pais, filhos e avós, residentes em meio rural. Com esse objetivo, analisam-se os inquéritos por questionário aplicados no território rural português (Continente e Ilhas) no ano de 2012, no âmbito da tese&nbsp;de doutoramento “Gerações de ecrã em meio rural”, desenvolvida na Universidade de Aveiro e na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15713 A Comunicação na paramodernidade: do global ao singular, o híbrido 2023-04-20T10:32:55+01:00 Fernando Peixoto fernandopeixoto1@gmail.com <p>A comunicação constitui, hoje, um agente fundamental para as sociedades evoluídas, para além de se perceber tratar-se de um fenómeno multidisciplinar, complexo, muito por força da conjugação de um binómio, distinto embora interdependente, que lhe serve de etiologia: capitalismo e tecnologia. Parece-me claro que os media se constituem agora como um poderoso sistema maquínico, não apenas complexo mas também inebriante, entorpecente e&nbsp;mobilizador no que respeita à produção de afectos. Daí ser meu propósito interrogar qual o papel do Homem na contemporaneidade, tanto na sua relação com os media como com a tecnologia, percebendo desde logo que vivemos numa sociedade consumista, acelerada,&nbsp;estetizada e sob um permanente manto diáfano de sombras que tende eventualmente a esgotar-nos em emoção. Assim se justifica a perspetiva segundo a qual a nossa preocupação não recai sobre o presente mas antes sobre a vivência em si, isto é, sem tempo definido, sem&nbsp;território, sem ideologia. Agora, numa era híbrida e com uma cultura própria assente em dicotomias várias que convivem sob uma aparência harmoniosa, experienciamos uma época&nbsp;de certo modo peculiar onde, a meu ver, parecemos habitar numa ambiência difusa, conjugando a inovação com a hibridez num complexo fluxo de interatividades que nos esbate a fronteira entre real e virtual, entre natureza e simulacro, entre humano e inumano, no que&nbsp;me atrevo aqui qualificar como «paramodernidade».</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/15714 Teoria situacional do Discurso baseada em Valores 2023-04-20T10:32:54+01:00 César Neto sbidm-proa@ua.pt Nuno da Silva Jorge sbidm-proa@ua.pt <p>Vivemos num mundo cada vez mais heterogéneo, onde os riscos de conflitos culturais são eminentes. O mundo está em mudança e pessoas de diversas culturas, formas de estar e mentalidades partilham o mesmo espaço (cf. Ravazzani, 2006). Apesar de existir &nbsp;homogeneidade ao nível de alguns valores de referência transacionais, existe também uma maior noção da existência da diversidade de valores. É essencial que os Profissionais de Comunicação compreendam os valores dos seus stakeholders, de forma a alinharem, estrategicamente, a comunicação das organizações. De um ponto de vista social, os valores&nbsp;assumem um papel fundamental nas relações humanas e, do nosso ponto de vista, a sua compreensão, essencial para uma comunicação eficaz, apenas é possível quando&nbsp;conhecemos e percebemos a base desses sistemas de valores, os quais determinam as atitudes e ações dos seres humanos em relação a determinado assunto ou objeto.<br> Os resultados preliminares da nossa pesquisa sobre os valores, revelaram que estes podem assumir uma tipologia de Absolutos ou Relativos, podendo apresentar diferentes posições na arena de significados onde a compreensão se desenvolve. Estas diferentes posições podem originar quatro tipos diferentes de conflito – paz, turbulência, ofensivo e defensivo –, sendo que a estratégia de comunicação de uma organização deve ter o tipo de conflito em conta.<br> Neste sentido, este artigo apresenta uma tipologia de atuação estratégica que, compreendendo as estruturas valorativas que se desenvolvem em sociedade, permite&nbsp;aos Profissionais de Comunicação compreender cada tipo de conflito e atuar sobre ele. O nosso trabalho apresenta um quadro conceptual que fornece indicações sobre como atuar em cada tipo de conflito, abrindo caminho para aquilo que apelidamos de Teoria Situacional do&nbsp;Discurso baseada em Valores. Construído com base numa conceção sociológica sobre a noção de Valores, ao modelo é aplicado a noção de Valores Perelmaniana, sendo que na interseção das duas podemos construir as linhas estratégicas a adotar de forma a lidar com cada<br> tipo de conflito. Este artigo tem implicações para o estudo Sociológico da Comunicação, uma vez que fornece orientações sobre como as organizações podem comunicar estrategicamente&nbsp;na Arena de Significados, onde os Valores assumem diferentes tipos de conflitos, com o intuito de estarem tão perto quanto possível de uma conceção universal dos mesmos. Tem ainda implicações no mundo académico, uma vez que explora a importância dos Valores na&nbsp;compreensão social do mundo por parte das organizações e na sua orientação estratégica.</p> 2013-01-01T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement##