https://proa.ua.pt/index.php/id/issue/feedIndagatio Didactica2025-01-23T15:38:36+00:00Isabel Cabritaicabrita@ua.ptOpen Journal Systems<p>A <a title="Hiperligação para o website da Revista Indagatio Didactica" href="https://proa.ua.pt/index.php/id" target="_blank" rel="noopener">Revista Indagatio Didactica</a> constitui-se num espaço editorial da responsabilidade do <a title="Hiperligação para o website do CIDTFF" href="https://www.ua.pt/pt/cidtff" target="_blank" rel="noopener">Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores</a> (CIDTFF/UA), estando, portanto, alinhada com a missão deste Centro – “produzir conhecimento capaz de contribuir para a formação de cidadãos capazes e críticos e para a criação de um mundo melhor” (CIDTFF, 2020).</p> <p>A <strong>investigação em educação</strong>, de cariz <strong>teórico</strong> ou <strong>empírico</strong>, desenvolvida fundamentalmente por académicos, nacionais e internacionais, é usada e transformada para promover práticas profissionais de inovação em contextos educativos diversificados. Trata-se de uma revista <strong><em>online</em></strong>, de âmbito <strong>internacional</strong>, dirigida principalmente a investigadores, embora com interesse para decisores políticos, professores, formadores e outros, que pretende proporcionar situações de comunicação entre os autores dos textos e a generalidade da comunidade educativa. Visa o desenvolvimento do espírito de indagação e ação críticas, pela descoberta de relações entre o conhecimento criado pelo autor do texto e o conhecimento dos leitores sobre as realidades com que convivem e em que atuam.</p> <p>A <em>Indagatio Didactica</em> estrutura-se em <strong>quatro secções</strong>, consoante o foco da investigação desenvolvida, que devem ser lidas como um todo coerente e não de forma atomizada:</p> <ul> <li class="show">Desenvolvimento Curricular e Didática; </li> <li class="show">Tecnologias (Digitais) em Educação;</li> <li class="show">Políticas e Avaliação em Educação; </li> <li class="show">Supervisão em Educação</li> </ul> <p> </p> <p>Ref. Bibl.: CIDTFF. (2020, 7 de julho). <em>CIDTFF</em>. Universidade de Aveiro. <a href="https://www.ua.pt/pt/cidtff">https://www.ua.pt/pt/cidtff</a></p> <p>Indexada em: <a href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf">CAPES/QUALIS</a>, classificação A3 (avaliação Qualis 2017-2020) | <a href="https://www.rcaap.pt/repositoryInfo.jsp?id=id" target="_blank" rel="noopener">RCAAP</a> (Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal) | <a href="https://v2.sherpa.ac.uk/id/publication/21349" target="_blank" rel="noopener">Sherpa Romeo</a> <em> |</em> <em><a href="https://doaj.org/toc/1647-3582?source=%7B%22query%22%3A%7B%22filtered%22%3A%7B%22filter%22%3A%7B%22bool%22%3A%7B%22must%22%3A%5B%7B%22terms%22%3A%7B%22index.issn.exact%22%3A%5B%221647-3582%22%5D%7D%7D%5D%7D%7D%2C%22query%22%3A%7B%22match_all%22%3A%7B%7D%7D%7D%7D%2C%22size%22%3A100%2C%22sort%22%3A%5B%7B%22created_date%22%3A%7B%22order%22%3A%22desc%22%7D%7D%5D%2C%22_source%22%3A%7B%7D%7D" target="_blank" rel="noopener">DOAJ</a> | <a href="https://scholar.google.com/citations?hl=en&user=zrt1YTcAAAAJ" target="_blank" rel="noopener">Google Scholar</a></em></p>https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/38957Editorial do n.º normal de dezembro da Revista Online Indagatio Didactica2025-01-23T15:38:31+00:00Filomena Martinsfmartins@ua.ptMargarida M. Marquesmarg.marq@ua.ptGabriela Portugalgabriela.portugal@ua.ptIsabel Cabritaicabrita@ua.pt<p>A fechar o ano de 2024, este número regular da Revista Indagatio Didactica oferece à leitura um total de treze artigos distribuídos pelas quatro secções da revista. À exceção da secção Supervisão em Educação, com um artigo publicado, cada uma das restantes secções integra, de forma equilibrada, um total de quatro textos, de autores portugueses, brasileiros e um autor angolano.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37657¡Buen camino! - investigação em didática: percursos formativos e memórias de futuro2025-01-23T15:38:32+00:00Luis Dantasluisdantas@ua.ptAngela Deyva Gomes da Silvaangeladeyva@ua.ptMalunguila Bunga Mbucomalunguila@ua.pt<p>Este trabalho tem como objetivo conhecer o percurso formativo de estudantes do Programa Doutoral em Educação (PDE) da Universidade de Aveiro, com ênfase no processo de construção dos conhecimentos em Didática, durante a experiência doutoral. Pretende-se analisar como esses conhecimentos influenciam o desenvolvimento de suas investigações, considerando os contextos em que estão inseridos e a relevância dessa disciplina em suas trajetórias acadêmicas e profissionais. Ademais, busca-se explorar as perspectivas dos estudantes sobre os contributos de suas investigações para a sociedade e refletir sobre os potenciais impactos futuros de seus trabalhos, destacando o papel da Didática nesse processo. Para tanto, utilizou-se uma metodologia de natureza qualitativa dentro de um paradigma interpretativo, por meio da análise de conteúdo do corpus. A recolha de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas a sete estudantes do segundo ano do PDE. Os resultados obtidos confirmam a centralidade das dimensões da Didática no percurso formativo dos entrevistados, com destaque recorrente para o tríptico de Alarcão (2020a). Além disso, as “memórias de futuro” emergiram como um espaço de projeção das expectativas dos estudantes, com ênfase significativa na dimensão política, traduzida na aspiração por intervenções transformadoras na sociedade e na promoção de uma educação inclusiva e crítica.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37534#Revoganovoensinomedio: sintaxes espaciais sobre a (não) reforma do ensino médio brasileiro2025-01-23T15:38:35+00:00Murilo Eduardo dos Santos Nazárioprof.murilonazario@gmail.comCaio Cesar Portugalcaio.c.portugal@gmail.com<p>Quais as sintaxes espaciais vinculadas em torno da #revogaensinomedio nas redes sociais Instagram e X? Objetiva-se compreender como essas redes sociais contribuem para ampliar o debate sobre o lugar da reforma do ensino médio iniciada pela lei 13415/17. O referencial teórico ancora-se em subsídios da Cibercultura propostos por Pierre Levy (2010), Robert Kozinets (2014) e no que tange o Ensino Médio optou-se por contribuições críticas de Acacia Kuenzer (2000) e de Juarez Dayrrel (2011) no que se refere aos projetos de vida e escolarização nessa etapa. A metodologia utilizada estrutura-se em uma Netnografia, ou seja, etnografia virtual. Os resultados indicam que as redes sociais têm colaborado para manter acesa a discussão em torno dessa etapa de ensino, sinalizam principalmente sintaxes de insatisfação política.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37630Integração da Etnomatemática no ensino da geometria: elementos culturais e benefícios2025-01-23T15:38:33+00:00Carla Isabel Gomes Sácarlasa10@ua.ptMarisa Maiamamm@ua.pt<p>A Etnomatemática desafia a visão tradicional da matemática, interligando-a com a cultura e reconhecendo-a como uma construção cultural que considera as práticas, valores e necessidades de diferentes grupos sociais. <br>Este estudo explora a Etnomatemática como uma abordagem inovadora e transformadora passível de ser integrada no ensino da geometria no Ensino Básico.<br>Assim, esta revisão narrativa de literatura tem como objetivos: (i) identificar elementos alusivos ao contexto cultural que podem ser integrados no ensino da geometria, através da Etnomatemática; e (ii) elencar os benefícios da integração da Etnomatemática no ensino da geometria. <br>Foram selecionados 11 estudos através das bases de dados ERIC, b-on, e RCAAP, tendo em consideração os critérios de inclusão: (i) revistas académicas, relatórios e dissertações/teses; (ii) data de publicação – estudos publicados nos últimos 12 anos; (iii) disponibilidade – texto integral; e (iv) assunto – etnomatemática e geometria.<br>Este estudo identifica vários elementos culturais com potencialidade de serem incorporados no ensino da geometria, tais como desenhos Sona, azulejos, rendas de bilro, cestaria, entre outros. O estudo aponta a Etnomatemática como um caminho propício para uma educação que respeita e valoriza a diversidade cultural e promove uma melhoria do processo de ensino e aprendizagem da matemática.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37552Processo criativo de adaptação de um livro-álbum para teatro: uma sessão de escrita com estudantes de Educação2025-01-23T15:38:35+00:00Maria João Macáriomjoaobm@gmail.com<p>A literatura para a infância abre-se para mundos (possíveis/prováveis) cuja vivência por adultos e crianças resulta da relação dialógica entre autor, leitor e texto(s). A expressividade única do palco requer um cuidadoso processo criativo na adaptação para teatro dessas obras.<br>As oficinas de escrita são espaços criativos privilegiados com desafios aos participantes, estimulando a sua criatividade e desenvolvendo as suas competências de análise, reflexão e produção (autêntica) de diferentes textos e modelos de género textual, neste caso, literários e destinados à infância.<br>É neste contexto que surge uma proposta de oficina livre de escrita criativa para estudantes de Educação no Ensino Superior, dinamizada por um docente da área da Educação em Português. A partir da análise de um livro-álbum infantil, pretendia-se que os estudantes criassem individualmente uma cena para teatro, focando-se numa personagem, e integrando uma dramaturgia de um projeto ainda em desenvolvimento. Para isso, analisou-se colaborativamente a obra de partida e a estrutura da dramaturgia do projeto, a que seriam acrescentadas outras cenas criadas pelos participantes. O processo anterior à redação e o momento de revisão foram partilhados entre os participantes. <br>Procurando refletir sobre o desenvolvimento da sessão, perseguiram-se os seguintes objetivos: i) analisar as produções dos participantes no estudo e ii) refletir sobre as potencialidades de sessões de escrita para teatro. Procedeu-se a uma análise de conteúdo, tendo-se percebido que o sensível trabalho de produção escrita criativa dos participantes, a partir das atividades colaborativas desenvolvidas na sessão, é revelador das imensas possibilidades que a adaptação deste (como doutros) livro-álbum nos traz.<br>A partir desta experiência didática, apresentamos uma proposta de conceção e implementação de uma sessão de escrita criativa.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37489Formação de Professores para a Criação de Cenários de Aprendizagem e Implementação da Avaliação entre Pares2025-01-23T15:38:36+00:00Vera Cunha Monteirovera.monteiro@sapo.ptAlda PereiraAlda.Pereira@uab.pt<p>Este artigo apresenta e analisa os resultados de um estudo exploratório realizado junto dos professores que frequentaram uma ação de formação sobre cenários de aprendizagem ativa, procurando compreender os ganhos e constrangimentos que aqueles identificaram relativamente a (1) confiança para implementarem situações mais dinâmicas de aprendizagem com os alunos, e (2) implementação de estratégias sustentáveis de avaliação formativa baseadas no feedback construtivo entre pares. Os dados foram recolhidos através de questionário online e analisados qualitativa e quantitativamente. A análise revela claramente o impacto positivo da formação no desenvolvimento da confiança dos professores para criar cenários de aprendizagem ativa e implementar a avaliação formativa entre pares, evidenciando o papel crucial das ferramentas digitais usadas nesse progresso. Por outro lado, a intenção de implementar os cenários abordados não parece estar associada a fatores como idade, experiência profissional, experiência prévia com cenários ou avaliação entre pares, revelando-se alguma cautela e ceticismo quanto à implementação eficaz dessas metodologias em sala de aula. As perceções dos participantes sugerem a influência de outros aspetos relacionados com os seus contextos profissionais.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37561Aplicação da Sequência Fedathi e Realidade Aumentada no Ensino de Sólidos Geométricos para a Formação de Professores2025-01-23T15:38:35+00:00Paulo Vitor da Silva Santiagopaulovitor.paulocds@gmail.comLara Ronise de Negreiros Pinto Scipiãolarascipiao@gmail.comMaria José Costa dos Santosmazzesantos@ufc.br<p>O presente artigo objetiva descrever a experiência de ensino de sólidos geométricos utilizando o aplicativo Sólidos RA e a metodologia Sequência Fedathi com professores de Matemática e Pedagogia. A aula foi realizada em uma disciplina de doutorado, com foco na integração de tecnologias digitais para promover um ensino interativo e prático. A pesquisa, de natureza qualitativa e de abordagem relato de experiência, destacou a eficácia da metodologia Fedathi em promover a postura investigativa e autônoma dos participantes. Os resultados indicaram que o uso da Realidade Aumentada facilitou a compreensão dos conceitos geométricos e aumentou o engajamento dos pós-graduandos, ao promover uma aprendizagem mais visual e interativa. Os participantes relataram desafios relacionados à adaptação tecnológica e ao uso de aplicativos, mas reconheceram o potencial dessas ferramentas para transformar o ensino da matemática do Ensino Fundamental. Conclui-se que a integração da tecnologia e da metodologia Fedathi pode contribuir significativamente para a formação de professores, proporcionando experiências inovadoras e colaborativas.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37636Ensinar e aprender com Tecnologias Digitais em um estado do Nordeste do Brasil: antes, durante e após a Pandemia2025-01-23T15:38:33+00:00Maria do Socorro Souzamssouza@edu.ulisboa.ptNeuza Pedronspedro@ie.ulisboa.pt<p>Embora a incorporação das Tecnologias Digitais no ensino e na aprendizagem tenha avançado consideravelmente nos últimos anos, foi devido à pandemia da Covid-19, em 2020, que elas se tornaram a principal, se não única, opção para a continuidade da educação escolar, com o fechamento das escolas por todo o mundo e a adoção do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Este artigo pretende relatar parte de uma investigação multimétodo realizada com 75 gestores, 237 professores e 1.812 estudantes das escolas de ensino médio do Rio Grande do Norte – Brasil – acerca das suas perceções sobre as mudanças em suas práticas escolares referentes ao uso das Tecnologias Digitais durante e após a pandemia. Os dados quantitativos e qualitativos foram recolhidos em 2022, via questionários online e entrevistas e analisados, respetivamente, por meio da Análise Estatística e Temática. Segundo os resultados, no início da pandemia, boa parte dos gestores, professores e estudantes se sentiam despreparados para migrarem para o ERE, devido à falta de formação, de acesso aos recursos digitais, maior desafio enfrentado no período, e de conhecimento para manuseá-los. Várias foram as tecnologias utilizadas, com destaque para smartphones, notebook, AVA, grupos de mensagens (aplicativos de mensagem instantânea) e de Webconferência, principalmente, para comunicar, enviar e receber conteúdos. Nesse sentido, os estudantes apresentaram uma utilização inferior aos gestores e professores devido à falta de acesso aos recursos digitais. Houve aumento quanto ao uso de recursos digitais nas práticas escolares durante e após a pandemia, verificando-se, ainda, continuidade no uso de alguns dos recursos agregados durante a pandemia, o que aponta para práticas de ensino e aprendizagem mais colaborativas, engajadoras e interativas.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37666Incorporação da realidade aumentada em processos de aprendizagem ativa: desafios e olhares de professores estagiários2025-01-23T15:38:32+00:00Vânia Graçavaniaadias14@gmail.comPaula Quadros-Florespaulaqflores@ese.ipp.pt<p>A Realidade Aumentada (RA) promove a interação do mundo físico com o digital pela ação do interlocutor, pelo que pode ser potenciadora de uma aprendizagem ativa. O presente artigo está integrado no Projeto IFITIC “Inovar com TIC na Formação Inicial docente para promover a renovação metodológica na Educação Pré-escolar e no 1.º e 2.º CEB” e envolveu estudantes em situação de estágio em mestrados de ensino. Tem como objetivo geral perceber os contributos da incorporação de recursos da RA no contexto de metodologias ativas, no 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), focando-se no design pedagógico da integração da ferramenta e no seu impacto na participação, motivação, resultados (saberes e competências), através da análise de quatro narrativas reflexivas dos professores estagiários. Trata-se de um estudo realizado numa turma de 1.º ano e duas de 3.º anos de escolaridade, de dois agrupamentos de escolas do distrito do Porto. Recorreu-se à metodologia qualitativa, mais especificamente à análise de conteúdo das narrativas reflexivas. Verificou-se que a integração da ferramenta na prática educativa desafiou os professores estagiários no domínio técnico e pedagógico, aumentou a participação da criança na construção da sua aprendizagem, a sua motivação e atenção, além de que fomentou o desenvolvimento de capacidades de literacia digital e outras competências para a formação do cidadão de amanhã.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/35968As “pegadas avaliativas” de projetos de educação em ciências envolvendo cooperação: revisão da literatura (2000-2022)2025-01-23T15:38:36+00:00Helena Isabel Caçadorhelena.cacador@ua.ptBetina Silva Lopesblopes@ua.ptRafael Galuparafael.galupa@cartascomciencia.orgOlga † Santosolga.santos@ipleiria.ptMariana R. P. Alvesmariana.alves@cartascomciencia.org<p>As agendas internacionais para o desenvolvimento têm definido vários objetivos ao longo das últimas duas décadas, incluindo uma “educação de qualidade” e o estabelecimento de parcerias que potencializam o alcance desse objetivo. Apesar da educação científica ser parte integrante de uma educação de qualidade, o impacte de projetos nestas áreas permanece pouco estudado; é, pois, indispensável considerar a avaliação enquanto área científica capaz de promover práticas metodológicas com vista à contribuição para a melhoria dos processos e alcance efetivo dos objetivos. Neste trabalho, almejou-se definir a “pegada avaliativa” de projetos de educação em ciências (PEC) que envolvessem processos de cooperação. A identificação da literatura respetiva realizou-se através de uma revisão da literatura por ‘clusterização’ assente em cinco micro clusters: três referentes aos eixos teóricos (avaliação, cooperação e educação em ciências) e dois relativos ao contexto (nível e tipo de ensino). Obteve-se um corpus final de nove artigos. Atendendo ao objetivo da investigação, a identificação da “pegada avaliativa” assenta na análise dos seguintes pontos: (i) objetivos de avaliação de cada PEC, (ii) identificação de um modelo/abordagem de avaliação (incluindo opções metodológicas), assim como (iii) respetivos papéis dos diferentes atores (pessoas/organizações). Partindo desta caracterização enquadra-se os processos de avaliação dos PEC implicados em três paradigmas (positivista, construtivista e socioconstrutivista). O panorama que emerge, além de uma escassez de estudos na interseção das áreas de interesse, é o de identificação de “pegadas” (por estudo e ponto de análise) com predominância numa perspetiva positivista. É ainda evidente a carência de sustento teórico. Estes resultados sugerem uma “não rentabilização” da avaliação enquanto área científica relevante, comprometendo o processo de alcance dos objetivos dos projetos.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37624O governo das escolas nos 50 anos de democracia portuguesa: uma análise diacrónica2025-01-23T15:38:34+00:00Marcia Honório Portella Pintomarciahpinto@ua.ptManuela Gonçalvesmanuelag@ua.pt<p>No ano em que Portugal celebra meio século da conquista da sua democracia política, as reflexões acerca desta temática, no contexto das organizações escolares, merecem destaque considerando o privilegiado espaço da escola, que pode e deve servir para o exercício de práticas democráticas. Neste artigo, pretende-se examinar diacronicamente o quadro político-normativo da administração e gestão das escolas públicas portuguesas a partir de 1974, caracterizando o contexto com que se defronta a gestão democrática das escolas nos dias que correm. A análise desenvolvida permite compreender que a escola parece estar cada vez mais heterónoma, contrariando o discurso de autonomia que vem sendo apregoado desde há algum tempo e constantemente reforçado na legislação criada ao longo das últimas décadas para regular a gestão e administração das organizações escolares. No atual governo da escola, a colegialidade veio a ser substituída por uma governação de caráter unipessoal, que assume os pressupostos da Nova Gestão Pública, servindo para dar respostas às solicitações de eficiência e eficácia nos serviços públicos, enaltecendo a imagem do Diretor como gestor, reduzindo a complexidade e os desafios da escola a banais dificuldades de gestão e administração e, finalmente, deixando pouco espaço para democracia no seu interior.</p> <p> </p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37588Práticas de trabalho colaborativo nas equipas educativas – perspetivas dos professores envolvidos2025-01-23T15:38:34+00:00Sónia Pedrosoniampedro75@gmail.comMarta Abelhamarta.abelha@uab.pt<p>A escola tem procurado implementar novas dinâmicas de trabalho, impulsionada não só por normativos legais, mas também para encontrar respostas para os inúmeros desafios com que se depara. Assim, tem procurado reorganizar as suas dinâmicas de trabalho, tentando substituir um modelo tradicionalmente individualista por um modelo que assente em práticas de trabalho colaborativo (TC), como são disso exemplo as Equipas Educativas (EE) (Formosinho & Machado, 2009).<br>Após um inquérito por questionário, aplicado aos professores que integraram as EE e um inquérito por entrevista, aplicado aos coordenadores das EE, bem como pela análise de documentos estruturantes da escola, verificou-se que estas práticas resultam da realização de reuniões, que decorrem de acordo com o definido pela escola, onde são abordados essencialmente casos individuais de alunos e situações de indisciplina. São apontadas, como barreiras ao TC, a constituição da própria equipa ou as atitudes dos professores e, como facilitadores, a existência de um tempo previsto para as reuniões, a estabilidade do corpo docente e a relação entre professores. Na perceção dos professores, a colaboração docente nas EE é benéfica para alunos, professores e para a escola em geral. Contudo, há alterações que é necessário introduzir para melhorar a eficácia do TC, como uma maior flexibilidade nas reuniões e a promoção de um ambiente que incentive a participação ativa de todos os membros. Acresce a autonomia das EE, que deve ser ampliada para que possam adaptar as suas práticas às necessidades específicas de cada contexto escolar.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37621Competências de escrita manual e processamento sensorial em crianças dos 6 aos 7 anos e 11 meses2025-01-23T15:38:34+00:00Ana Sofia Sousa Oliveirasofias5@live.comHelena Silva Reishelenaisabelsilvareis@gmail.comClaúdia Sofia Góis Ribeiro Silva Reisclaudia.r.silva72@gmail.com<p>Neste estudo, investigou-se a relação entre o processamento sensorial e as competências de escrita manual em crianças de 6 a 7 anos e 11 meses, integradas no ensino regular. A amostra incluiu 191 crianças, avaliadas com o Questionário das Competências de Escrita Manual, desenvolvido e validado especificamente para este estudo, e a Sensory Processing Measure (SPM) – Forma Sala de Aula. Na etapa de construção do questionário, seguiu-se uma metodologia rigorosa que incluiu a validação de conteúdo e a análise fatorial exploratória, resultando numa versão final com 25 itens distribuídos por quatro dimensões: Formação de Letras, Visuomotor e Consciência Corporal, Omissão e Troca de Letras, e Postura. O questionário demonstrou excelente consistência interna, com valores de Alpha de Cronbach superiores a 0,80. Para avaliar a validade discriminativa por grupos conhecidos, foram realizadas comparações entre géneros e anos escolares. Os resultados indicaram que, no total, as crianças do 2º ano apresentaram um desempenho significativamente superior nas competências de escrita manual em comparação com as do 1º ano, especialmente nos fatores “Formação de letras, números e palavras” e “Omissão e troca de letras.” Em termos de género, o sexo feminino demonstrou um desempenho superior ao sexo masculino no total da escala, bem como nos fatores “Formação de letras, números e palavras” e “Postura.” Ao analisar as correlações entre o processamento sensorial e as competências de escrita manual, observou-se que melhores resultados na escrita estão associados a menos problemas nas dimensões sensoriais do SPM.<br>Este estudo evidencia o potencial interesse do Questionário das Competências de Escrita Manual para profissionais de várias áreas e destaca a importância da integração sensorial no desenvolvimento académico, sublinhando o papel relevante dos terapeutas ocupacionais neste contexto.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/37672Estágio em formação de formadores: contextos formativos para a reflexividade2025-01-23T15:38:31+00:00Walkíria de Jesus França Martinswalkiria.martins@ufma.br<p>O estágio na formação do pedagogo é um lugar propício à reflexão sobre a prática docente e o desenvolvimento da sua profissionalidade a partir das interações e diálogos que são promovidos entre: estudantes estagiários - docente orientadora - professores das escolas. A prática é tomada como eixo problematizador das aprendizagens a serem promovidas e assumidas sob o prisma da educação permanente, de modo a (re)construir e (re)significar a Educação. Desse modo, tem-se o objetivo de identificar o impacto do Estágio em Formação de Formadores nas aprendizagens dos estudantes e a sua relevância no fomento da competência reflexiva. O estudo é de natureza qualitativa e envolveu estudantes estagiários do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão. Os dados foram coletados por meio de um formulário de autoavaliação, durante o período de ensino remoto nos anos de 2021 a 2023. Os resultados informam que os estudantes desenvolveram a competência reflexiva a partir das atividades que realizaram e exigiram em especial: organização e autoconfiança. Conclui-se que o Estágio em Formação de Formadores é uma componente curricular potencializadora e articuladora dos conhecimentos produzidos na academia e por professores em campo, quer do ponto de vista da investigação, quer do ponto de vista da intervenção nos contextos de educação e formação na modalidade de ensino remoto.</p>2024-12-28T00:00:00+00:00##submission.copyrightStatement##