O poliedro da linguagem: as difrações imagéticas em «a pedra que não caiu»

  • Karina Marize Vitagliano Universidade Estadual Paulista - SJRP
Palavras-chave: Llansol, intersecção de gêneros, narratividade, textualidade, «cenas fulgor»

Resumo

A escrita de Maria Gabriela Llansol desestabiliza as estruturas fi xas dos gêneros literários, promovendo um intenso diálogo entre eles. No conto «A pedra que não caiu» (Os pregos na erva, 1962) identifi ca-se um enredo desprovido de ações em contraposição a uma estrutura que exalta os sons e explora as potencialidades do texto por meio das «cenas fulgor» (expressão da autora). Há, portanto, um deslocamento da narratividade para a textualidade que nos convida a encarar a pedra-palavra como um poliedro capaz de difratar inúmeras imagens.

Publicado
2007-01-01
Secção
Outros estudos