A dramatização do mínimo essencial do mito de Antígona em António Sérgio

  • Carlos Morais Universidade de Aveiro
Palavras-chave: António Sérgio, Antígona, Sófocles, Aristóteles, mínimo, alegoria, contestação política, Humberto Delgado, salazarismo

Resumo

Sempre com intuitos marcadamente políticos, António Sérgio recria várias vezes o mito de Antígona (1930, c. 1950, 1958), adequando-o ao objecto da sua contestação.
Na terceira e última versão, para se rebelar contra o regime autoritário do Estado Novo que, nas eleições presidenciais de 1958, fi zera eleger fraudulentamente o seu candidato, serve-se apenas do mínimo essencial do enredo trágico, que continha já a necessária e conveniente retórica de protesto e de liberdade.

Publicado
2007-01-01
Secção
Artigos