O Livro de Jó: um dos paradigmas de Mon Cas

  • Flavia Maria Corradin Universidade de São Paulo
Palavras-chave: teatro, cinema, adaptação, Jó, liberdade

Resumo

A peça de teatro O meu caso (1957), de José Régio, foi o mote para o filme Mon cas (1986), do realizador português Manoel de Oliveira. Partindo do argumento proposto pela peça regiana, Manoel de Oliveira engendra o argumento de seu filme acrescentando elementos colhidos em Pour en finir et autres foirades, de Samuel Beckett, texto publicado em inglês, pela Still English Publhisher, em 1970, e em francês pelas Éditions de Minuit, em 1975, e no Livro de Jó, inscrito no Antigo Testamento. Este estudo pretende passar uma vista d’olhos sobre os dois primeiros textos, isto é, a peça portuguesa e a narrativa beckettiana, para fixar-se no texto bíblico, de modo a buscar os percursos que levaram o encenador português a traçar um paralelo que obviamente tem sua gênese no conceito de sofrimento, entre os discursos arrolados.

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Referências

Beckett, S. (2001). Foirades II (Pour finir encore et autres foirades). Paris: Lês éditions de Minuit.

Bernardet, J. C. (1991). O que é cinema. São Paulo, SP: Editora Brasiliense.

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Junqueira, R. S. (2010). Manoel de Oliveira uma presença – estudos de literatura e cinema. São Paulo,
SP: Perspectiva.
Kothe, F. (1981). Literatura e sistemas intersemióticos. São Paulo, SP: Cortez/Autores associados. Lisboa, E. (1996). Morte e ressurreição no teatro de José Régio (Crónica dos anos da peste). Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.

Oliveira, M. de. (1986). Mon cas. 1h 30min, Comédia dramática, Direção: Manoel de Oliveira;
Roteiro Manoel de Oliveira, O Estado de S.Paulo. Caderno 2. 01/11/2004, p. D5.

Régio, J. O meu caso (Três peças em um acto). (1980). Porto: Brasília Editora.

Xavier, I. (1977). O discurso cinematográfico. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Publicado
2024-12-16