Figuras homéricas na literatura da Restauração
Resumo
O 1.º de Dezembro de 1640 viu nascer não só uma nova dinastia em Portugal mas também todo um manancial literário de apoio à nova monarquia portuguesa. Ao longo das três décadas de guerra que passaram desde a revolução até à Paz de Lisboa produziram-se em Portugal inúmeros documentos para consumo interno e externo: tratados jurídicos, relações de batalhas, gazetas, memoriais, mas também sermões e panegíricos, sempre com o objetivo de justificar jurídica e politicamente a restauração da monarquia portuguesa, mas também louvar o novo rei e seus descendentes. O nosso estudo foca um tipo particular de louvor e justificação: por um lado os tópicos panegíricos da emulação por parte de D. João IV dos heróis homéricos, concretamente de Aquiles; por outro lado a justificação da antiguidade do reino de Portugal, fundação e descendência dos mesmos heróis homéricos.
Referências
Azevedo, N. d. (1641). Relaçaõ de tudo o que passou na felice aclamaçaõ do mui alto, & mui poderoso Rey Dom Joaõ o IV nosso senhor. Lisboa: Lourenço de Anveres.
Invictissimo Regi Lusitaniae Joanni IV. Academia Conimbricensis libellum dicat in felicissima sua aclamatione. (1641). Coimbra.
Simões, A. (2013). Os Clássicos na literatura da Restauração: os Applausos da Universidade de Coimbra. In Paula Morão, Cristina Pimentel, A Literatura Clássica ou os Clássicos na Literatura: uma (re)visão da literatura portuguesa das origens à contemporaneidade (pp. 63-80). Lisboa: Campo da Comunicação.
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