Éfire. Uma ninfa rara n’ Os Lusíadas

Maria Mafalda Viana

doi:10.34624/fb.v0i18.30968

Maria Mafalda Viana

DOI: https://doi.org/10.34624/fb.v0i18.30968

Palavras-chave: Éfire, Leonardo, Épica, Amor, Homero, Ovídio

Resumo

Entre as outras ninfas, todas estereotipadas no seu modo de serem «mais industriosas que ligeiras», há uma que é diferente e à qual Camões chamou Éfire, o nome de uma ninfa da Antiguidade que é praticamente desconhecida. No entanto, esta ninfa tem um papel importante no episódio da Ilha Namorada e o significado que esta figura tem nele afecta o conjunto do poema Os Lusíadas. Julgo que esta ninfa pode ser interpretada como elemento importante de um discurso meta-poético que o poeta constrói no poema, onde propõe um novo épico, através dos antigos caminhos da épica grega e latina.

Referências

Silva, V. M. A. (1999). Labirintos e Fascínios. Lisboa: Cotovia.

Almeida, J. M. de (1957). Carta do Humanista Francesco Albertini ao Rei Venturoso. Humanitas, 1, 227-232.

Bloom, H. (1997). The Anxiety of Influence. A Theory of Poetry. Oxford: Oxford University Press.

Camões, L. (1972). Os Lusíadas (Leitura, Prefácio e Notas de Álvaro Júlio da Costa Pimpão). Lisboa: Instituto de Alta Cultura.

Ramalho, A. C. (1980). Estudos Camonianos. Coimbra: INIC.

Sousa, M. F. (1639). Lusiadas de Luis de Camoens comentadas por Manuel de Faria e Sousa. Tomo Quarto. Madrid: Juan Sanchez. [uso a cópia disponibilizada online pela BNP]

Lourenço, E. (2002). Poesia e Metafísica. Lisboa: Gradiva.

Moura, V. G. (2008). Polímnia. In A Morte no Retrovisor. Ficções e Quase Ficções (pp. 97-102). Lisboa: Quetzal.

Ovide (2001) Les Métamorphoses-Metamorphoseon (Ed. de Danièle Robert). Arles : Actes du Sud.

Sena, J. (1980). A Estrutura de «Os Lusíadas» e Outros Estudos Camonianos e de Poesia Peninsular do Século XVI. Lisboa: Edições 70.

Statius, P. P. (1928). John Henry Mozley (Vol. I). London: William Heinemann; New York: G. P. Putnam’s Sons.

Viana, M. M. (2015). Ulisses, Eneias e Vasco da Gama. Cidade Humanista a Ocidente. Revista Portuguesa de História do Livro, 35-36, 235-273.

Viana, M. M. (2016). A Ilha Namorada de Camões. Novíssimo lugar quasi utópico entre as paragens da Antiguidade greco-latina. Revista de História do Livro, 37-38, 171-210.

Viana, M. M. (2009). “Píndaro e Horácio face a face”, Espaços e Paisagens. Antiguidade Clássica e Heranças Contemporâneas (Vol. 1, pp. 131-137). Coimbra: APEC-CECH.