De Hesíodo a Jenofonte: la experiencia del matrimonio. Estereotipo, educación y política

  • María Cecilia Colombani Universidad de Morón; Universidad Nacional de Mar del Plata
Palavras-chave: Educação, Política, Alteridade, Estereótipo, Boa esposa

Resumo

O projeto do presente trabalho consiste em pensar antropológica e filosoficamente sobre as relações entre educação e política no que se refere à tarefa pedagógica de formar uma boa esposa, devido aos danos que uma má esposa pode representar, sobretudo pensando no modelo socio-simbólico incorporado em Pandora. Pandora, como uma punição estabelecida pelo pai de todos os homens e de todos os deuses, significa no mundo antigo uma forma de alteridade. É um exemplo de alteridade pelo seu comportamento indesejável e ameaçador, uma fonte de perigo, ao mesmo tempo que reflete com a sua presença a invulnerabilidade de Zeus, que a envia para sofrimento dos homens em resposta à insolência de Prometeu.
A nossa proposta de leitura foca-se no campo da tensão entre Identidade-Alteridade, para abordar certas figuras ou espaços do pensamento mítico que constituem a face do Mesmo e do Outro no mundo arcaico, com as ulteriores ressonâncias simbólicas que a própria tensão pressupõe na construção de estereótipos sociais da Grécia Clássica. Basta pensar na figura do genos das mulheres no quadro geral do universo mítico grego, como forma de polemizar a díade Identidade e Alteridade.
Portanto, o projeto consiste em relevar a proposta educativa do Económico, a partir do diálogo entre o marido e a esposa, de acordo com a própria conversa travada entre Iscómaco e Sócrates na obra de Xenofonte. Para isso, escolhemos certos passos em que a dimensão dialógica constitui uma parte fundamental do dispositivo educacional, que é ao mesmo tempo um dispositivo político, já que se trata de moldar subjetivamente o estereótipo da boa esposa.

Referências

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Publicado
2022-12-14