Contos contados ou o prazer performatívo do contar
Resumo
Francisco Rodrigues Lobo surge-nos, em Corte na aldeia, como o primeiro a tentar fixar um paradigma para a narrativa breve, nela fazendo aflorar, portanto, a noção de conto, ainda distante do género de ficção autónomo que hoje conhecemos sob a mesma designação.
Os séculos XVII e XVIII revelar-nos-iam o fulgor da arte de dizer histórias, testemunho provável de uma sociedade que se compraz na conversação, esta e aquela recriadas também nos diálogos do Lereno. Esse prazer do contar põe a descoberto uma textualidade narrativa que assoma, sobretudo, em obras de carácter eminentemente doutrinal.
Cremos tratar-se de uma etapa incontornável quando se pensa o conto iusófiano em termos diacrónicos.
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