El ciclo troyano en el teatro del exilio español
Resumo
As possibilidades que o ciclo troiano oferece para tratar sobre o cenário as circunstâncias históricas de uma guerra e o posterior exílio forçoso dos vencidos não resultam algo novo em muitas literaturas europeias. Porém, em Espanha esta temática trágica adquire um novo sentido e força dramática com motivo da guerra civil (1936-1939) e o desterro posterior de grande parte dos intelectuais e escritores que conformaram a Idade de Prata da literatura espanhola. Alguns dos seus dramaturgos devem ter prosseguido o seu trabalho noutros países e, em determinadas ocasiões, em outras línguas e culturas. Mas em varias das suas obras retomam os protagonistas do ciclo troiano – tanto na sua versão épica como trágica – para voltar a abordar ou atualizar esses mitos e temas que lhes arraigam com a cultura europeia que deixaram para atrás. Entre os diferentes tratamentos de essa temática clássica encontramos desde uma simples banalização do mito em La odisea de José Ricardo Morales à atualização noutras coordenadas espaciotemporais que nos oferecem as peças Casandra o la llave sin puerta de Mª Luisa Algarra e La hija de Dios de José Bergamín. Noutras obras, os autores focam-se numa anedota ou episódio determinado e o desenvolvem de uma forma mais ou menos fiel ao original grego, como ocorre em La manzana de León Felipe, Héctor y Aquiles de José Ramón Enríquez, Odiseo de Agustí Bartra e Circe y los cerdos de Carlota O’Neill. E, como podemos comprovar, encontramos as duas partes do conflito armado, tanto a troiana como a grega, e inclusive as consequências que essa longa ausência provoca nas famílias dos guerreiros gregos no caso de Orestes parte de José Ramón Enríquez, dramaturgo arraigado no México e considerado como autor da “segunda geração” do exílio.