Experiência do usuário em jogos: Um estudo de caso comparativo de Top Gear 2 e Horizon Chase Turbo
Resumo
Esse artigo apresenta uma análise comparativa da experiência dos jogadores em Top Gear 2 (1993) e seu remake Horizon Chase Turbo (2015), baseada em testes com participantes voluntários. Provou-se que padrões de estética e mecânica em jogos retro não estão fadados à obsolescência: Horizon Chase Turbo é uma ótima amostra de tal exercício, pois as qualidades atribuídas ao jogo alinham-se com as observadas em seu equivalente original, inclusive superando-o em qualidades notáveis como a controlabilidade e o apelo aos consumidores da geração atual. Os resultados sugerem que remakes de jogos clássicos de fato podem preservar e ressignificar a história de jogos eletrônicos quando eles atraem novas levas de jogadores, sem deixar de evocar sentimentos nos jogadores mais antigos. No design de games, é importante considerar o repertório cultural dos usuários: os que experimentaram o produto na época de seu lançamento podem ter percepções diferentes dos que estão jogando pela primeira vez.
Referências
ALOUPIS, G., DEMAINE, E. D., GUO, A., & VIGLIETTA, G. (2015). Classic Nintendo games are (computationally) hard. Theoretical Computer Science, 586, 135–160.
ANTUNES, F. (2010). Blast from the Past: Top Gear 2 (SNES). Nintendo Blast. Disponível em: https://www.nintendoblast.com.br/2010/12/blast-from-past-top-gear-2-snes.html. Acesso em: 14 dez. 2023.
AYCOCK, J. (2016). Retrogame Archeology. Springer eBooks.
BAHAROM, S. N., TAN, W. H., IDRIS, M. Z., & IDRIS, S. (2014). Emotional Design for Games: A framework for Player-Centric approach in the game design process. International Journal of Multimedia and Ubiquitous Engineering. International Journal of Multimedia and Ubiquitous Engineering Vol. 9, No. 10 (2014), pp. 387-398.
CARSTENS, A., & BECK, J. J. (2005). Get ready for the gamer generation. TechTrends. 49(3), 22–25.
COSTA, F. O., RIBEIRO, A. C. G., FERNANDES, N. M., DEMAISON, A. L., & MUNHOZ, D. R. (2023). A nostalgia como norteadora no design de jogos digitais: retrogames, franquias e remakes. Vol. 27 – número 02 – 2023 | Revista Educação Gráfica. (2023).
DEMAISON, A., BOTURA, J. G., & PASCHOARELLI, L. C. (2021). La función percibida en el diseño de automóviles “populares” y su importancia para el mercado. Revista De Ciencia Y Tecnología, 35, 35–43.
DEMARTINI, F. (2018). Análise | Horizon Chase Turbo revive estilo clássico com cheirinho de carro novo. Canaltech. Disponível em: https://canaltech.com.br/games/analise-horizon-chase-turbo-114148/. Acesso em: 14 dez. 2023.
GARDA, M. B. (2014). Nostalgia in retro game design. DiGRA.
HAGGIS-BURRIDGE, M. (2020). Four categories for meaningful discussion of immersion in video games. Breda University of Applied Sciences (BUas).
HASSENZAHL, M. (2018). The Thing and I: Understanding the Relationship Between User and Product. Human-computer Interaction Series, 31–42.
HASSENZAHL, M., BURMESTER, M., & KOLLER, F. (2003). AttrakDiff: Ein Fragebogen zur Messung wahrgenommener hedonischer und pragmatischer Qualität. Berichte des German Chapter of the ACM (pp. 187–196).
HASSENZAHL, M., PLATZ, A., BURMESTER, M., & LEHNER, K. (2000). Hedonic and ergonomic quality aspects determine a software’s appeal. Proceedings of the CHI 2000 Conference on Human Factors in Computing Systems, the Hague, the Netherlands, April 1-6, 2000.
HEPPER, E. G., RITCHIE, T. D., SEDIKIDES, C., & WILDSCHUT, T. (2012). Odyssey’s end: Lay conceptions of nostalgia reflect its original homeric meaning. Emotion, 12(1), 102–119.
HOSEINI, F. S., KHODADADI, M., & KHORAMBAKHT, A. (2022). The effect of 2D and 3D action video game interventions on executive functions in male students. Simulation & Gaming, 53(5), 405–422.
HUNICKE, R., LEBLANC, M.G., & ZUBEK, R. (2004). MDA: A Formal Approach to Game Design and Game Research. Proceedings of the AAAI Workshop on Challenges in Game AI, 2004.
JULIAN, R.(1992). Super NES Review - Top Gear. Mean Machines. No. 22. EMAP. pp. 56–58. Internet Archive. Disponível em: https://archive.org/details/Mean_Machines_Issue_22_1992-07_EMAP_Images_GB/page/n55/mode/2up?view=theater. Acesso em: 14 dez. 2023.
KING, D. L., KOSTER, E. H. W., & BILLIEUX, J. (2019). Study what makes games addictive. Nature, 573(7774), 346.
KÜHN, S., BECKER, M., and GALLINAT, J. (2018). 3-D navigation–A core driver of brain plasticity in video game interventions. bioRxiv [Preprint].
LEBLANC, M. (1999). Formal Design Tools: Feedback Systems and the Dramatic Structure of Competition. Game Developers Conference 1999.
LEBLANC, M. (2004b). Mechanics, Dynamics, Aesthetics: A Formal Approach to Game Design. Lecture at Northwestern University, April 2004.
MAKAI, P. K. (2018). Video games as objects and vehicles of nostalgia. Humanities, 7(4), 123.
SCHINDLER, R. M., & HOLBROOK, M. B. (2003). Nostalgia for early experience as a determinant of consumer preferences. Psychology & Marketing, 20(4), 275–302.
MANDIBERG, A. S. (2009). Remakes and Demakes: Logics of Repetition in Gaming. Trans(ference/lation/ition).
MCMAHAN, A. (2003). Immersion, engagement, and presence: A method for analyzing 3-D video games. Taylor & Francis.
MELLO, F. C. (2019). Identidade, nostalgia e memória afetiva no consumo de videogames retrô. Interin, vol. 24, núm. 2, 2019.
NORMAN, D. (2007). Emotional design: Why We Love (or Hate) Everyday Things. Basic Books.
DE OLIVEIRA, A. C. (2011). Estesia e experiência do sentido. Casa: Cadernos de Semiótica Aplicada, 8(2).
PADOVANI, S., SCHLEMMER, A., & SCARIOT, C. A. (2012). Usabilidade & user experience, usabilidade versus user experience, usabilidade em user experience?: uma discussão teórico-metodológica sobre comunalidades e diferenças. CONGRESSO INTERNACIONAL DE ERGONOMIA E USABILIDADE DE INTERFACES HUMANO-COMPUTADOR (Vol. 12, pp. 1-10).
PETRÓ, G. (2015). Review: Horizon Chase. IGN Brasil. Disponível em: https://br.ign.com/horizon-chase/13950/review/review-horizon-chase. Acesso em: 14 dez. 2023.
RIBBENS, W., & MALLIET, S. (2010). Perceived Digital Game Realism: A Quantitative Exploration of its Structure. Presence: Teleoperators & Virtual Environments, 19(6), 585–600.
RICE, C.; GREEN, D. (1992). Reviewed! - N-Force Knockout: Top Gear. N-Force. No. 2. Europress Impact. pp. 86–87. Internet Archive. Disponível em: https://archive.org/details/N-Force_No_2_1992-08_Europress_Impact_GB/page/n85/mode/2up?view=theater. Acesso em: 14 dez. 2023.
ROBERTS, N. (February 1993). Six of the best! - Top Racer. N-Force. No. 8. Europress Impact. p. 71.
Internet Archive. Disponível em: https://archive.org/details/N-Force_No_8_1993-02_Europress_Impact_GB/page/n70/mode/1up?view=theater. Acesso em: 14 dez. 2023.
RUHI, U. (2016). Level up your strategy: towards a descriptive framework for meaningful enterprise gamification. Technology Innovation Management Review, 5(8), 5–16.
SEDIKIDES, C., & WILDSCHUT, T. (2016). Past Forward: Nostalgia as a motivational force. Trends in Cognitive Sciences, 20(5), 319–321.
SLOAN, R. J. S. (2016). Nostalgia videogames as playable game criticism. GAME, 5, 34-45.
SUPER PRO. (1992). A-Z of Official Games - Top Gear. Super Pro. No. 1. Paragon Publishing. December 1992. p. 87. Internet Archive. Disponível em: https://archive.org/details/super-pro-01/page/22/mode/1up?view=theater. Acesso em: 14 dez. 2023.
TOZZI, H. (2018). As estratégias de tradução e a culturalização na localização brasileira de horizon chase turbo. Universidade Federal de Pelotas.
TV TROPES. (n.d.). Animation age ghetto. Disponível em: https://tvtropes.org/pmwiki/pmwiki.php/Main/AnimationAgeGhetto. Acesso em: 14 dez. 2023.
WULF, T., BOWMAN, N. D., RIEGER, D., VELEZ, J. A., & BREUER, J. (2018). Running Head: video game nostalgia and retro gaming. Media and Communication, 6(2), 60–68.
Direitos de Autor (c) 2024 Revista dos encontros internacionais Ergotrip Design
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.
