Seis décadas de design em Portugal: a sua afirmação, institucionalização e valorização
Resumo
Este artigo é parte integrante duma investigação de doutoramento cujo objetivo é questionar a relevância dum Chief Design Officer (CDO) em empresas no âmbito do tecido empresarial português. Compreender a história do design português torna-se relevante para uma contextualização local e posicionamento atual da liderança pelo design, visando uma perceção ampla do valor do design em Portugal. Definem-se as décadas entre 1950 e a atualidade como o hiato de observação, descrito com base numa extensa revisão de literatura sistémica que contempla a aferição de empresas, designers, exposições, publicações, organismos, cursos e instituições de ensino que atuaram, ou foram espaço de atuação, neste arco temporal. O panorama político, social, cultural e económico do país e da Europa também foi observado, permitindo compreender o enquadramento dos acontecimentos históricos descritos.
Coloca-se, como hipótese, uma síntese da redesenha histórica da profissão de design em Portugal, subdividida em: a afirmação (1950 a 1968); institucionalização (1969 a 1979); o reconhecimento (1980 a 1989); a internacionalização (1990 a 1999) e os reveses e a valorização (2000 a 2022). Prevê-se a validação e a extração de conclusões holísticas que permitam estabelecer um padrão de crescimento da integração do design no meio empresarial e na sociedade portuguesa.
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