Aplicação da PERMATUS em Pisos Táteis num Centro de Apoio a Deficientes Visuais em Lorena, SP, Brasil

Rosinei Batista Ribeiro; Katia Cristina Cota Mantovani; Marcos Augusto da Silva Bento; Anderson Henrique Solcia

doi:10.34624/etd.v0i5.25291

Rosinei Batista Ribeiro UNIFATEA – Centro Universitário Teresa D’Ávila
Katia Cristina Cota Mantovani FATEC – Faculdade de Tecnologia de Guaratinguetá
Marcos Augusto da Silva Bento UNIFATEA – Centro Universitário Teresa D’Ávila
Anderson Henrique Solcia UNIFATEA – Centro Universitário Teresa D’Ávila

DOI: https://doi.org/10.34624/etd.v0i5.25291

Palavras-chave: ergonomia, avaliação da percepção, deficiência visual, pisos táteis, método PERMATUS

Resumo

Este trabalho teve como objetivo aplicar a ferramenta PERMATUS (Percepção dos Materiais pelos Usuários) na avaliação dos pisos táteis para os ambientes com fluxo de pessoas (interno e externo) por meio dos diferentes tipos de materiais: PVC, aço inoxidável, cerâmica e polipropileno. No que tange ao design, foi levado em conta a forma, a textura, a durabilidade, colocação e adequação dos diferentes tipos de pisos. Os participantes da pesquisa foram alunos de uma escola municipal de Lorena/SP.

A amostra realizada foi com alunos com cegueira total. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo experiencial com finalidade exploratória, seguindo o modelo PERMATUS, na avaliação centrado no usuário dos pisos táteis em ambientes internos e externos de uma escola municipal. As etapas se basearam em coleta dos produtos, detalhamento técnico 2 e 3D, amostragem, perfil por meio do questionário social, pro- cesso sensorial com o desenvolvimento da plataforma fixa de teste e avaliação subje- tiva dos mesmos nas dimensões: cognitivas e afetivas na relação usuário e produto. Os dados foram coletados na pesquisa de campo com a utilização do piso alerta por meio da percepção de mãos e pés e aplicação de questionário. Os resultados obtidos demonstraram que a percepção sensorial e afetiva tem a sua influência na utilização do produto. Os estudantes consideraram que as emoções obtidas na interação com os produtos são qualidades muito importantes. Os usuários, em sua maioria, preferiram PVC interno no uso com as mãos e PVC externo no uso com os pés.

Referências

ASHBY, M. F. (2012) Seleção de Materiais no Projeto Mecânico. Rio de Janeiro: Elsevier, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO AÇO INOXIDÁVEL. Atributos do aço inoxidável. Disponível em: <https://www.abinox.org.br/>. Acesso em: 20 maio 2020.

BAXTER, M. (2000) Projeto do produto: guia prático para o desenvolvimento de Novos produtos. São Paulo: Edgard Blücher.

BONAPACE, L. (2000) Linking product properties to pleasure: the sensorial quality assessment method – SEQUAM (Cap. 15). In GREEN, W. & JORDAN, JORDAN, P.; GREEN, W. (2002) Pleasure with Products: beyond usability. Londres: Taylor and Francis, p. 189-216.

CALLISTER, W. D. (2013) Ciência e engenharia de materiais: uma introdução.8ed. Rio de Janeiro: LTC.

DAMÁSIO, A. O (2006) Mistério da Consciência. São Paulo: Companhia das Letras.

DESMET, P. M. A.; HEKKERT, P. (2011) Framework of product experience. In: International Journal of Design, p. 57-66.

DESMET, P. (2002) Designing emotions. Tese (Doutorado) pela Universidade Tecnológica de Delft, Holanda.

DIAS, M. R. A. C. (2009) Percepção dos materiais pelos usuários: modelo de avaliação PERMATUS. 2009. 360f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) - PPGEGC, UFSC, Floria- nópolis.

FERRANTE, M. (2013) Seleção de materiais. 3. ed. São Carlos: EduFSar.

FONSECA, J. J. S. (2002) Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

FREITAS, R. F.; MERINO, E. A. (2011) A gestão de design como estratégia organizacional. Londrina: Eduel/Rio Books.

HEKKERT, P., KEYSON, D., OVERBEEKE, K.., STAPPERS, P.J. (2001) The Delft ID Studio Lab. In: Achten, H., de Vries, B., Hennesey, J. (eds), Design Research in the Netherlands. Eindhoven: Eindhoven University of Technology, p. 133-142.

IIDA, I. (2007) Design Emocional: conexão emocional entre produto e consumidor. Congresso brasileiro de gestão de desenvolvimento de produto. Belo Horizonte.

JAEGER, S. R., CARDELLO, A. V.; SCHUTZ, H G. (2013) Emotion questionnaires: A consumer-centric perspective. Food Quality and Preference.

JORDAN, P. (2002) How to make brilliant stuff that people love. West Sussex: John Wiley&Sons Inc..

JORDAN, P. (1998) An introduction to usability. Londres: Taylor & Francis.

KINDLEIN, W.; DISCHINGER, M. C. T. (2006) Metodologia de Análise e Percepção Tátil em Diferentes Classes de Materiais e Texturas para Aplicação no Design de Produtos. UFRGS Porto Alegre, Brasil.

KOTCHEMIDOVA, C. (2007) From Good Cheer to ‘Drive-by Smiling’: A Social History of Cheerfulness. Journal of Social History, 2005, 39.1 Legislação Federal Básica na área da pessoa portadora de Deficiência. Brasília: Especial dos Direitos Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. LEFTERI, C. (2017) Materiais em Design: 112 materiais para design de produtos. 1ed. São Paulo: Blusher.

LÖBACH, B. (2001) Design industrial. Bases para a configuração dos produtos industriais. 1ed. São Paulo: Edgard Blücher.

MANU, A. (1995) Tendências Futuras: A forma acompanha o estado de espírito. Anais Fórum Internacio- nal Design e Diversidade Cultural. Florianópolis: SENAI/LBDI.

MELCHIADES, F. G.; TEIXEIRA, R. A.; BOCSHI, A. O. (1997) Estudo do defeito denominado “verruga” em revestimentos cerâmicos. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos.

NIEMEYER, L. (2006) Design atitudinal: uma abordagem projetual. In: LIMA, Guilherme Cunha Org. Textos selecionados de Design 1. Rio de Janeiro: PPDESDI UERJ.

NORMAN, D. A. (2008) Design Emocional. Rio de Janeiro: Rocco. Site do International Council of Societies of Industrial Design (ICSID). Disponível em: Acesso em: 03 mar. 2020.

PARAGUAY, C. R. (2017) Aplicação de um instrumento para medida da emoção de produtos via PER- MATUS: estudo de caso de um kit modelos em escala (miniaturas) de veículos rodoviários. 2017. 79f. Dissertação (Mestrado em Design, Tecnologia e Inovação) - PPGDTI, UNIFATEA, Lorena.

SCHIFFERSTEIN, H.N.J., MUGGE, R., HEKKERT, P. (2004) Designing consumer-product attachment. In: McDonagh, D., Hekkert, P., van Erp, J., and Gyi, D. (eds) Design and Emotion, Episode III: The Expe- rience of Everyday Things. London: Taylor and Francis, 327-331. Yagou, A. “See me, Feel me, Touch me: Emotion in Radio Design.