Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna https://proa.ua.pt/index.php/cple <p>A Revista <em>Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna </em>é um periódico anual e surge na continuidade da Revista <em>Cadernos de PLE</em> publicada em formato impresso (disponível em: <a href="http://www.varialing.eu/?page_id=665">http://www.varialing.eu/?page_id=665</a>).</p> <p>Os seus editores decidiram relançar esta publicação, agora em formato <em>online</em>, destinada a um público e temática mais alargados. Esta nova edição, que conta também com avaliação por pares, pretende incentivar a pesquisa na área do Português como Língua Não Materna, sob um ponto de vista estritamente linguístico, aliando algumas perspetivas da Variação Linguística à Linguística Aplicada aceitando-se, assim, os diferentes enfoques teóricos e epistemológicos da Linguística Moderna.</p> pt-PT cllc-ple@ua.pt (Centro de Línguas, Literaturas e Culturas - DLC-UA) sbidm-proa@ua.pt (PROA-UA) Sex, 20 Dez 2024 16:34:29 +0000 OJS 3.1.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 A expressão de ordem no contexto de ensino português língua não materna https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38670 <p>Este artigo, inspirado nos estudos de Casteleiro (2014), aborda a noção de ordem, expressa em atos de fala como “dar ordens” no contexto do ensino de português como língua não materna (PLNM) a estrangeiros. A reflexão aqui proposta justifica-se pela ainda incipiente discussão sobre o tema que se revelou importante a partir de uma análise inicial dos textos de apresentação de livros didáticos de PLNM, publicados nos últimos anos no Brasil. Essas apresentações indicam compromisso com o desenvolvimento de competências comunicativo-interculturais dos aprendizes que, entretanto, não se concretiza. Pelo contrário, há uma tendência à valorização de tópicos gramaticais como ponto central para o desenvolvimento de aspectos nocionais-funcionais e interacionais. Assim, pouco tratam do contexto de uso, a intenção do falante, relações de poder, formas diretas, indiretas, atenuantes ou reforçativas. Em termos metodológicos, considerando a língua em uso, elegeu-se um livro de crônicas como fonte para identificar um conjunto de “expressões de ordem” que pudessem ampliar as possibilidades de ensino de formas e usos linguístico-discursivos com vistas ao desenvolvimento de competências comunicativa-interacionais. A análise demonstrou que há um número considerável de formas que podem expressar ordem, além de aspectos como gestualidade, entonação etc. que indicam o estado de espírito do ordenante.</p> Nathalia Mazzini ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38670 Sex, 20 Dez 2024 00:00:00 +0000 Mostrativos no português e no japonês: reflexões para o ensino de segunda língua https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38673 <p>Os Mostrativos são elementos linguísticos fundamentais que expressam relações de espaço, de tempo, em perspectiva das intenções dos interlocutores em diferentes línguas. Este artigo explora as funções e os usos dos mostrativos no português brasileiro e no japonês, destacando suas diferenças linguísticas e culturais. Fundamentado em análise bibliográfica, o estudo compara o sistema tricotômico do japonês, estruturado nas classes <strong><em>KO</em></strong>, <strong><em>SO</em></strong> e <strong><em>A</em></strong>, com o emergente sistema dicotômico do português brasileiro, marcado pela unificação entre os mostrativos “este” e “esse”. Enquanto o português reduz distinções físicas e temporais em favor de uma simplificação funcional, o japonês preserva uma complexidade subjetiva, influenciada por valores culturais como polidez e hierarquia. Fatores históricos, como a introdução da gramática ocidental no Japão por meio dos rangaku (estudos holandeses, que marcaram o período de abertura às ciências europeias), moldaram conceitos linguísticos distintos. Além disso, o estudo examina a persistência do sistema tricotômico no japonês em contraste com a tendência de simplificação, observada em outras línguas latinas. Por fim, o artigo explora os desafios enfrentados por aprendizes de ambas as línguas, ressaltando o impacto das particularidades culturais e estruturais no processo de ensino e de aprendizado de segunda língua.</p> Maria Teresa Tedesco, Carolina Soares Costa ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38673 Sex, 20 Dez 2024 00:00:00 +0000 O modo conjuntivo em português e em húngaro com base em As Intermitências da Morte de José Saramago https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38676 <p>O trabalho tem como objetivo analisar o emprego do modo Conjuntivo em português e húngaro, olhando de perto para as origens e para a morfologia desse modo em húngaro com base em <em>Rendhagyó nyelvtörténet</em> de Varga. A frequência e o emprego do Conjuntivo são analisados com base em <em>As Intermitências da Morte</em> de José Saramago e na respetiva tradução húngara de Pál Ferenc. Constata-se que o português recorre ao Conjuntivo com uma frequência muito maior do que o húngaro – foram encontradas 897 formas no texto português e 490 no equivalente húngaro – embora, em certos contextos, o húngaro seja forçado a usar o Conjuntivo, onde o português opta pelo infinitivo. No entanto, também foram encontrados numerosos usos comuns, dos quais prevalece o emprego do Conjuntivo nas orações adverbiais finais em ambas as línguas.</p> Tomasz Hodana ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38676 Sex, 20 Dez 2024 00:00:00 +0000 A relação entre Língua, Cultura e identidade nos principais jornais impressos timorenses https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38679 <p>A língua, como prática social, se concretiza a partir de situações de comunicação em suas dimensões sócio-históricas e culturais (Bakhtin, 2016). As identidades culturais dos interagentes se constituem nos espaços discursivos em que circulam os valores compartilhados (Hall, 2000). A partir dessas concepções, o presente estudo busca analisar a relação entre língua, cultura e identidade nos principais jornais impressos de Timor-Leste. Esta pesquisa se caracteriza como quantitativa e qualitativa, com realização do mapeamento e levantamento das línguas nos jornais, quantificação e interpretação dos dados gerados, além das percepções dos participantes do Grupo de Estudo e Pesquisa em Língua Portuguesa (GEPLP) em relação aos resultados. A pesquisa mostra que os jornais impressos representam o multilinguismo de Timor-Leste e o uso dessas línguas está associado aos temas de interesse dos leitores.</p> Érica Marciano de Oliveira, Agripina Yolanda Faria Bobo, Bakhita Paulo Freitas Fernandes Flor, Lucilda dos Santos ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38679 Sex, 20 Dez 2024 00:00:00 +0000 A arte periférica em PLE: justiça à voz marginalizada de expressões literárias https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38691 <p>Este estudo traz recortes de música, imagem e texto da literatura marginal aplicados ao cenário universitário de Português Língua Estrangeira (PLE) nos EUA como amostras instrucionais de denúncia e protesto ao feminicídio, preconceito, racismo e homofobia. A luta contra a desigualdade social via arte periférica expressa o ativismo artístico na tríade instrução, aprendizagem e conteúdo através da percepção de que realidades são influenciadas pela ordem social; da conscientização de que o exercício da reflexão é indiscriminado; do reconhecimento de que papel de mudança tem responsabilidade e alcance; e da oportunidade de construir saber além do contexto familiarizado. Diante do corpus selecionado, questionamos o processo de construção de sentido e investigamos a percepção de ativismo artístico do professor como representante único do português pluricêntrico, do aluno com percepção do estrangeiro e do conteúdo dito intercultural. Concluímos que interagir em língua estrangeira de representação plural implica a negociação de valores socioculturais desconhecidos, enquanto denunciar em língua de comunicação mundial requer adesão.</p> Sílvia Ramos Sollai, Célia Bianconi, Nilma Dominique ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/38691 Sex, 20 Dez 2024 00:00:00 +0000