https://proa.ua.pt/index.php/cple/issue/feed Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna 2023-12-18T14:39:58+00:00 Centro de Línguas, Literaturas e Culturas - DLC-UA cllc-ple@ua.pt Open Journal Systems <p>A Revista <em>Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna </em>é um periódico anual e surge na continuidade da Revista <em>Cadernos de PLE</em> publicada em formato impresso (disponível em: <a href="http://www.varialing.eu/?page_id=665">http://www.varialing.eu/?page_id=665</a>).</p> <p>Os seus editores decidiram relançar esta publicação, agora em formato <em>online</em>, destinada a um público e temática mais alargados. Esta nova edição, que conta também com avaliação por pares, pretende incentivar a pesquisa na área do Português como Língua Não Materna, sob um ponto de vista estritamente linguístico, aliando algumas perspetivas da Variação Linguística à Linguística Aplicada aceitando-se, assim, os diferentes enfoques teóricos e epistemológicos da Linguística Moderna.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/34997 Reflexões sobre a aprendizagem da prosódia do português brasileiro como língua estrangeira 2023-12-18T13:38:50+00:00 Adriana Nascimento Bodolay sbidm-proa@ua.pt <p>O objetivo do presente trabalho é trazer uma reflexão sobre o que os aprendizes de Português como Língua Estrangeira (PLE) sabem sobre a Prosódia do Português Brasileiro (PB), de modo que tal conteúdo possa ser abordado em sala de aula. Aprender a prosódia é uma habilidade que permite que os alunos se comuniquem efetivamente com falantes nativos e aprimora sua compreensão cultural. Nossa experiência com alunos falantes de Espanhol e Crioulo Haitiano demonstrou que o conhecimento sobre o PLE pode revelar diferentes níveis de dificuldade a depender da língua materna. As observações tratadas neste artigo estão relacionadas aos aspectos suprassegmentais da pronúncia. A partir de descrições prosódicas feitas para o PB (Rameh, 1966, Moraes, 1993, Fonágy, 1993), foi possível observar que tanto o acento lexical, quanto o acento frasal devem ser objeto de abordagem na sala de PLE, de modo que os aprendizes possam se expressar de forma a manterem a face positiva na interação verbal. Por fim, buscamos sintetizar nossas impressões dos momentos de conversação com alunos iniciantes na aprendizagem do PB,<br>variante de Minas Gerais, identificando os principais traços de dificuldades prosódicas por eles apresentadas nesse processo.</p> 2023-12-14T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/34999 A dimensão léxico-gramatical e (inter)cultural: variações de sentido em contexto de português para hispanofalantes 2023-12-18T12:55:19+00:00 Camili Daiani Maranho Alvarenga sbidm-proa@ua.pt <p>Em um ensino de português específico para falantes do espanhol, constatamos a existência de uma maior quantidade de estudos relacionados à categoria dos heterossemânticos (palavras que possuem uma semelhança formal e um conteúdo semântico diferente) quando comparada com a das palavras cognatas (palavras que possuem uma semelhança formal e igualmente semântica). Consequentemente, buscamos demonstrar neste trabalho como um ensino do vocabulário em diferentes contextos verbais promove uma conscientização do caráter polissêmico da unidade lexical. Tal conscientização, por sua vez, resultaria em um maior desenvolvimento da competência lexical e na indagação sobre os limites nem sempre palpáveis entre tais categorias.</p> 2023-12-14T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/35001 O português como terceira língua estrangeira para falantes de romeno 2023-12-18T14:38:35+00:00 Irina Bratu sbidm-proa@ua.pt Maria do Céu Fonseca sbidm-proa@ua.pt <p>O presente artigo tem uma natureza interdisciplinar, encontrando-se na intersecção da linguística e da didatologia de português terceira língua estrangeira para falantes nativos de romeno. O artigo propõe-se analisar aspetos linguísticos mais relevantes no ensino do português europeu a<br>romenos. Ao nível teórico, a linguística comparativa representa a ferramenta utilizada para apresentar a paridade dos sistemas fonético e lexical das duas línguas neolatinas, que é exemplificada e analisada concisamente. O tema é relevante atualmente, porque as estatísticas indicam um interesse marcado pelo português no espaço romeno, que merece ser tido em conta no contexto da sociedade multicultural, plurilingue e globalizada. Uma definição tão inequívoca quanto possível do conceito e estatuto linguístico de L3 é fundamental. O enquadramento teórico da L3 na literatura refere-se a uma segunda língua não materna. Tendo em conta o nicho visado (estudantes romenos), propomos uma terminologia alternativa no âmbito do presente trabalho no que diz respeito à língua materna e às línguas não maternas. A análise comparativa /contrastiva realizada no artigo ao nível fonético e lexical abre novas linhas de investigação e parece confirmar a necessidade de um estudo mais aprofundado, já encetado em programa de doutoramento.</p> 2023-12-14T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/35003 Interferências do cokwe no português de Angola: variação morfossintática 2023-12-18T14:11:35+00:00 Roque Suequel sbidm-proa@ua.pt Paulo Osório sbidm-proa@ua.pt <p>Este artigo toma como principal objeto de estudo a análise da interferência do cokwe no português de Angola (PA), que resulta dos contactos entre esta língua autóctone com a língua portuguesa (LP). Com efeito, os falantes angolanos transportam, muitas vezes, a gramática das línguas bantu para os usos que fazem do português, sendo, deste modo, o PA caracterizado por grande variação e, gramaticalmente, distante da norma<br>europeia. Pretendemos, nesta investigação, dar particular enfoque à variação morfossintática do PA, analisando-se, ainda, as interferências do cokwe. Embora as interferências no PA ocorram também ao nível lexical, poder-se-á asseverar que as interferências de ordem morfossintática provocam, por vezes, alguma rutura na estrutura interna do próprio sistema linguístico (Costa, 2006).</p> 2023-12-14T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/cple/article/view/35005 Variação entoacional em enunciados interrogativos produzidos por falantes estrangeiros de duas línguas românicas 2023-12-18T14:39:58+00:00 Rosa Lídia Coimbra sbidm-proa@ua.pt Lurdes de Castro Moutinho sbidm-proa@ua.pt <p>O nosso objetivo é efetuarmos uma comparação entre os padrões entoacionais de enunciados interrogativos, produzidos, em português, por falantes de duas línguas românicas, o espanhol e o francês, e compará-los com os realizados por um falante nativo de português europeu. O corpus é constituído por duas frases interrogativas globais provenientes da base de dados Corpus Oral de Português L2 (COral-Co) do CELGA/ILTEC. Em cada língua, foram considerados dois locutores do sexo masculino e os mesmos enunciados foram produzidos por um informante de língua materna portuguesa, corpus controlo, o que perfaz um total de dez enunciados lidos. Embora no texto haja uma terceira interrogativa, não a considerámos por apresentar hesitações na sua produção. A segmentação do sinal foi realizada em Praat e os gráficos em Excel. Os valores medidos em Praat, ao longo do enunciado, dizem apenas respeito a F0, por ser este o fator que nos parece mais contribuir para a caraterização da curva melódica. Os resultados mostram que a variação da melodia nos falantes estrangeiros, ao longo dos enunciados, é filtrada pela prosódia das suas línguas maternas, produzindo configurações diversas. Os enunciados com finais oxítonos, configuram em todos eles um movimento ascendente final, como acontece, quase sempre, em português.</p> 2023-12-14T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement##