Hipocrates ou hipocrisia?
Resumo
A dificuldade de compatibilizar o bem estar social, tal como o pensamos hoje, e e preservação do ambiente converge cada vezmais para um consenso quanto a imperatividade da implementação de políticas assentes no desenvolvimento sustentável.
O projecto para atingir esse objectivo, porém, está longe de serpacifico (i) e evidente. implica uma mudança nos modelos fixados ao longo da história técnica do homem pós-moderno.
Este paper pretende rever possíveis estratégias de design para conseguir a reformulação dos seus contributos na implementação do desenvolvimento sustentável.
Três factos apontam e abrem o caminho do futuro:
- a passagem da economia de produção em massa para a emergente economia do conhecimento está a criar uma era de acessibilidade, na qual os modelos de desejo não passam tanto por possuir mas sim por usufruir.
- a necessidade de racionalizar a delapidação dos recursos naturais leva a criação de produtos com um cicio de vida pensado em termos de longevidade e durabilidade, e daí decorre que estes enfatizam mais e funcionalidade e qualidade, e se revestem (ainda que dai não partam) de uma postura mais dirigida para o utilizador.
- a capacidade cultural reforçada do designer para compreender (e antever) o novo, para reconhecer os sinais emitidos por ideias e comportamentos emergentes e pela aplicação inovadora de algumas tecnologias promissoras fazem com que seja um aliado particularmente bem posicionado para ajudar a sociedade a construir uma nova vivência e relacionamento com a cultura material, com algum grau de probabilidade de um modelo de desenvolvimento susfentável da economia, do ambiente e, inevitavelmente do próprio design.