Não há nada a aprender com Sócrates? Epicuro e os amores de Sócrates, segundo Máximo de Tiro

  • F. Javier Campos Daroca University of Almería
Palavras-chave: Máximo de Tiro, Sócrates, Epicuro, Favorino de Arles

Resumo

Na 32ª Oração “Sobre o prazer”, de Máximo de Tiro, apresenta‐se uma defesa do hedonismo em que o Epicuro aparece, em pessoa, a defender o prazer. Nessa defesa, os casos amorosos de Sócrates são relembrados como exemplo de conduta virtuosa aliada ao prazer. Neste artigo, será explorado este estranho retrato epicuriano de Sócrates como exemplo positivo. Argumenta‐se que, para compreender esta descrição de Sócrates como amante virtuoso, deverão ser tomadas em consideração tendências anteriores do platonismo, particularmente aquelas que mantiveram viva a relação com a Academia helenística. Mencionar‐se‐á, em especial, Favorino de Arles, não como fonte do conteúdo da oração, mas como o autor mais próximo de Máximo, quer no seu interesse por Sócrates, quer nos processos retóricos (e dialéticos) da sua filosofia.

Publicado
2016-01-01
Secção
Artigos