Teseu: um homem prepotente e traído ou traído e desesperado?

  • Ana Alexandra Alves de Sousa Universidade de Lisboa
Palavras-chave: Arrependimento, angústia, perplexidade, estatuto político, inoperância do poder, emoções

Resumo

O drama familiar vivido por Teseu, Fedra e Hipólito deixa claro a incapacidade humana de controlar o que caracteriza o homem de forma mais íntima e absoluta: as emoções. Apesar de ser indubitável o poder de Teseu, que, aliás, o contacto que mantém com os deuses (a ida ao reino de Plutão, os pedidos que lhe foram outorgados pelas divindades) corrobora e engrandece, os acontecimentos que vive em sua casa levam-no da aflição à perplexidade. Esta consciência da vacuidade do poder atinge uma das mais pungentes expressões no início do IV acto da ópera Don Carlos de Verdi.

Publicado
2005-01-01
Secção
Artigos